Falhas nos diagnósticos de alergia são comuns
Não há consenso na definição de alergia alimentar, muitos diagnósticos são falhos e os resultados dos testes têm interpretações diferentes, diz artigo do "Journal of the American Medical Association".
Pesquisa americana mostra que alergia a alimento é mais rara do que parece
Segundo o alergista e imunologista da Universidade da Califórnia Marc Riedl, um dos autores do estudo publicado, 8% das crianças e menos de 5% dos adultos têm alergia alimentar, apesar de 30% da população acreditar que tem o problema.
Os autores do trabalho, encomendado pelo governo americano, avaliaram todos os artigos médicos que encontraram sobre o assunto, publicados entre janeiro de 1988 e setembro do ano passado.
Os pesquisadores concluíram que há muito material sobre o assunto, mas são poucos os estudos de alta qualidade, feitos com uma boa base de dados e testes rigorosos.
Segundo o artigo, os testes usados atualmente para identificar alergias alimentares não são totalmente confiáveis, o que pode levar, muitas vezes, a diagnósticos enganosos.
O vice-presidente da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), Fabio Morato Castro, não concorda com o estudo. "Os testes feitos com técnicas adequadas são fundamentais e ajudam no diagnóstico", afirma o especialista.
O levantamento faz parte de um projeto organizado pelo National Institute of Allergy and Infectious Diseases, que pretende estabelecer novos critérios para o correto diagnóstico de alergias alimentares.
A primeira versão do trabalho, preparado por um comitê de especialistas, deve sair até o fim do mês que vem.
Ingestão de álcool piora alergias principalmente em mulheres
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New York Times
Nariz entupido e espirros durante toda a estação da alergia? Talvez seja melhor deixar o álcool de lado. Estudos descobriram que o álcool pode causar ou piorar os sintomas comuns da asma e da febre do feno [comum no hemisfério norte], como espirros, coceiras, dor de cabeça e tosse.
Mas o problema nem sempre é o próprio álcool. Cerveja, vinho e licor contêm histamina, produzida pela levedura e bactérias durante o processo de fermentação. A histamina, é claro, é o químico que deflagra sintomas de alergia. Cerveja e vinho também contêm sulfitos, outro grupo de compostos conhecido por provocar asma e outros sintomas parecidos com alergia.
Num estudo realizado na Suécia, em 2005, cientistas observaram milhares de pessoas e descobriram que, em comparação com a população em geral, os participantes com diagnóstico de asma, bronquite e febre do feno tiveram muito mais tendência a apresentar espirros, nariz escorrendo e "sintomas nas vias respiratórias" depois de tomar um drinque.
Vinho branco e vinho tinto foram os elementos que mais deflagraram esses sintomas e as mulheres, por razões desconhecidas, tiveram duas vezes mais probabilidade de serem afetadas.
Outro estudo com milhares de mulheres, publicado no jornal "Clinical and Experimental Allergy" em 2008, descobriu que tomar mais de duas taças de vinho por dia praticamente dobra o risco de sintomas de alergia, mesmo entre mulheres livres de alergias sazonais e perenes no início do estudo.
Também é bom evitar outros alimentos que contenham ou liberem histamina, como queijos envelhecidos, produtos em conserva ou fermentados e alimentos que contenham levedura, como pão, cidra e uvas.
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