Pesquisa mostra que crianças de 6 anos já mostram claro favorecimento do grupo ao qual pertencem; aos 8 anos, os meninos sentem forte desdém por meninas da mesma idade
O Globo
BERLIM - O amor pelo próprio grupo e o ódio de forasteiros são
atitudes distintas que surgem em diferentes estágios de desenvolvimento
de uma criança, de acordo com os pesquisadores David Buttelmann e Robert
Böhm, da Universidade de Erfurt. Mas em que ponto das nossas vidas
começamos a pensar nas pessoas diferentes de nós como inimigas? Este
novo estudo sugere que o processo psicológico que sustenta a
problemática do racismo, o nacionalismo extremo, e preconceito de todos
os tipos começa por volta dos 7 anos de idade.
Na revista “Psychological Science” eles apresentam evidências de que crianças de 6 anos já mostram claro favorecimento do grupo ao qual pertencem. E aos 8 anos, os meninos sentem, ou pelo menos agem como se sentissem, forte desdém por meninas da mesma idade.
- Crianças, em particular meninos, deveriam aprender logo na idade pré-escolar que a cooperação entre os grupos e a lealdade são valiosos e benéficos para a Humanidade apenas se não implicarem na diminuição de outro grupo - disse Robert Böhm ao jornal “Pacific Standard”.
Para o estudo, crianças de 4 e 5 anos e de 3 e 6 anos foram reunidas em um laboratório em grupos de três a dez. Cada um desenhou um bilhete de loteria representando se pertenciam ao grupo amarelo ou ao grupo verde. Membros de cada grupo foram colocados em cantos opostos do laboratório e vestiram camisetas com as cores de seus respectivos grupos.
Depois de uma pequena introdução, cada criança sentou em um computador e jogou um game que apresentava 15 “recursos positivos” (como um cookie e um ursinho) e 15 “recursos negativos” (incluindo uma aranha e um caco de vidro). Todos tiveram a opção de colocar os recursos em uma marionete vestida como membro de seu próprio grupo, ou em outra vestida como membro do outro grupo. Ou ainda, depositar cada item em uma caixa aberta, para passar adiante itens que não queriam sem, com isso, mostrar hostilidade em relação ao grupo oposto.
Entre os itens indesejados, as crianças de 6 anos alocaram 51% no fantoche do outro grupo, 12% no fantoche do seu próprio grupo, e 37% na caixa. Estas porcentagens mudaram significativamente entre as crianças de 8 anos: eles alocaram 71% no fantoche do outro grupo, 4% no fantoche do seu próprio grupo, e 25% na caixa.
Uma análise mais aprofundada revelou que “o ódio fora do grupo foi a motivação dominante para a distribuição de recursos negativos das crianças de 8 anos”, escrevem os pesquisadores.
Embora não houvesse diferenças de gênero significativas entre as crianças de 6 anos, aos 8 anos os meninos mostraram muito mais desdém em relação ao outro grupo do que as meninas de 8 anos de idade. Eles atribuíram 84% dos itens indesejados para o boneco de fora, as meninas alocaram apenas 60%, e colocaram muito mais itens na caixa neutra.
Na revista “Psychological Science” eles apresentam evidências de que crianças de 6 anos já mostram claro favorecimento do grupo ao qual pertencem. E aos 8 anos, os meninos sentem, ou pelo menos agem como se sentissem, forte desdém por meninas da mesma idade.
- Crianças, em particular meninos, deveriam aprender logo na idade pré-escolar que a cooperação entre os grupos e a lealdade são valiosos e benéficos para a Humanidade apenas se não implicarem na diminuição de outro grupo - disse Robert Böhm ao jornal “Pacific Standard”.
Para o estudo, crianças de 4 e 5 anos e de 3 e 6 anos foram reunidas em um laboratório em grupos de três a dez. Cada um desenhou um bilhete de loteria representando se pertenciam ao grupo amarelo ou ao grupo verde. Membros de cada grupo foram colocados em cantos opostos do laboratório e vestiram camisetas com as cores de seus respectivos grupos.
Depois de uma pequena introdução, cada criança sentou em um computador e jogou um game que apresentava 15 “recursos positivos” (como um cookie e um ursinho) e 15 “recursos negativos” (incluindo uma aranha e um caco de vidro). Todos tiveram a opção de colocar os recursos em uma marionete vestida como membro de seu próprio grupo, ou em outra vestida como membro do outro grupo. Ou ainda, depositar cada item em uma caixa aberta, para passar adiante itens que não queriam sem, com isso, mostrar hostilidade em relação ao grupo oposto.
Entre os itens indesejados, as crianças de 6 anos alocaram 51% no fantoche do outro grupo, 12% no fantoche do seu próprio grupo, e 37% na caixa. Estas porcentagens mudaram significativamente entre as crianças de 8 anos: eles alocaram 71% no fantoche do outro grupo, 4% no fantoche do seu próprio grupo, e 25% na caixa.
Uma análise mais aprofundada revelou que “o ódio fora do grupo foi a motivação dominante para a distribuição de recursos negativos das crianças de 8 anos”, escrevem os pesquisadores.
Embora não houvesse diferenças de gênero significativas entre as crianças de 6 anos, aos 8 anos os meninos mostraram muito mais desdém em relação ao outro grupo do que as meninas de 8 anos de idade. Eles atribuíram 84% dos itens indesejados para o boneco de fora, as meninas alocaram apenas 60%, e colocaram muito mais itens na caixa neutra.
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