Medicamento altamente caro e eficaz, que reduz em até 34% o
risco de morte, passa a ser distribuído às mulheres pelo Sistema Único
de Saúde
POR Gabriela Germano
Rio -
Trastuzumabe. O nome é estranho, mas não deve causar medo. Pelo
contrário, traz esperança. O mais eficiente medicamento usado para
tratamento de câncer de mama e colo do útero passou a ser distribuído
pelo SUS (Sistema Único de Saúde) recentemente e, neste sexto dia de reportagens especiais, explicamos como ele funciona.
“Cerca de 20% a 25% das mulheres
diagnosticadas com câncer de mama têm o tumor HER 2, que é de um tipo
mais agressivo. Ele expressa uma proteína que multiplica de maneira mais
acelerada a proliferação das células cancerígenas. O Trastuzumabe age
diretamente no foco desse mecanismo, agindo como um bloqueador.
Justamente por isso, é chamado de droga alvo”, explica a oncologista
Monica Schaum, diretora médica do grupo COI.
No último mês de julho, o Ministério da Saúde anunciou um grande
investimento de R$ 130 milhões para que a droga seja disponibilizada a
pacientes atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O medicamento é
um dos mais procurados nos tratamentos contra a doença. Em 2011, foram
gastos R$4,9 milhões para atender 61 pedidos. Só até agora, em 2012, já
foram gastos R$12,6 milhões.
“Seu uso é intravenoso e geralmente ele é aplicado nas pacientes de
três em três semanas”, complementa o oncologista José Bines, do INCA,
que já usa o remédio em seus atendimentos. “Em relação à
contraindicação, a preocupação é apenas com pessoas que apresentem
problemas cardíacos. Elas precisam ser monitoradas com frequência”,
afirma o médico.
Os números comprovam a eficácia do Trastuzumabe. “Ele reduz em 40% o
risco de reincidência da doença e, nas mulheres que apresentam um
estágio mais avançado de câncer, a diminuição do risco de morte é de
34%, diz Monica Schaum.
No sistema privado de saúde, o uso do remédio já é feito em tratamentos
de prevenção desde 2005. Nos casos em que as pacientes apresentam um
estágio avançado da doença, médicos já o utilizam desde 1999, aumentando
de maneira considerável a sobrevida das mulheres. Sua
distribuição nos hospitais públicos, no entanto, representa um grande
avanço na busca da cura, já que o remédio é importado e tem alto custo.
“A dosagem é feita com base no peso da pessoa. Em uma mulher com 70 kg,
uma aplicação custa, em média, R$ 10 mil. Geralmente, o tratamento é
feito pelo período de um ano”, completa a oncologista.
É importante frisar que a utilização do Trastuzumabe só funciona como
um complemento ao tratamento mais amplo, que inclui radioterapia,
quimioterapia e outras drogas. “E ele não vai atuar em outros tipos de
tumores que não sejam o HER 2”, insiste Monica. “Por isso, uma das
coisas mais importantes é que a mulher sempre monitore o resultado de
seus exames. As coisas podem mudar com o decorrer do tempo”, alerta ela.
VEJA A BULA DO MEDICAMENTO:
Herceptin
Herceptin com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Herceptin
têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma,
substituir as orientações de um profissional médico ou servir como
recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a
tratamento de pacientes com Herceptin devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.
Laboratório
Roche
Apresentação de Herceptin
ada
emb. contém um fr. multidose c/ 440mg de pó concentrado de trastuzumab
para sol. para infusão e reconstituído contém 21 mg/ml de trastuzumab.
Herceptin - Indicações
Herceptin
(Trastuzumab) é indicado para o tratamento de pacientes c/ câncer de
mama metastático que apresentam tumores c/ superexpressão do HER2:
1. como monoterapia para o tratamento daqueles pacientes que receberam
um ou mais tratamentos de quimioterapia para suas doenças metastáticas;
2. em combinação c/ paclitaxel para o tratamento daqueles pacientes que
não receberam quimioterapia para suas doenças metastáticas.
Contra-indicações de Herceptin
O
Herceptin
(Trastuzumab) é contra-indicado para pacientes c/ hipersensibilidade
conhecida ao trastuzumab ou a qualquer outro de seus componentes.
Advertências
A terapia com
Herceptin (trastuzumabe) deve ser iniciada somente sob a supervisão de um médico experiente no tratamento de pacientes com câncer.
Reações adversas graves à infusão do
Herceptin
(trastuzumabe) incluem dispnéia, hipotensão, sibilância, broncoespasmo,
taquicardia, redução na saturação de oxigênio e falência respiratória,
os quais foram relatados infreqüentemente. A infusão do
Herceptin
(trastuzumabe) deve ser descontinuada e o paciente monitorado até a
resolução de qualquer sintoma observado. Reações graves têm sido
tratadas com sucesso com terapia de suporte, tais como oxigenioterapia,
beta-agonista, e corticóides (vide Reações adversas). Em casos raros,
estas reações são associadas a um curso clínico que culmina com morte.
Pacientes que apresentam dispnéia de repouso devido à complicação por
doença maligna avançada ou comorbidade, podem ter um risco aumentado
para reação infusional fatal. Portanto, estes pacientes devem ser
tratados com extrema cautela e o risco vs benefício deve ser considerado
para cada paciente (videReações adversas).
