Quatro por cento da população do Reino Unido (em torno de 2,3 milhões de pessoas), apresenta duas cópias dos três genes que falham (uma cópia herdada do pai e outra da mãe). O risco médio de desenvolvimento de melanoma para quem tem estes pares genéticos é de um em cada 60 casos. E pode passar a ser de um em 46, se uma pessoa tem duas cópias de dois dos três genes que falham.
O professor Tim Bishop, da Universidade de Leeds, comentou o resultado da análise:
- Sabemos que a superexposição aos raios UV (ultravioletas) aumenta o risco de desenvolver melanoma, mas esta pesquisa mostra que existem novas falhas genéticas que podem levar o risco adicional. É fascinante descobrir estes novos fatores de risco de melanoma - e esperamos que os resultados de estudos semelhantes em curso irá revelar ainda mais.
Lesley Walker, diretor da Cancer Research UK acrescentou:
-Esses resultados oferecem uma compreensão mais profunda das causas do melanoma e fornece uma abordagem de novo potencial para identificar pessoas com maior risco de desenvolver melanoma e outros cânceres.
Uma das falhas de DNA é encontrada no gene chamado MX2, ligado à narcolepsia - uma doença desencadeada pelo sistema imunológico que leva as pessoas a dormir espontaneamente. Outra falha foi encontrada em um gene chamado ATM, envolvido no reparo do DNA - ou na prevenção do câncer - leva a erros que são transferidos para as células filhas. A culpa do terceiro par está no gene CASP8, que desempenha papel no controle da disseminação das células, desencadeando a morte celular automática.
Há cerca de 11.770 novos casos de melanoma maligno são diagnosticados a cada ano no Reino Unido e estes são causados principalmente pela exposição excessiva à luz ultravioleta. Quase um terço dos casos de melanoma maligno ocorrem em pessoas com menos de 55. Nos últimos 25 anos, as taxas de melanoma maligno na Grã-Bretanha aumentou mais rapidamente do que qualquer um dos cânceres mais comuns.
Lesley Walker comentou ainda que as universidades têm investido pesadamente em pesquisas para identificar as alterações DNA a fim de revelar uma imagem geral de quais as regiões do DNA que podem estar ligadas ao câncer.
- E esperamos que pesquisas como esta mostrem mais segredos genéticos para nos ajudar a diagnosticar e tratar a doença. A melhor maneira de reduzir o risco de câncer de pele, é proteger-se do sol forte cobrindo-se com roupas, passar algum tempo na sombra, e aplicar, pelo menos, protetor solar FPS 15 com quatro ou mais estrelas com generosidade e regularidade - concluiu o pesquisador.
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