Autoestima é tudo!
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que as doenças ligadas à obesidade afetam cerca de 300 milhões de pessoas. Segundo um estudo realizado por Pedro Teixeira, da Universidade Técnica de Lisboa, em Portugal, pessoas que comem porque sentem algum problema emocional enfrentam mais dificuldade para perder peso. Porém, quando melhoram a imagem pessoal e, consequentemente, têm autoestima, apresentam resultados positivos no controle de peso.
Ainda segundo Teixeira, as intervenções no sentido de melhorar a imagem que obesos fazem sobre si são mais eficazes na perda e controle de peso do que programas que foquem apenas em dietas e exercícios.
A pesquisa visou analisar mulheres com sobrepeso e obesidade em um programa de perda de peso com duração de um ano. Os grupos foram separados em dois e metade recebeu orientações de boa nutrição, gerenciamento de estresse e a importância de cuidar de si mesmo. Já a outra parcela frequentou 30 sessões semanais de uma intervenção em grupo, onde foram abordadas questões como exercícios, o comer emocional, reconhecer e melhorar a imagem corporal, como superar barreiras pessoais à perda de peso e lapsos da dieta.
O segundo grupo apresentou uma melhora considerável na imagem, além de estarem capacitadas e orientadas sobre a alimentação. Em média, houve redução de 7% de peso do grupo que frequentou sessões de intervenções, em comparação com 2% do grupo controle.
Um dos segredos de emagrecer é aprender a cuidar e gostar de si mesmo. Vamos começar?
FIQUE DE OLHO NO SEU PESO
Nutricionista fala sobre nova pesquisa do Ministério da Saúde que revelou que o índice de obesos aumentou consideravelmente em nosso país nos últimos quatro anos.
Mas, é bom começar a se preocupar com isso. Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde revelou que o índice de obesidade entre os adultos cresceu nos últimos quatro anos. Atualmente, 13% da população adulta é obesa, sendo a maioria mulheres. Em 2006, esta porcentagem era de 11,4%.
O Estudo ainda comprova que gorduras, frituras e refrigerantes presentes diariamente nas refeições, somados ao sedentarismo, contribuíram significativamente para o aumento de obesos no Brasil. Conforme explica a nutricionista Líliam Assis, as mulheres são mais vulneráveis a obesidade devido à composição corporal e também a ansiedade.
“A mulher, por natureza, tem uma composição hormonal e uma disposição para o acúmulo de gordura que facilita o excesso de peso. A função de procriar é outro fator que deve ser levado em conta. Além, é claro, da ansiedade, já que as mulheres se preocupam tanto com tudo”, acrescentou ela.
A obesidade traz muitos riscos à saúde. A nutricionista enumera problemas como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, disposição para o câncer de mama, além de sérias consequências ortopédicas e psicológicas. “A doença gera sérios transtornos na coluna, já que o corpo não é projetado para suportar 120 ou 140 quilos. E o problema psicológico fica cada vez mais grave com os constrangimentos do dia- a - dia”, ressaltou a especialista.
A educação alimentar pode ser iniciada aos poucos. O primeiro passo é reduzir o consumo de alimentos industrializados e substituí-los por opções naturais. “Comer frutas nos intervalos das refeições, evitar a ingestão de industrializados e sempre introduzir um legume e uma verdura no prato são atitudes que fazem a diferença, mesmo que seja realizada somente em alguns dias da semana. É importante informar que estudos já comprovaram que somente após a ingestão de um alimento por 20 vezes o paladar se manifesta. Portanto, nunca deixe de experimentar alimentos saudáveis”, orientou Lílian.
Vale ressaltar também que não é aconselhável a transição de uma vida totalmente sedentária para uma rotina pesada de exercícios físicos. O grande segredo para quem quer ter uma vida saudável é gastar calorias diariamente. Ela esclarece: “A pessoa pode começar com uma caminhada de 15 minutos duas vezes por semana. Aos poucos, vai aumentando a frequência e o tempo. O que não pode é ficar totalmente parado”.
Outro problema muito comum é a automedicação. “Tomar remédio sem a orientação médica, em qualquer circunstância, é uma escolha perigosa. Os remédios utilizados para o emagrecimento mexem com o sistema nervoso e podem afetar o metabolismo. A opção por um programa de emagrecimento com a ajuda de remédios deve ser acompanhada por um endocrinologista. Nutricionistas não orientam medicação”,
Nenhum comentário:
Postar um comentário