Quantas vezes você já escutou alguém dizendo que você precisa de
ferro? O nutriente, mais conhecido por prevenir a anemia, está presente
em alimentos consumidos no nosso dia a dia, como o feijão e a beterraba.
Contudo, você sabia que o ferro em excesso pode ser prejudicial?
Este exagero causa uma doença conhecida como hemocromatose, que pode comprometer órgãos vitais. Para checar se a quantidade de ferro no corpo está acima do necessário para uma vida saudável basta a realização de um exame de sangue conhecido como ferritina.
Os níveis nesse teste não devem ultrapassar 250 ng/ml (nanogramas por mililitro) para as mulheres e 300 ng/ml para os homens. Acima desses limites, atenção, pois há sobrecarga de ferro no corpo, ou hemossiderose. As consequências podem ser o acúmulo desse mineral em órgãos e tecidos, causando a hemocromatose adquirida (provocada por dieta com excesso de ferro, grande número de transfusões de sangue ou anemia causada por doenças crônicas) ou a hemocromatose hereditária (HH).
"O problema é que ainda são poucos os médicos no Brasil que pedem esse exame para seus pacientes. Em geral, só quando os sintomas da doença aparecem — como fadiga crônica, dores nas articulações, alteração da libido, mudança na coloração da pele e doenças no fígado — a ferritina é solicitada. Inflamações, hepatites e gordura no fígado podem elevar os níveis da ferritina. Portanto, a investigação clínica deve descartar essas possibilidades antes de diagnosticar a hemocromatose", destaca o oncohematologista Celso Massumoto (SP).
Nos casos extremos, a hemocromatose pode causar cirrose, insuficiência cardíaca, diabetes e problemas endocrinológicos. Por isso é importante o diagnóstico precoce, em especial em obesos. Como a doença manifesta-se em adultos, recomenda-se incluir a ferritina nos exames de rotina a partir dos 30 anos.
Segundo o especialista, o tratamento é a sangria terapêutica. A retirada do sangue provoca uma queda na taxa de ferro. O organismo passa a usar o mineral estocado no fígado, pâncreas e coração, diminuindo a quantidade acumulada nesses órgãos.
"No início, a sangria é feita uma vez por semana ou a cada quinzena, dependendo do nível de elevação do ferro. Ao atingir os limites saudáveis, recomenda-se que seja realizada a cada três ou quatro meses", destaca.
Uma dieta balanceada também é fundamental, já que contribui para estabilizar o ferro no corpo. Só nos casos em que dieta e sangria não trazem o resultado desejado se indica medicação com quelante de ferro, droga que age na eliminação do mineral do organismo.
O diagnóstico precoce da hemocromatose hereditária é importante para evitar doenças. Se o paciente tem ferritina acima de 1000 ng/ml, aumento da saturação de transferrina (proteína de transporte do ferro) e doenças crônicas do fígado, deve-se fazer também um teste molecular para investigação da doença.
Sua Dieta
Este exagero causa uma doença conhecida como hemocromatose, que pode comprometer órgãos vitais. Para checar se a quantidade de ferro no corpo está acima do necessário para uma vida saudável basta a realização de um exame de sangue conhecido como ferritina.
Os níveis nesse teste não devem ultrapassar 250 ng/ml (nanogramas por mililitro) para as mulheres e 300 ng/ml para os homens. Acima desses limites, atenção, pois há sobrecarga de ferro no corpo, ou hemossiderose. As consequências podem ser o acúmulo desse mineral em órgãos e tecidos, causando a hemocromatose adquirida (provocada por dieta com excesso de ferro, grande número de transfusões de sangue ou anemia causada por doenças crônicas) ou a hemocromatose hereditária (HH).
"O problema é que ainda são poucos os médicos no Brasil que pedem esse exame para seus pacientes. Em geral, só quando os sintomas da doença aparecem — como fadiga crônica, dores nas articulações, alteração da libido, mudança na coloração da pele e doenças no fígado — a ferritina é solicitada. Inflamações, hepatites e gordura no fígado podem elevar os níveis da ferritina. Portanto, a investigação clínica deve descartar essas possibilidades antes de diagnosticar a hemocromatose", destaca o oncohematologista Celso Massumoto (SP).
Nos casos extremos, a hemocromatose pode causar cirrose, insuficiência cardíaca, diabetes e problemas endocrinológicos. Por isso é importante o diagnóstico precoce, em especial em obesos. Como a doença manifesta-se em adultos, recomenda-se incluir a ferritina nos exames de rotina a partir dos 30 anos.
Segundo o especialista, o tratamento é a sangria terapêutica. A retirada do sangue provoca uma queda na taxa de ferro. O organismo passa a usar o mineral estocado no fígado, pâncreas e coração, diminuindo a quantidade acumulada nesses órgãos.
"No início, a sangria é feita uma vez por semana ou a cada quinzena, dependendo do nível de elevação do ferro. Ao atingir os limites saudáveis, recomenda-se que seja realizada a cada três ou quatro meses", destaca.
Uma dieta balanceada também é fundamental, já que contribui para estabilizar o ferro no corpo. Só nos casos em que dieta e sangria não trazem o resultado desejado se indica medicação com quelante de ferro, droga que age na eliminação do mineral do organismo.
O diagnóstico precoce da hemocromatose hereditária é importante para evitar doenças. Se o paciente tem ferritina acima de 1000 ng/ml, aumento da saturação de transferrina (proteína de transporte do ferro) e doenças crônicas do fígado, deve-se fazer também um teste molecular para investigação da doença.
Sua Dieta
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