10.18.2011

Cirurgia plástica não precisa ter cicatriz grande


Fiz cirurgia para aumentar os seios há uma semana. Tenho medo de que minha cicatriz fique grande e vire quelóide. O que devo fazer?
(Dinah)


Cirurgia plástica: sociedade médica lança cartilha com orientações de segurança
Ao nos submetermos a uma cirurgia, em primeiro lugar queremos que ela seja bem sucedida, claro. Uma vez bem sucedida, queremos uma cicatriz fina, apenas uma linha imperceptível. Principalmente quando a cirurgia é estética, como no seu caso. Mas nem sempre acontece assim.
Quelóide é uma cicatriz volumosa, maior do que a cicatriz fina desejada por você e também por seu médico. Desenvolver quelóide é uma tendência genética, quando a cicatriz cresce além do esperado. Assim, o aparecimento de quelóide independe do modo como foi feita a cirurgia ou como foram dados os pontos.
Não é possível saber se você tem ou não tendência a quelóide se nunca se submeteu a cirurgia. Mas seguem alguns conselhos para cuidar de sua cicatriz, e que valem para todos.
1. Evite deixar a cicatriz sob tensão. Portanto, tome cuidado com movimentos que estirem a pele. Mexa seus braços com cuidado, e não os eleve (num movimento como se fosse trocar uma lâmpada). Esse cuidado vale por três ou até mais meses, dependendo das condições da pele e da extensão do corte.
2. Após a remoção do curativo, e sempre segundo orientação de seu médico, mantenha a área limpa. Não se impressione com os pontos: lave delicadamente a região com água e sabonete.
3. Você pode molhar e lavar delicadamente a área mesmo se estiver com pontos falsos, aqueles feitos com esparadrapo.
4. Após a remoção de pontos falsos use uma placa de silicone ou gel à base de silicone. Esse cuidado deve ser mantido por vários meses, de acordo com avaliação de seu médico. Evidências sugerem que o silicone previne o aparecimento e reduz o tamanho do quelóide.
5. Não exponha sua cicatriz ao sol por um mínimo de seis meses.
Se você tem tendência a quelóide, é importante informar seu médico antes da cirurgia. Existem recursos que podem ser usados para prevenir, como sessões de betaterapia (que são iniciadas já no dia ou no dia seguinte à cirurgia), ou uso de cremes ou adesivos à base de cortisona antes mesmo de o quelóide surgir.
Por Lucia Mandel
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