10.21.2011

"Morte não será comemorada"

Presidenta não se iguala à terroristas

Por Yara Aquino*
A presidenta Dilma Rousseff participa da cerimônia em Angola, onde se manifestou sobre morte de Kaddafi. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff comentou nesta quinta-feira 20, em Angola, a notícia da captura do presidente líbio, Muammar Khadafi, avaliando que a Líbia está passando por um processo de transformação democrática e que não se deve comemorar a morte de qualquer líder. Dilma disse também que o desejo é o de que os países tenham a capacidade de viver em paz e com democracia.
“Acho que a Líbia está passando por um processo de transformação democrática. Agora, isso não significa que a gente comemore a morte de qualquer líder que seja. O fato de ela [a Líbia] estar em um processo democrático é algo que todo mundo deve, acho que não é comemorar a palavra, mas apoiar, incentivar e, de fato, o que queremos é que os países tenham a capacidade de, internamente, viver em paz e com democracia”, disse aos jornalistas.
A presidenta disse que foi informada de haver fotos que seriam de Muammar Khadafi morto, mas que, até então, não tinha a confirmação oficial da morte do líder líbio. Perguntada sobre qual deve ser o próximo passo após a morte de Khadafi e sobre como o Brasil poderia ajudar nesse processo, Dilma respondeu que “a grande questão é a reconstrução” e que o Brasil tem feito esforços para que haja “uma reconstrução dentro do clima de paz”.
Dilma disse ainda que é fundamental que os conflitos seja resolvidos pelo método da negociação. “Porque não é só a guerra em si que causa danos. Causa danos também o pós-guerra, o efeito da destruição sobre as populações e as nações”.
O Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia e uma emissora de televisão do país confirmaram que Khadafi foi capturado esta manhã. Mais cedo, depois da notícia dada pelo CNT, o cônsul-geral da Líbia no Brasil, Mohammed Ninfat, disse à Agência Brasil que obteve informações confirmando a morte do líder.
 Agência Brasil

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