Manifestantes tentam invadir Itamaraty e promovem quebra-quebra
Protestos tomaram conta de ao menos 100 cidades brasileiras nesta quinta-feira
O protesto foi apenas um dos que ocorreram em ao menos cem cidades brasileiras nesta quinta-feira. Os grupos pedem mudanças sociais, como mais saúde e educação, e criticam os gastos com a Copa do Mundo.
Em Brasília, os manifestantes quebraram vidraças e colocaram fogo no interior do Itamaraty. As chamas foram apagadas pelos seguranças.
Um grupo de policiais munidos de cassetetes e sprays de pimenta dispersou os manifestantes, que permaneceram concentrados em frente ao local.
Polícia usa bombas de gás para dispersar protesto no Congresso Nacional
Um grupo de manifestantes tentou furar o bloqueio da polícia em frente ao Congresso Nacional e os policiais jogaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar as pessoas. Houve corre-corre no momento do tumulto. Muitas pessoas tentando fugir da fumaça do gás e com dificuldade de enxergar.
Mais de 20 mil pessoas participam do protesto, segundo estimativa da Polícia Militar.
O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniu com três estudantes da Universidade de Brasília (UnB) para tentar mediar um encontro com lideranças do movimento. Porém, não houve nenhuma definição.
Situação em frente à prefeitura do Rio se acalma
A situação começou a se acalmar em frente à prefeitura do Rio por volta das 20h A polícia ocupava a Avenida Presidente Vargas com Tropa de Choque, Regimento de Cavalaria, motos e muitas viaturas. Os manifestantes foram acuados e retornaram em direção à Igreja da Candelária, de onde saiu a passeata.
A estação de metrô Cidade Nova, que foi fechada assim que a passeata chegou à região, permanecia inacessível. Os tapumes colocados para proteger os elevadores da estação foram arrancados, mas os equipamentos não foram danificados. O vidro de um ponto de ônibus foi quebrado. O prédio da prefeitura não foi danificado.
Segunda estimativa da PM, ao menos 300 mil pessoas participaram dos protestos na capital carioca.
SP: manifestantes impedem participação de militantes com bandeiras de partidos
Parte dos manifestantes da passeata que ocorreu em São Paulo hostilizou e impediu que pessoas ligadas a partidos políticos se misturassem à manifestação carregando bandeiras das legendas. Os militantes só conseguiram prosseguir na passeata após recolher o material partidário.
Na Avenida Paulista, a manifestação foi dividida em dois blocos. Em um deles, as pessoas hostilizavam e protestavam contra os partidos políticos, a corrupção e os gastos para as obras da Copa do Mundo. Eles também pediam mais recursos para a educação e saúde.
Os atos na capital paulista reuniram ao menos 110 mil pessoas, segundo o instituto Datafolha.
Um segundo grupo era encabeçado pelo Movimento Passe Livre (MPL), que pede tarifa zero para o transporte público. A entidade comemorava a revogação do aumento nas tarifas do transporte público na capital paulista e lembrava das pessoas que estão presas ou sob processo criminal devido às manifestações.
Manifestações populares voltam a agitar o País
Em Salvador, polícia reprimiu atos com violência
Terra e AEAlguns manifestantes iniciaram uma briga, que foi separada pelos próprios companheiros. Ambos os lados se envolveram em uma discussão. “Isso não é democracia, democracia é os dois lados”, diziam os militantes de partidos, enquanto os apartidários respondiam: “Abaixa a bandeira”. A polícia não chegou a intervir na confusão, que durou cerca de 10 minutos. Em seguida, as marchas continuaram, separadas.
O professor da rede pública João Victor Pavesi de Oliveira, 27 anos, integrante do diretório municipal do Psol, participou de todas as manifestações em São Paulo e admitiu que o movimento contra os partidos está “assustando”. “Ganhou uma proporção que ninguém esperava, setores de direita aderiram às manifestações e começaram um novo movimento”, disse.
“Existe o receio, sim (das pessoas que estão com camisetas de partidos serem agredidas). Nós temos o medo de se criar uma nova “Maria Antonia”, afirmou, referindo-se ao confronto de estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Mackenzie em 1968 na rua Maria Antônia.
João Victor veio todos os dias aos protestos com a camiseta do Psol, mas, depois da hostilidade com que militantes de partidos de esquerda foram recebidos na segunda-feira, o movimento se reuniu para tomar medidas para se proteger. Nesta quinta-feira, todos estão andando em grupos, com o objetivo de defender um ao outro.
Segundo o professor, as manifestações estão plurais, mas ainda segmentadas: de um lado os movimentos de esquerda e, do outro, os de direita. “Compreendemos o sentimento de desgoto das pessoas em relação aos partidos, porque houve uma repressão às pessoas, mas vamos continuar nas manifestações porque desde o começo levantamos a bandeira do transporte para todos”, afirmou.
Presidência convoca Choque em Brasília
Na capital federal, a Presidência da República convocou a Tropa de Choque da Polícia Militar para proteger o Palácio do Planalto.
No início da noite, milhares de pessoas se reuniam na Praça dos Três Poderes, em Brasília, para mais uma manifestação.
Na última segunda-feira, os manifestantes conseguiram subir a rampa do Congresso Nacional e chegaram ao teto da edificação.
Manifestantes do Rio vaiam militantes de partidos
Militantes de partidos políticos que levavam bandeiras à concentração para a passeata no centro do Rio foram recebidos com vaias e palavras de ordem. "O povo unido não precisa de partido", gritaram os manifestantes apartidários para um grupo que levava bandeiras do PSTU, do PCB e do PC do B e descia a rua Uruguaiana em direção à avenida Presidente Vargas, onde acontece o protesto.
