Distúrbios neurológicos, labirintite e epilepsia podem fazer com que o telespectador deixe a sala de cinema direto para um consultório médico
Sucesso de bilheterias, os filmes em 3D caíram de vez no gosto do público brasileiro. Mas não é todo mundo que consegue ter a sensação de ver de pertinho um dinossauro ou acreditar que hamburgueres cairão do céu e estarão bem ao alcance das mãos. Essa dificuldade, na maioria das vezes, é causada por problemas de visão. Além disso, distúrbios neurológicos, labirintite e epilepsia podem fazer com que o telespectador deixe a sala de cinema direto para um consultório médico.
Não à toa, o deputado federal Décio Lima (PT) criou um projeto de lei para obrigar as salas de cinema a orientarem o público sobre os riscos da tecnologia 3D. O objetivo, segundo ele, não é fazer com que as pessoas deixem de ir ao cinema, mas divulgar que o 3D pode, sim, fazer mal à saúde. "Algumas pessoas criticaram o projeto, mas já há manifestações de médicos ligados à saúde pública que também acreditam que os efeitos do 3D precisam ser estudados. Enquanto não tivemos certeza sobre os malefícios desse tipo de tecnologia, é preciso que haja ao menos uma advertência na sala, principalmente para pessoas que sofrem de problemas neurológicos e podem sofrer uma convulsão por epilepsia, por exemplo", afirma Décio.
Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier (SP), Leôncio Queiroz Neto, a fadiga visual causada pela exposição ao 3D é dez vezes maior do que a gerada por ficar em frente ao computador. Mas ele pondera: "Não é todo mundo que vai sofrer sintomas. O que pode acontecer é um desconforto causado pelo esforço de focar as imagens do fundo com as que saltam da tela", afirma, explicando que a visualização 3D é formada por duas imagens captadas separadamente por cada olho, por meio das lentes dos óculos especiais. O cérebro tem o papel de uni-las, dando a noção de profundidade, largura e altura - como se fossem reais.
Infecções nos olhos
O problema que pode afetar mais espectadores, de acordo com Leôncio, não está nas telas ou no esforço feito por cérebro e olhos, mas na falta de higienização dos óculos distribuídos nas salas. "Quando 'Avatar' foi lançado, houve aumento de pacientes nos consultórios por conjutivite. Isso ocorreu porque os óculos não estavam sendo higienizados. E a conjutivite tem uma particularidade: a pessoa contaminada pode transmitir sem ter os sintomas. A sala de cinema fechada e cheia de espectadores facilita a transmissão".
Segundo ele, o melhor é prevenir: antes de colocar os óculos, passe álcool gel que tenha ao menos 70% de concentração. E exija que eles estejam embalados.
Não à toa, o deputado federal Décio Lima (PT) criou um projeto de lei para obrigar as salas de cinema a orientarem o público sobre os riscos da tecnologia 3D. O objetivo, segundo ele, não é fazer com que as pessoas deixem de ir ao cinema, mas divulgar que o 3D pode, sim, fazer mal à saúde. "Algumas pessoas criticaram o projeto, mas já há manifestações de médicos ligados à saúde pública que também acreditam que os efeitos do 3D precisam ser estudados. Enquanto não tivemos certeza sobre os malefícios desse tipo de tecnologia, é preciso que haja ao menos uma advertência na sala, principalmente para pessoas que sofrem de problemas neurológicos e podem sofrer uma convulsão por epilepsia, por exemplo", afirma Décio.
Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier (SP), Leôncio Queiroz Neto, a fadiga visual causada pela exposição ao 3D é dez vezes maior do que a gerada por ficar em frente ao computador. Mas ele pondera: "Não é todo mundo que vai sofrer sintomas. O que pode acontecer é um desconforto causado pelo esforço de focar as imagens do fundo com as que saltam da tela", afirma, explicando que a visualização 3D é formada por duas imagens captadas separadamente por cada olho, por meio das lentes dos óculos especiais. O cérebro tem o papel de uni-las, dando a noção de profundidade, largura e altura - como se fossem reais.
Infecções nos olhos
O problema que pode afetar mais espectadores, de acordo com Leôncio, não está nas telas ou no esforço feito por cérebro e olhos, mas na falta de higienização dos óculos distribuídos nas salas. "Quando 'Avatar' foi lançado, houve aumento de pacientes nos consultórios por conjutivite. Isso ocorreu porque os óculos não estavam sendo higienizados. E a conjutivite tem uma particularidade: a pessoa contaminada pode transmitir sem ter os sintomas. A sala de cinema fechada e cheia de espectadores facilita a transmissão".
Segundo ele, o melhor é prevenir: antes de colocar os óculos, passe álcool gel que tenha ao menos 70% de concentração. E exija que eles estejam embalados.
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