DA BBC BRASIL
Uma britânica que parou de respirar durante uma internação hospitalar conseguiu curar sua apneia noturna após perder mais de 80 kg. Diane McLean pesava quase 180 kg quando recebeu o diagnóstico.
"Eu acordei com um monte de coisas acontecendo ao meu redor, em uma unidade de tratamento intensivo", disse ela. "Foi bem sério. Recebi alta, mas fui para casa com uma máquina de oxigênio que eu usava quando ia dormir."
O choque da experiência no hospital fez com que McLean decidisse perder peso. Em um ano, ela emagreceu mais de 80 kg.
"Minha apneia do sono ficou completamente curada e eu não ronco mais...ou se ronco, não é muito alto nem por muito tempo", diz ela.
APNEIA E OBESIDADE
Médicos na Escócia dizem que o número de pessoas com distúrbios de sono aumentou 25% nos últimos três anos e 80% dos pacientes estão acima do peso.
O problema também estaria acontecendo em outras partes do Reino Unido.
Um estudo realizado pela Universidade de Wisconsin, em 2002, concluiu que a obesidade é o principal fator de risco para a apneia noturna e que 4% dos homens de meia idade e 2% das mulheres apresentam os sintomas.
A apneia noturna é uma condição ligada ao formato da garganta, que faz com que a pessoa pare de respirar durante o sono e acorde diversas vezes ao longo da noite.
O excesso de gordura em torno do pescoço pode causar o problema ou tornar seus sintomas mais graves.
Em alguns casos, motoristas sofrendo de apneia do sono causaram acidentes fatais após dormir ao volante.
"Estamos chegando ao limite de nossa capacidade para lidar com o problema e há uma ligação inegável com o peso dos pacientes", diz o especialista em distúrbios do sono Tom Mackay.
"Para um homem, se você tem um tamanho de colarinho acima de 44 centímetros, isso indica que há gordura demais em torno de seu pescoço."
Segundo o médico, já há mais novos casos de apneia noturna sendo diagnosticados do que de câncer de pulmão e enfizema combinados.
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