Anvisa começa reunião decisiva sobre uso de sibutramina
Roberto Maltchik (roberto.maltchik@bsb.oglobo.com.br)Ao longo do primeiro semestre, a Câmara Técnica de Medicamentos da Anvisa (Cateme) defendeu a proibição dos medicamentos, inclusive da Sibutramina, argumentando que os riscos do uso continuado das substâncias eram superiores aos benefícios potenciais aos pacientes. O principal risco, segundo esse grupo consultivo formado por técnicos de fora da agência, era o de aumento da pressão arterial de pessoas obesas. O grupo técnico da própria Anvisa apoiava a indicação da Cateme, porém, em agosto, os técnicos do órgão modificaram o parecer e passaram a avaliar que a Sibutramina pode ser vendida, seguindo critérios de controle . O parecer dos técnicos foi contrário à distribuição das drogas dietilpropiona, femproporex e mazindol.
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De acordo com o novo relatório, que está sendo submetido à diretoria nesta terça-feira, a Sibutramina deve continuar no mercado seguindo regras de controle, como a proibição de prescrição por período superior a 60 dias, a permissão de uso apenas por pacientes com massa corpórea (IMC) acima de 30 e que assinem documento em que atestam a ciência sobre os riscos do uso da droga.
O diretor da Anvisa, Dirceu Barbano, informou que o Brasil responde, sozinho, por mais da metade das vendas de sibutramina no mundo. Em 2010, foram vendidas 5,6 toneladas, das quais 3 toneladas somente no Brasil. O fabricante parou de vender nos Estados Unidos e a União Européia proibiu sua venda. Na América do Sul, Argentina, Uruguai, Colômbia também proibiram o uso.
Participam da votação os diretores Jaime Oliveira, Maria Cecília Brito, José Agenor Alvares, além do direitor-presidente, Dirceu Barbano. Além da decisão sobre os moderadores de apetite, a reunião também trata de outros temas. O debate sobre a Sibutramina ocorrerá ainda pela manhã.
O Globo
Nota boaspraticasfarmaceuticas: Que o bom senso prevaleça e os medicamentos sejam banidos pelo bem da Saúde Pública.
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