Aparato libera medicação que combate o vírus.
Pesquisadores querem saber se mulheres se adaptam ao objeto.
Um estudo destinado a testar um anel vaginal que libera antirretrovirais será lançado na África, informou nesta terça-feira a organização promotora da iniciativa, International Partnership for Microbicides (IPM).
O anel vaginal é um método anticoncepcional que normalmente consiste em inserir um anel flexível no fundo da vagina, onde o dispositivo libera hormônios. O anel, criado pela organização sem fins lucrativos IPM, libera antirretrovirais.
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No Lesoto, país dentro da África do Sul, Aids atinge 25% da população Epidemia de Aids revela a face mais cruel do país da Copa 'A epidemia não está controlada', diz sul-africana portadora do vírus HIV O IPM lançou seu estudo em centros de pesquisas do sul e do leste da África, regiões em que a Aids castiga mais fortemente.
Para o teste, 280 mulheres saudáveis, sexualmente ativas e soronegativas usaram um anel contendo 25 mg de dapivirine e um placebo, que terão que substituir mensalmente durante três meses. O dapivirine já é utilizado para evitar a transmissão da Aids de mãe para filho.
Aceitação
As participantes do estudo receberão ainda preservativos e aconselhamentos para evitar a doença. A pesquisa medirá sua capacidade de aceitar e usar o dispostivo.
"Devem estar certos de que o produto pode ser aceito antes de provar sua eficácia porque se as pessoas não gostarem do produto, que interesse tem?", disse à AFP uma porta-voz da IPM, Pamela Norick, durante a conferência "Women Deliver 2010", sobre saúde materna, celebrada em Washington.
Se os testes de segurança e aceitabilidade forem conclusivos, os anéis passarão por uma fase de testes destinada a medir sua eficácia, podendo ser comercializados em 2015, segundo o IPM.
"Os anéis vaginais oferecem perspectivas extraordinárias porque oferecem discrição, eficácia e proteção contínua contra a Aids", destacou a organização em um comunicado.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a Aids é a principal causa de morte entre mulheres em idade reprodutiva, entre 15 e 44 anos.
France Presse
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