Neurologia RIO - O Mal de Parkinson é uma doença devastadora e incurável que prejudica seriamente o controle motor, leva ao tremor involuntário, e à falta de coordenação. Agora, uma técnica de estimulação cerebral profunda (conhecida pela sigla DBS, em inglês) vem sendo usada para melhorar os sintomas motores em pacientes com a doença avançada. Um estudo publicado na edição de outubro da revista "Neuron" descreve uma técnica ainda mais eficaz de DBS, que faz ajustes em tempo real em resposta à dinâmica da doença e à progressão do comprometimento cerebral. A DBS começa a ser também usada para o melhor gerenciamento de sintomas de Parkinson em fase avançada.
A DBS envolve o implante de um dispositivo médico, que funciona como um "marcapasso cerebral". Essencialmente, este dispositivo envia impulsos elétricos para regiões específicas do cérebro e altera a atividade cerebral naquelas regiões de modo controlado. A DBS tem proporcionado benefícios terapêuticos significativos para distúrbios de movimento como o Parkinson e para transtornos como dor crónica e depressão.
Após o implante do dispositivo, parâmetros de estimulação, como freqüência e intensidade de estimulação devem ser programados e ajustados ao longo de vários meses, por um clínico altamente treinado. O objetivo é maximizar a melhora clínica e minimizar os eventuais efeitos colaterais da estimulação induzida. Os ajustes ocorrem habitualmente entre 3 e 12 meses, quando o paciente visita a clínica. Os parâmetros permanecem os mesmos entre as visitas. Infelizmente, isso resulta num tipo de estimulação que não mantém o contato direto com a natureza dinâmica do Parkinson.
- Nos últimos anos, o desenvolvimento do Mal de Parkinson tem sido acompanhado por padrões de descarga neuronal aberrantes, que fazem parte da fisiopatologia da doença. Há necessidade urgente de um sistema automático e dinâmico, capaz de ajustar continuamente o estímulo elétrico em resposta aos padrões aberrantes patológicos em curso - explica o Dr. Boris Rosin, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém.
Os autores do estudo testaram novos paradigmas de estímulo em tempo real, com um DBS aplicado em cobaia com Parkinson. Os pesquisadores descobriram que, em tempo real, os paradigmas adaptativos do DBS aliviam alguns sintomas do Parkinson e a atividade anormal neural é reduzida de forma mais eficiente. Os resultados forneceram uma nova visão sobre a atividade cerebral subjacente ao Parkinson e sugeriram que a melhora clínica foi alcançada pela ruptura de um padrão particular da variedade de atividade anormal vista no cérebro de Parkinson.
- É nossa esperança que, no futuro próximo, veremos uma nova era de estratégias de tratamento de DBS, com base respostas em em tempo real a paradigmas adaptativos, dirigidas à atividade cerebral patológica - conclui o Dr. Rosin. - Essas estratégias têm potencial não só para o tratamento do Mal de Parkinson, mas talvez também de outros distúrbios neurológicos com um padrão claro patológico de atividade cerebral neuronal.
O Globo
A DBS envolve o implante de um dispositivo médico, que funciona como um "marcapasso cerebral". Essencialmente, este dispositivo envia impulsos elétricos para regiões específicas do cérebro e altera a atividade cerebral naquelas regiões de modo controlado. A DBS tem proporcionado benefícios terapêuticos significativos para distúrbios de movimento como o Parkinson e para transtornos como dor crónica e depressão.
Após o implante do dispositivo, parâmetros de estimulação, como freqüência e intensidade de estimulação devem ser programados e ajustados ao longo de vários meses, por um clínico altamente treinado. O objetivo é maximizar a melhora clínica e minimizar os eventuais efeitos colaterais da estimulação induzida. Os ajustes ocorrem habitualmente entre 3 e 12 meses, quando o paciente visita a clínica. Os parâmetros permanecem os mesmos entre as visitas. Infelizmente, isso resulta num tipo de estimulação que não mantém o contato direto com a natureza dinâmica do Parkinson.
- Nos últimos anos, o desenvolvimento do Mal de Parkinson tem sido acompanhado por padrões de descarga neuronal aberrantes, que fazem parte da fisiopatologia da doença. Há necessidade urgente de um sistema automático e dinâmico, capaz de ajustar continuamente o estímulo elétrico em resposta aos padrões aberrantes patológicos em curso - explica o Dr. Boris Rosin, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém.
Os autores do estudo testaram novos paradigmas de estímulo em tempo real, com um DBS aplicado em cobaia com Parkinson. Os pesquisadores descobriram que, em tempo real, os paradigmas adaptativos do DBS aliviam alguns sintomas do Parkinson e a atividade anormal neural é reduzida de forma mais eficiente. Os resultados forneceram uma nova visão sobre a atividade cerebral subjacente ao Parkinson e sugeriram que a melhora clínica foi alcançada pela ruptura de um padrão particular da variedade de atividade anormal vista no cérebro de Parkinson.
- É nossa esperança que, no futuro próximo, veremos uma nova era de estratégias de tratamento de DBS, com base respostas em em tempo real a paradigmas adaptativos, dirigidas à atividade cerebral patológica - conclui o Dr. Rosin. - Essas estratégias têm potencial não só para o tratamento do Mal de Parkinson, mas talvez também de outros distúrbios neurológicos com um padrão claro patológico de atividade cerebral neuronal.
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