"Sem partido", repetiam os manifestantes contrários à partidarização. "Sem fascismo", respondiam os militantes partidários.
Manifestantes e Polícia se enfrentam em Salvador
A Polícia e um pequeno grupo de manifestantes se enfrentaram nesta quinta-feira nas imediações do estádio onde seria disputada a partida entre Uruguai e Nigéria pela Copa das Confederações.
Os agentes, desdobrados para proteger o acesso ao estádio, responderam com bombas de gás lacrimogêneo a uma chuva de pedras e objetos de um pequeno grupo violento.
"Sem violência, sem violência", gritavam os manifestantes para a Polícia, ao mesmo tempo em que assobiavam. Milhares de pessoas começaram a se reunir desde as 14h.
Passeata reúne 15 mil manifestantes em Campinas
Uma passeata reuniu na tarde desta quinta-feira 15 mil manifestantes em Campinas (SP), de acordo com a Polícia Militar (PM). Os manifestantes iniciaram a caminhada na Avenida Francisco Glicério, passaram pela Avenida Doutor Moraes Salles, no centro, e se dividiram em três grupos. A intenção do público era seguir para a Prefeitura.
O tom geral do ato é pacífico, mas um grupo saqueou um posto quando passava pelo estabelecimento. O incidente foi contido pelos manifestantes, que pregam a não violência, mas alguns saqueadores fugiram levando bebidas alcoólicas.
Manifestantes e policiais militares entraram em confronto na noite
desta quinta-feira em frente à prefeitura do Rio de Janeiro durante
protesto que reúne mais de 300 mil pessoas. A Tropa de Choque da Polícia
Militar utilizou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão
que se postava em frente ao prédio do Executivo.
A cavalaria da polícia avançou para cima dos manifestantes, provocando correria nas ruas do entorno da prefeitura. Enquanto isso, um grupo enfrentava com pedras os PMs na frente do edifício. "Ei, policial, só não se esqueça que o Cabral te paga mal...", gritavam. Dentro da prefeitura, a Tropa de Choque da Guarda Municipal formava outra barreira.
Manifestantes fizeram várias fogueiras na avenida Presidente Vargas. Enquanto PMs atiravam bombas de gás, o grupo se protegia utilizando pedaços de madeira como escudo.
Após a dispersão, boa parte dos manifestantes começou a marchar em direção ao Maracanã, que fica a cerca de 1,5 quilômetro da prefeitura. No início do protesto, a PM estimou em 300 mil o número de pessoas nas ruas. Segundo os manifestantes, o número deve chegar a 1 milhão.
Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas em todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.
A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.
A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.
A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.
Militantes de partidos políticos que levavam bandeiras à concentração para a passeata no centro do Rio foram recebidos com vaias e palavras de ordem. "O povo unido não precisa de partido", gritaram os manifestantes apartidários para um grupo que levava bandeiras do PSTU, do PCB e do PC do B e descia a rua Uruguaiana em direção à avenida Presidente Vargas, onde acontece o protesto.
"Sem partido", repetiam os manifestantes contrários à partidarização. "Sem fascismo", respondiam os militantes partidários.
Manifestantes e Polícia se enfrentam em Salvador
A Polícia e um pequeno grupo de manifestantes se enfrentaram nesta quinta-feira nas imediações do estádio onde seria disputada a partida entre Uruguai e Nigéria pela Copa das Confederações.
Os agentes, desdobrados para proteger o acesso ao estádio, responderam com bombas de gás lacrimogêneo a uma chuva de pedras e objetos de um pequeno grupo violento.
"Sem violência, sem violência", gritavam os manifestantes para a Polícia, ao mesmo tempo em que assobiavam. Milhares de pessoas começaram a se reunir desde as 14h.
Passeata reúne 15 mil manifestantes em Campinas
Uma passeata reuniu na tarde desta quinta-feira 15 mil manifestantes em Campinas (SP), de acordo com a Polícia Militar (PM). Os manifestantes iniciaram a caminhada na Avenida Francisco Glicério, passaram pela Avenida Doutor Moraes Salles, no centro, e se dividiram em três grupos. A intenção do público era seguir para a Prefeitura.
O tom geral do ato é pacífico, mas um grupo saqueou um posto quando passava pelo estabelecimento. O incidente foi contido pelos manifestantes, que pregam a não violência, mas alguns saqueadores fugiram levando bebidas alcoólicas.
Com mais de 300 mil nas ruas, manifestantes e PMs se enfrentam no RJ
Protesto por mudanças sociais tinha como destino a Prefeitura
TerraA cavalaria da polícia avançou para cima dos manifestantes, provocando correria nas ruas do entorno da prefeitura. Enquanto isso, um grupo enfrentava com pedras os PMs na frente do edifício. "Ei, policial, só não se esqueça que o Cabral te paga mal...", gritavam. Dentro da prefeitura, a Tropa de Choque da Guarda Municipal formava outra barreira.
Manifestantes fizeram várias fogueiras na avenida Presidente Vargas. Enquanto PMs atiravam bombas de gás, o grupo se protegia utilizando pedaços de madeira como escudo.
Após a dispersão, boa parte dos manifestantes começou a marchar em direção ao Maracanã, que fica a cerca de 1,5 quilômetro da prefeitura. No início do protesto, a PM estimou em 300 mil o número de pessoas nas ruas. Segundo os manifestantes, o número deve chegar a 1 milhão.
Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas em todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.
A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.
A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.
A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.
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