4.28.2013

Neonazistas presos em Niterói são do Rio e de classe média

Rio -  Os neonazistas presos em Niterói acusados agredir na Praça Arariboia, neste sábado, no Centro de Niterói, o nordestino Cirley Santos, de 33 anos, são do Rio de Janeiro e de classe média. Exceto por Tiago Borges Dias Pitta, que é administrador e mora no Mutuá, em São Gonçalo, também na Região Metropolitana, os demais moram entre as Zonas Norte e Oeste do Rio.
Carlos Luis Bastos Neto, 33 anos, é o único que mora na Zona Sul, no Catete, e é enfermeiro. Caio Souza Prado, 23 anos, reside em Jacarepaguá e é estudante. Davo Ribeiro de Morais, 39 anos, mora no mesmo bairro e é estoquista.
Philipe Ferreira Ferro Lima, 21 anos, mora no Engenho de Dentro e é atendente. Jéssica Oliveira Charles Ribero, 26 anos, reside em Maria da Graça e é telefonista. O menor M.P.B., que teria um relacionamento com ela, é estudante do Andaraí. Os sete estão na 77ª DP (Icaraí) e devem ser transferidos ainda neste domingo para a Polinter.
Grupo é preso no Centro de Niterói após agredir um nordestino | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Grupo é preso no Centro de Niterói após agredir um nordestino | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
"Me chamaram de nordestido de m..."
A vítima foi salva por guardas municipais chamados por pedrestres, quando os sete jovens avançavam em direção à vítima com facas e taco de beisebol. “Um deles gritou que eu era um nordestino de merda e me deu com soco na cara. Aí, levantou o braço direito e fez saudação nazista para mim em nome de Hitler”, contou, revoltado, Cirley. O grupo já teria agredido outras pessoas.
Composto por cinco homens (a maioria de cabeças raspadas e com tatuagens de símbolos da suástica), uma mulher e um menor de 15 anos, o grupo foi encaminhado para a 77ª DP (Icaraí). No carro de um deles foi encontrado material de tortura, propagandas nazistas, cartilhas com alusão a Hitler, além de facas, bastões e soco inglês. Três deles têm antecendentes criminais em Minas Gerais e São Paulo.
Eles responderão por uma série de crimes que, somados, são inafiançáveis, como lesão corporal, formação de quadrilha, corrupção de menores, além de intolerância de cor, raça, etnia, religião e origem, e fabricação, comercialização ou veiculação de símbolos, ornamentos, distintivos ou propaganda com cruz suástica para divulgação do nazismo.
Material apreendido com agressores faz referência ao movimento neonazista | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Material apreendido com agressores faz referência ao movimento neonazista | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Apologia pelo Facebook
Um dos rapazes divulgava o nazismo em rede social. Em página do Facebook que seria de Davi Moraes, há explicações: “Eu luto pela minha raça, se vou para a rua fazer ativismo, é porque acredito no meu ideal, não faço isso por causa do meu estado ou meu país, mas faço pelas pessoas que tem o mesmo ideal pelo qual lutamos”.
O neonazismo está associado ao resgate do nazismo, ideologia propagada por Adolf Hitler, na década de 1920, na Alemanha. Se caracteriza por intolerância e preceitos racialistas por uma ‘raça pura ariana’ ou pela ‘superioridade da raça branca’. Seguidores geralmente discriminam minorias e grupos, como homossexuais, negros, judeus.
 POR Diego Valdevino

Um comentário:

Anônimo disse...

Tem que levar muita porrada pra aprender!!!!