Conhecida como seborréia canina, essa dermatopatia é caracterizada por uma série de transtornos na camada córnea da pele que alteram a produção de sebo e queratina. Ela é classificada como seca, oleosa ou mista, podendo ser primária ou secundária a alguma outra patologia, seja de pele ou não.
A seborréia primária é mais comum em determinadas raças predispostas, como por exemplo, Teckel, Beagle, Cocker Inglês, Retriever do Labrador etc.; o fator hereditário ainda é muito discutido nesses casos. Já a secundária, pode ter como causa outra dermatopatia (atopia, por exemplo), doenças hormonais (hipotireoidismo), dentre outras patologias metabólicas.
Os sinais clínicos mais evidentes são: excesso de oleosidade ou ressecamento da pele, descamação (caspa), pelame opaco, sem brilho e queda de pêlos acentuada; o prurido (coceira) pode estar presente ou não.
O diagnóstico é feito através do exame clínico detalhado, podendo ter o auxílio de uma biópsia de pele ou não; demais exames podem ser realizados procurando causas para um processo secundário. Cuidado, principalmente aos clínicos veterinários, pois essa dermatopatia pode se apresentar com lesões semelhantes a lesões clássicas de outras doenças de pele corriqueiras no dia a dia da clínica dermatológica.
O tratamento na doença primária é para controle, não existindo cura definitiva; já na secundária, os sintomas normalmente desaparecem quando controlada a causa base. Utilizamos medicações tópicas, orais e na forma de shampoos. Uma alimentação de qualidade é fundamental para manter a saúde da pelagem.
Aos proprietários de cães, tenham paciência, pois doenças de pele demoram muito tempo para se curarem e os tratamentos são bem trabalhosos. O importante é ter um Veterinário de confiança e não desistir no meio do caminho.
Giro veterinario
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