Um aluno que fraudou o vestibular de medicina da Universidade Estadual
do Rio de Janeiro (Uerj) foi expulso da instituição e ainda pode
responder na Justiça pelo crime. A fraude no sistema de cotas sociais
foi identificada ao final de 2013, com base na denúncias de colegas do
próprio curso. É o primeiro caso do tipo na Uerj, desde a criação de
ações afirmativas, há 12 anos.
De acordo com o reitor da universidade, Ricardo Vieiralves, o jovem de classe média alta fraudou a declaração de renda familiar. Falsificou documentos para comprovar filiação à uma pessoa com renda de cerca de R$ 1 mil. No entanto, foi descoberto por colegas, que desconfiaram do padrão de vida do estudante, que cursava o segundo período de medicina.
"As marcas das condições cultural e econômica, um dias, elas se revelam. Os estudantes ficam com medo [de denunciar] em um primeiro momento, porque ninguém quer ser dedo-duro, mas para preservar a lei, o sistema, é necessário [denunciar as fraudes]", explicou o reitor da Uerj, em entrevista à TV Brasil. Segundo ele, o ex-aluno foi denunciado por uma situação de clara "injustiça" em relação aos demais.
A Uerj investiga mais nove denúncias semelhantes, de fraudes em cotas para o vestibular. A universidade reserva vagas com base na combinação de critérios econômicos e de raça, além de assegurar o ingresso de filhos de policiais e bombeiros mortos em serviço.
A denúncia sobre a fraude foi encaminhada pela Uerj ao Ministério Público Estadual e à Polícia Civil, por isso o ex-aluno corre o risco de responder a processo penal. "A fraude que esse menino provocou não foi apenas de falsificação, causou prejuízo para outra pessoas", reforçou Vieiralves. Para ele, a Justiça pode levar esse aspecto como agravante.
Caso condenado, o jovem não poderá prestar vestibular para instituição pública nem assumir cargo no governo. A Uerj também fica impedida de fornecer documentos que permitam a transferência dele para outra faculdade, o que exige que ele preste novo vestibular.
Leia mais em: http://zip.net/brmdmm
Isabela Vieira
Da Agência Brasil, no Rio de Janeiro
De acordo com o reitor da universidade, Ricardo Vieiralves, o jovem de classe média alta fraudou a declaração de renda familiar. Falsificou documentos para comprovar filiação à uma pessoa com renda de cerca de R$ 1 mil. No entanto, foi descoberto por colegas, que desconfiaram do padrão de vida do estudante, que cursava o segundo período de medicina.
"As marcas das condições cultural e econômica, um dias, elas se revelam. Os estudantes ficam com medo [de denunciar] em um primeiro momento, porque ninguém quer ser dedo-duro, mas para preservar a lei, o sistema, é necessário [denunciar as fraudes]", explicou o reitor da Uerj, em entrevista à TV Brasil. Segundo ele, o ex-aluno foi denunciado por uma situação de clara "injustiça" em relação aos demais.
A Uerj investiga mais nove denúncias semelhantes, de fraudes em cotas para o vestibular. A universidade reserva vagas com base na combinação de critérios econômicos e de raça, além de assegurar o ingresso de filhos de policiais e bombeiros mortos em serviço.
A denúncia sobre a fraude foi encaminhada pela Uerj ao Ministério Público Estadual e à Polícia Civil, por isso o ex-aluno corre o risco de responder a processo penal. "A fraude que esse menino provocou não foi apenas de falsificação, causou prejuízo para outra pessoas", reforçou Vieiralves. Para ele, a Justiça pode levar esse aspecto como agravante.
Caso condenado, o jovem não poderá prestar vestibular para instituição pública nem assumir cargo no governo. A Uerj também fica impedida de fornecer documentos que permitam a transferência dele para outra faculdade, o que exige que ele preste novo vestibular.
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Isabela Vieira
Da Agência Brasil, no Rio de Janeiro
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