Cientistas descobrem proteína que ajuda célula cancerosa a migrar para outras partes do corpo
Descoberta de pesquisadores ingleses pode ajudar no desenvolvimento de drogas mais potentes contra a metástase
Compreensão de como células cancerosas se movem pelo corpo pode ajudar no desenvolvimento de medicamentos mais potentes contra o câncer e, especialmente, a metástase (Thinkstock)
Uma descoberta do Cancer Research, na Inglaterra, do instituto INSERM (Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale) e da Universidade de Nice, na França, pode reforçar a luta contra o câncer. Pesquisadores descobriram qual proteína ajuda na migração de células cancerosas pelo corpo - o que facilita a formação de tumores secundários, processo conhecido como metástase, responsável por aproximadamente 90% das mortes relacionadas à doença.De acordo com os pesquisadores, a proteína batizada de JAK faz com que células do câncer se contraiam como um músculo, propiciando que elas se espalhem pelo corpo. Esse movimento ocorre de duas formas diferentes: forçando a passagem pelos tecidos em um processo muito similar à contração muscular ou quando células 'saudáveis', associadas a células cancerosas, criam túneis pelos quais fragmentos do tumor podem se movimentar.
A descoberta, descrita em um artigo publicado no periódico científico especializado Cancer Cell, pode contribuir para a criação de novos medicamentos que tenham essa proteína como alvo.
Como anteriormente a proteína JAK foi associada à leucemia, drogas capazes de eliminá-la estão em desenvolvimento. "Nosso novo estudo sugere que essas drogs também podem interromper a propagação do câncer", diz Chris Marshall, autor do trabalho.
Outras proteínas envolvidas na migração de células cancerosas pelo corpo são temas de pesquisas. Em julho de 2010, pesquisadores da universidade College London, também na Grã-Bretanha, descobriram como células do câncer se agrupam com a ajuda da proteína caderina N para formar 'barcos' que remam a outras direções do corpo.
Da mesma maneira, um artigo publicado em setembro de 2010 na Cell Biology mostrou que a LIM quinase pode ajudar na metástase influenciando a actina, proteína que gera movimentos celulares e musculares. Em fevereiro de 2011, cientistas do Institute of Cancer Research anunciaram a descoberta de outra peça-chave no desencadeamento da metástase: a enzima lisil oxidade-like 2 (LOXL2) age inibindo duas proteínas – TIMO1 e MMP – capazes de evitar a propagação da doença pelo corpo.
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