10.19.2011

Mulheres obesas desenvolvem cancro da mama mais cedo


Mulheres obesas desenvolvem cancro da mama mais cedo, é o que aponta um estudo realizado pela Universidade de Granada e publicado na revista espanhola Nutrición Hospitalaria. Investigadores observaram 524 mulheres diagnosticadas com cancro da mama, que estavam a receber tratamento no hospital universitário San Cecilio de Janeiro de 2009 a Setembro de 2010 em Granada, na Espanha. Avaliaram o estado nutricional dessas pacientes (peso normal, obesidade e obesidade mórbida) e a sua idade no momento do diagnóstico. Mulheres com histórico familiar de cancro da mama não participaram do estudo.

Os cientistas descobriram que a obesidade feminina está associada a um diagnóstico prematuro de cancro da mama. A descoberta contrasta com os resultados obtidos noutros estudos que mostravam que indivíduos com mais índice de massa corporal teriam menos riscos de desenvolver a doença.
O estudo também apontou que as mulheres que tiveram a doença diagnosticada muito cedo foram as que começaram a menstruar antes dos 10 anos de idade. Assim, a idade da menarca é determinante no desenvolvimento e diagnóstico de câncer de mama, especialmente em mulheres com obesidade mórbida.
Ainda que factores genéticos e histórico familiar sejam muito relevantes (cerca de 18% das mulheres obesas tinham factores genéticos para desenvolver a doença), o estudo prova que a obesidade é um dos factores para desenvolver o cancro mais cedo.

Número de casos novos por ano: 150 000
Número de mortes por ano: 44 000
O cancro da mama é o cancro mais comum nas mulheres americanas, sendo responsável por 27% dos casos de cancro das mulheres, e a sua incidência está a crescer gradualmente. A incidência nas mulheres de raça branca é um pouco maior do que nas mulheres de raça negra. Nas partes do mundo onde a incidência de cancro da mama é alta, como nos EUA, Canadá, Europa Ocidental e Austrália, o risco maior verifica-se aos 65 anos.

Taxa de Mortalidade

A taxa de mortalidade para o cancro da mama mantém-se praticamente ao mesmo nível que em I 930. Embora o cancro do pulmão seja actualmente responsável por um maior número de mortes entre as mulheres do que o cancro da mama (sendo fatal em 87% dos casos), este último é mais comum. No Japão, o cancro da mama é menos frequente do que nos EUA. A sua detecção precoce, por meio de mamografias. deverá melhorar a taxa de sobrevivência.

Tratamento

Processos cirúrgicos

Apresentam-se seguidamente quatro operações para remoção do cancro da mama, mas há diversas variações. A operação aconselhada depende do tamanho e da extensão do tumor, bem como do seu aspecto, quando visto ao microscópio. Para tumores até determinada fase, uma operação de grande amplitude não dá maiores hipóteses de sobrevivência do que uma operação mais conservadora. Na actualidade, recomendam-se mais frequentemente procedimentos do tipo da excisão de tumores, acompanhada de radiação.
A doente e o médico devem discutir a reconstrução do seio antes de chegarem a uma decisão sobre o género de operação a fazer.

Excisão de um tumor

Nesta operação, somente se remove o tumor e uma pequena porção de tecido circundante, bem como alguns gânglios linfáticos na axila do lado afectado. Segue-se à excisão a radioterapia e, muitas vezes, a quimioterapia.
  1. Faz-se uma pequena incisão sobre o tumor.
  2. Remove-se o tumor e uma pequena porção de tecido adjacente e sutura-se a incisão.
  3. A cicatriz mal se nota e fica uma pequena depressão no seio.

Mastectomia parcial

Neste caso, remove-se uma parte do tecido do seio que contém o tumor. Tal como no caso anterior, extraem-se alguns gânglios linfáticos da axila, ao que se seguirão, provavelmente, algumas sessões da radioterapia.
  1. Fazem-se as incisões necessárias à remoção do tecido do seio e, bem assim, dos gânglios linfáticos da axila.
  2. Remove-se o tumor e uma porção de pele e tecido adjacente. Sutura-se a incisão.
  3. A cicatriz resultante é bem visível, o seio fica por norma mais pequeno do que anteriormente e com uma depressão.

Mastectomia subcutânea

Nesta operação, remove-se todo o tecido interno do seio, mas deixa-se o mamilo e tanta pele quanto possível. Insere-se então um implante de silicone. Examinam-se minuciosamente os gânglios linfáticos das axilas, podendo extrair-se alguns deles para biopsia. Em alternativa, remove-se também pele e mamilo – o que se designa por mas tecto mia simples. O seio será reconstruído mais tarde.
  1. Faz-se a incisão amiúde sob o seio.
  2. Remove-se o tumor e todo ou quase todo o tecido do seio.
  3. Insere-se no interior do seio um implante de silicone, tendo em vista restaurar a aparência. 4. Sutura-se a incisão. A cicatriz resultante situa-se comummente sob o seio.

Mastectomia radical modificada

Remove-se todo o seio e todos os gânglios linfáticos da axila num único bloco de tecido, se possível, deixando-se ficar os músculos do peito no seu lugar. O seio pode reconstruir-se mais tarde. Raras vezes se removem os músculos do peito.
  1. Faz-se uma grande incisão elíptica, que acompanha todo o seio e se estende até à axila. Corta-se todo o tecido do seio até aos músculos do peito, em conjunto com os gânglios linfáticos axilares. Sutura-se então a incisão.
  2. Fica uma grande cicatriz através do peito.
  3. Pode fazer-se a reconstrução mais tarde, recorrendo a uma porção de pele e gordura subjacente de uma localização próxima do peito, e procedendo à encorporação de um implante de silicone, com reconstrução do mamilo. 
Fonte: WebSite informativo sobre o cancro mais comum nas mulheres

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