10.05.2011

Jesus, espírito encarnado ou materializado? Superioridade da natureza de Jesus


Uma das questões que sempre me pergunto, o Mestre Jesus, devido ao mistério do seu nascimento seria um espírito encarnado, com corpo carnal, ou seria um espírito materializado sem conhecimento deste fato. Caso seja um espírito encarnado, porquê não se fala de seu pai humano, somente de sua mãe; se não teve um pai humano e tivesse um corpo carnal, seria geração espontânea ou seria um ser materializado ainda dentro do útero de Maria e que foi programado o esquecimento deste fato. Sei que muitos dirão que para o espiritismo isto não tem nada a ver, porquê  o que importa é a mensagem e a doutrina moral que o mesmo nos trouxe, concordo plenamente que é o mais importante sim a doutrina moral transmitida por ele, mas como os espíritos falaram sobre Deus, porquê nunca mencionaram sobre o mistério do nascimento de Jesus? Será que ainda não temos condições de entender, ou só o que importa é sua doutrina moral? Não esqueçamos que vários outros personagens nos legaram também doutrinas morais elevadas: Platão, Confúcio, Zaratrusta, Buda e etc... e todas são semelhantes e conteúdo. Me perdoem se tento entender o porquê nunca foi mencionado o mistério do nascimento de Jesus pelos Espíritos de Escol.
Re: Jesus, espírito encarnado ou materializado? (comentário)
Uma das questões que sempre me pergunto, o Mestre Jesus, devido ao mistério do seu nascimento seria um espírito encarnado, com corpo carnal, ou seria um espírito materializado sem conhecimento deste fato. Caso seja um espírito encarnado, porquê não se fala de seu pai humano, somente de sua mãe; se não teve um pai humano e tivesse um corpo carnal, seria geração espontânea ou seria um ser materializado ainda dentro do útero de Maria e que foi programado o esquecimento deste fato.
Eu não vejo grande mistério nisso. Jesus foi concerteza um Espírito muito superior que encarnou na terra com uma missão especifica. Quanto a pais biológicos, sua mãe era Maria (que de virgem nada tinha) e José (o carpinteiro). Na Biblia fala sim tanto da mãe como do pai de Jesus Cristo.

Superioridade da natureza de Jesus

1. - Os fatos que o Evangelho relata e que foram até hoje considerados milagrosos pertencem, na sua maioria, à ordem dos fenômenos psíquicos, isto é, dos que têm como causa primária as faculdades e os atributos da alma. Confrontando-os com os que ficaram descritos e explicados no capítulo precedente, reconhecer-se-á sem dificuldade que há entre eles identidade de causa e de efeito. A História registra outros análogos, em todos os tempos e no seio de todos os povos, pela razão de que, desde que há almas encarnadas e desencarnadas, os mesmos efeitos forçosamente se produziram. Pode-se, é certo, contestar, no que concerne a este ponto, a veracidade da História; mas, hoje, eles se produzem às nossas vistas e, por assim dizer, à vontade e por indivíduos que nada têm de excepcionais. O só fato da reprodução de um fenômeno, em condições idênticas, basta para provar que ele é possível e se acha submetido a uma lei, não sendo, portanto, miraculoso.

O princípio dos fenômenos psíquicos repousa, como já vimos, nas propriedades do fluido perispiritual, que constituí o agente magnético; nas manifestações da vida espiritual durante a vida corpórea e depois da morte; e, finalmente, no estado constitutivo dos Espíritos e no papel que eles desempenham como força ativa da Natureza. Conhecidos estes elementos e comprovados os seus efeitos, tem-se, como conseqüência, de admitir a possibilidade de certos fatos que eram rejeitados enquanto se lhes atribuía uma origem sobrenatural.

2. - Sem nada prejulgar quanto à natureza do Cristo, natureza cujo exame não entra no quadro desta obra, considerando-o apenas um Espírito superior, não podemos deixar de reconhecê-lo um dos de ordem mais elevada e colocado, por suas virtudes, muitíssimo acima da humanidade terrestre. Pelos imensos resultados que produziu, a sua encarnação neste mundo forçosamente há de ter sido uma dessas missões que a Divindade somente a seus mensageiros diretos confia, para cumprimento de seus desígnios. Mesmo sem supor que ele fosse o próprio Deus, mas unicamente um enviado de Deus para transmitir sua palavra aos homens, seria mais do que um profeta, porquanto seria um Messias divino.

Como homem, tinha a organização dos seres carnais; porém, como Espírito puro, desprendido da matéria, havia de viver mais da vida espiritual, do que da vida corporal, de cujas fraquezas não era passível. A sua superioridade com relação aos homens não derivava das qualidades particulares do seu corpo, mas das do seu Espírito, que dominava de modo absoluto a matéria e da do seu perispírito, tirado da parte mais quintessenciada dos fluidos terrestres (cap. XIV, nº 9). Sua alma, provavelmente, não se achava presa ao corpo, senão pelos laços estritamente indispensáveis. Constantemente desprendida, ela decerto lhe dava dupla vista, não só permanente, como de excepcional penetração e superior de muito à que de ordinário possuem os homens comuns. O mesmo havia de dar-se, nele, com relação a todos os fenômenos que dependem dos fluidos perispirituais ou psíquicos. A qualidade desses fluidos lhe conferia imensa forca magnética, secundada pelo incessante desejo de fazer o bem.

Agiria como médium nas curas que operava? Poder-se-á considerá-lo poderoso médium curador? Não, porquanto o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados e o Cristo não precisava de assistência, pois que era ele quem assistia os outros. Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças. Que Espírito, ao demais, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir? Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir. Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.

Texto extraído do livro A GENESE, uma das cinco obras da codificação de Allan Kardec, capitulo XV.

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