É preciso garantir boas doses de ferro no cardápio da meninada
A criançada precisa estar com as doses de ferro em dia. Isso porque o mineral é um grande aliado para afastar a anemia.
Uma pesquisa da Universidade de Zurique, na Suíça, publicada no periódico científico BMC Public Health, mostra que fortificar cereais com o nutriente é uma medida eficaz para prevenir a doença, que é sinônimo de desânimo. Para chegar a tal conclusão, os estudiosos analisaram mais de mil trabalhos. “Trata-se de mais um estudo que comprova a importância de enriquecer alimentos”, frisa a nutricionista Vanderlí Marchiori, consultora do site www.trigoesaude.com.br.
Aqui, no Brasil, por determinação do governo, desde 2002 a farinha de trigo é fortificada com a substância.
Esse tipo de intervenção é bastante comum em todo o planeta. Até mesmo nos Estados Unidos a medida já é parte da rotina há muito tempo. E o uso da farinha como veículo para o combate da anemia é eficiente porque se trata de um produto que alcança as mais diversas populações e está no dia a dia das famílias. “Como os pães e outros derivados da farinha são consumidos em qualquer canto do país, dá para garantir ao menos o mínimo da recomendação do mineral”, comenta Vanderlí.
Para acrescentar o nutriente, sem alterar a consistência, a cor e o sabor dos produtos, a indústria realiza diversos testes até que se chegue a um bom resultado. É importante que o ingrediente seja mascarado, principalmente em alimentos destinados à meninada.
Em todos os programas de fortificação, o ferro é sempre o primeiro a ser incorporado. Isso acontece porque infelizmente sua carência é bastante comum. O mineral participa de atividades que vão desde o transporte de oxigênio pelo organismo até o desenvolvimento de células do sistema imune. Quem está com níveis inadequados acaba mais suscetível a infecções e dificuldades cognitivas. “A anemia está por trás de sintomas como cansaço extremo, sono e falta de atenção”, enumera a expert.
Além de incluir a farinha, o pão, as massas e os biscoitos no cardápio cotidiano, vale investir na carne vermelha, que é a principal fonte do nutriente. O feijão e as verduras de cor verde-escura, caso do espinafre e do agrião, são outros excelentes fornecedores da substância. longe da anemia infantil
A doença é causada por carência de ferro. Se não for tratada pode virar leucemia. Um bife de fígado ou suco de beterraba por semana é suficiente para proteger a criança... Será mesmo?
POR VLADIMIR MALUF
De
repente a criança perde o apetite, não tem mais ânimo nem para brincar,
vive pálida e já não é mais a mesma aluna nota 10 na escola.
A anemia é mesmo bastante comum na infância, não poupa nem recém-nascidos. Mas esse distúrbio ainda está cercado por lendas que acabam atrapalhando a prevenção, o diagnóstico e o tratamento correto. Para esclarecer de vez as principais dúvidas sobre esse mal silencioso, Viva Saúde entrevistou o médico Gustavo Vilela, hematologista do Hospital Israe lita Albert Einstein (SP) e especialista em transplante de medula óssea pela Universidade de Paris. Veja abaixo tudo o que é necessário saber para identificar uma criança anêmica e protegê-la.
O que é
Ela não é uma doença, mas um distúrbio caracterizado pela diminuição no sangue dos glóbulos vermelhos ou de uma substância presente dentro deles, a hemoglobina. Os glóbulos vermelhos são células que circulam nos vasos sangüíneos. “São células cheias de hemoglobina, uma molécula avermelhada que, além de dar cor ao sangue, tem a função vital de transportar o oxigênio dos pulmões para os órgãos e tecidos”, esclarece o especialista. Quando a anemia ocorre é porque a produção de glóbulos vermelhos é insuficiente ou então porque a destruição deles é maior que a produção. “Qualquer forma de anemia sempre acaba nesta regra”, simplifica o médico.
Uma pesquisa da Universidade de Zurique, na Suíça, publicada no periódico científico BMC Public Health, mostra que fortificar cereais com o nutriente é uma medida eficaz para prevenir a doença, que é sinônimo de desânimo. Para chegar a tal conclusão, os estudiosos analisaram mais de mil trabalhos. “Trata-se de mais um estudo que comprova a importância de enriquecer alimentos”, frisa a nutricionista Vanderlí Marchiori, consultora do site www.trigoesaude.com.br.
Aqui, no Brasil, por determinação do governo, desde 2002 a farinha de trigo é fortificada com a substância.
Esse tipo de intervenção é bastante comum em todo o planeta. Até mesmo nos Estados Unidos a medida já é parte da rotina há muito tempo. E o uso da farinha como veículo para o combate da anemia é eficiente porque se trata de um produto que alcança as mais diversas populações e está no dia a dia das famílias. “Como os pães e outros derivados da farinha são consumidos em qualquer canto do país, dá para garantir ao menos o mínimo da recomendação do mineral”, comenta Vanderlí.
Para acrescentar o nutriente, sem alterar a consistência, a cor e o sabor dos produtos, a indústria realiza diversos testes até que se chegue a um bom resultado. É importante que o ingrediente seja mascarado, principalmente em alimentos destinados à meninada.
Em todos os programas de fortificação, o ferro é sempre o primeiro a ser incorporado. Isso acontece porque infelizmente sua carência é bastante comum. O mineral participa de atividades que vão desde o transporte de oxigênio pelo organismo até o desenvolvimento de células do sistema imune. Quem está com níveis inadequados acaba mais suscetível a infecções e dificuldades cognitivas. “A anemia está por trás de sintomas como cansaço extremo, sono e falta de atenção”, enumera a expert.
Além de incluir a farinha, o pão, as massas e os biscoitos no cardápio cotidiano, vale investir na carne vermelha, que é a principal fonte do nutriente. O feijão e as verduras de cor verde-escura, caso do espinafre e do agrião, são outros excelentes fornecedores da substância. longe da anemia infantil
A doença é causada por carência de ferro. Se não for tratada pode virar leucemia. Um bife de fígado ou suco de beterraba por semana é suficiente para proteger a criança... Será mesmo?
POR VLADIMIR MALUF
A anemia é mesmo bastante comum na infância, não poupa nem recém-nascidos. Mas esse distúrbio ainda está cercado por lendas que acabam atrapalhando a prevenção, o diagnóstico e o tratamento correto. Para esclarecer de vez as principais dúvidas sobre esse mal silencioso, Viva Saúde entrevistou o médico Gustavo Vilela, hematologista do Hospital Israe lita Albert Einstein (SP) e especialista em transplante de medula óssea pela Universidade de Paris. Veja abaixo tudo o que é necessário saber para identificar uma criança anêmica e protegê-la.
O que é
Ela não é uma doença, mas um distúrbio caracterizado pela diminuição no sangue dos glóbulos vermelhos ou de uma substância presente dentro deles, a hemoglobina. Os glóbulos vermelhos são células que circulam nos vasos sangüíneos. “São células cheias de hemoglobina, uma molécula avermelhada que, além de dar cor ao sangue, tem a função vital de transportar o oxigênio dos pulmões para os órgãos e tecidos”, esclarece o especialista. Quando a anemia ocorre é porque a produção de glóbulos vermelhos é insuficiente ou então porque a destruição deles é maior que a produção. “Qualquer forma de anemia sempre acaba nesta regra”, simplifica o médico.
sintomas típicos • Palidez • Dor de cabeça • Tontura • Desânimo • Cansaço fácil • Palpitações no peito • Falta de ar • Perda de apetite • Excesso de sono • Tristeza • Falta de concentração |
A DEFICIÊNCIA DE
FERRO É A FORMA MAIS COMUM DE ANEMIA NO PLANETA, SENDO CONSIDERADA UM
PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA, ACOMETENDO DE 30% A 70% DAS PESSOAS NOS
PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO
É hora de tirar suas dúvidas
A doença é causada pela falta de ferro?
EM TERMOS. Nem
sempre ela é causada pela falta desse nutriente ou de outros. “Muitas
vezes ouço no consultório: ‘doutor, todos os dias alimento meu filho com
vitaminas, frutas, legumes, mingau reforçado... e nada resolve a
anemia’”, relata o hematologista Gustavo Vilela, do Albert Einstein. Ele
explica que é comum não existir qualquer deficiência nutricional
associada ao problema, e, neste caso, uma dieta balanceada não vai levar
à cura. “Inúmeros males não ligados à alimentação podem desencadear uma
anemia, como infecções, intoxicações, leucemias, distúrbios glandulares
e renais, doenças imunológicas... Há ainda as anemias congênitas
(relacionadas a defeitos genéticos) e as provocadas por alguns
medicamentos.
Quando se trata das anemias por má alimentação,
elas são decorrentes da falta de ácido fólico, vitamina B12 e ferro. A
combinação do ácido fólico (vitamina do complexo B encontrada em
abundância nas folhas verdes) com a vitamina B12 (que só existe em
alimentos de origem animal) é fundamental para a proliferação dos
glóbulos do sangue. Já o ferro (do feijão, beterraba, espinafre, carnes
vermelhas, do fígado...) é indispensável à produção da hemoglobina. Uma
pessoa pode ser deficiente em apenas um desses nutrientes ou pode ter
uma carência combinada de dois ou mais deles. “Em um país como o nosso,
em que uma enorme parcela da população não tem acesso a uma alimentação
saudável, é mais comum vermos anemias por má nutrição”, diagnostica.
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