Raramente foram relatados eventos adversos pulmonares graves com o uso
de
Herceptin (trastuzumabe) após sua comercialização.
Estes raros eventos ocasionalmente resultaram em óbito. Além disso,
foram relatados raros casos de infiltrado pulmonar, síndrome do
desconforto respiratório agudo, pneumonia, pneumonite, derrame pleural,
dificuldade respiratória, edema pulmonar agudo e insuficiência
respiratória. Estes eventos podem ocorrer como parte das reações
relacionadas com a infusão ou ser de início retardado. Os pacientes com
doença pulmonar intrínseca sintomática ou com comprometimento tumoral
extenso dos pulmões, resultando em dispnéia de repouso, podem apresentar
maior risco de reações graves (vide Reações adversas).
Insuficiência cardíaca (New York Heart Association [NYHA] classe II-IV)
foi observada em pacientes que receberam
Herceptin
(trastuzumabe) como terapia isolada ou em combinação com paclitaxel,
após regimes quimioterápicos contendo antraciclina (doxorrubicina ou
epirrubicina). A insuficiência cardíaca pode ser de moderada a grave e
foi associada com morte (vide Reações adversas).
Deve-se ter cautela em pacientes em tratamento com sintomas de
insuficiência cardíaca, com história de hipertensão ou doença da artéria
coronária documentada, e em câncer de mama inicial, naquelas pacientes
com uma fração de ejeção de ventrículo esquerdo (FEVE) de 55% ou menos.
Candidatos ao tratamento com
Herceptin (trastuzumabe),
especialmente aqueles com exposição anterior a antraciclina e
ciclofosfamida (AC), devem ser submetidos à avaliação cardíaca de base
incluindo história, exame físico, ECG, ecocardiograma e/ou imagens como o
MUGA. A avaliação cuidadosa do risco benefício deve ser realizada antes
da decisão de tratar com
Herceptin (trastuzumabe). A
função cardíaca, além disso, deve ser monitorizada durante o tratamento
(por exemplo, a cada 3 meses). A monitorização deve ajudar a identificar
pacientes que desenvolvem disfunção cardíaca.
Os pacientes que desenvolvem disfunção cardíaca assintomática devem ser
beneficiados com monitorizações mais freqüentes (por exemplo, a cada 6-8
semanas). Se os pacientes mantêm diminuição da função ventricular
esquerda, mas continuam assintomáticos, o médico deve considerar a
descontinuação da terapia caso não seja observado benefício clínico com
Herceptin (trastuzumabe).
(continua na bula original)
Uso na gravidez de Herceptin
Gestação
categoria B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento
ou após seu término. Informar ao médico se está amamentando. Você não
deverá amamentar durante o tratamento com
Herceptin (trastuzumabe).
Os estudos de reprodução foram realizados em macacos cinomolgus com doses até 25 vezes a dose semanal humana de manutenção de
Herceptin
(trastuzumabe), 2 mg/kg, e não revelaram evidência de diminuição da
fertilidade ou danos ao feto. No entanto, quando da avaliação do risco
de toxicidade reprodutiva em humanos, também é importante considerar o
significado do receptor HER2 dos roedores no desenvolvimento
embrionário, e na morte de embriões de ratos mutantes que não têm este
receptor. Foi observada transferência placentária de trastuzumabe
durante o período de desenvolvimento fetal precoce (dias 20-50 de
gestação) e tardio (dias 120-150 de gestação).
Não é conhecido se o
Herceptin (trastuzumabe) pode
causar danos ao feto quando administrado a uma mulher grávida ou se pode
afetar a capacidade de reprodução. Os estudos de reprodução em animais
nem sempre são preditivos da resposta humana, portanto o
Herceptin(trastuzumabe)
deve ser evitado durante a gravidez, exceto caso o benefício potencial
para a mãe supere o risco potencial para o feto.
Um estudo realizado em macacas cinomolgus lactantes com doses 25 vezes a
dose semanal humana de manutenção do
Herceptin
(trastuzumabe), de 2 mg/kg, demonstrou que trastuzumabe é secretado no
leite.
A presença de trastuzumabe no soro de macacos recém-nascidos não foi
associada com qualquer efeito adverso no seu crescimento ou
desenvolvimento desde seu nascimento até 1 mês de idade.
Não é conhecido se o trastuzumabe é excretado no leite humano. Como a
IgG humana é secretada no leite humano e o potencial de danos para os
lactentes é desconhecido, a lactação deve ser evitada durante a terapia
com
Herceptin (trastuzumabe).
Interações medicamentosas de Herceptin
Não foram realizados estudos formais sobre interações medicamentosas com o
Herceptin (trastuzumabe) em humanos.
Não foram observadas interações clinicamente significativas com a medicação utilizada concomitantemente nos estudos clínicos.
Reações adversas / Efeitos colaterais de Herceptin
Pacientes receberam
Herceptin
(Trastuzumab) como monoterapia ou em combinação c/ paclitaxel em dois
estudos clínicos principais. Aproximadamente 50% das pacientes podem
apresentar reações adversas. As reações adversas mais comuns são
sintomas relacionados à infusão, tais como febre e calafrios, usualmente
após a primeira infusão de
Herceptin (Trastuzumab).
As reações adversas atribuídas ao
Herceptin (Trastuzumab) em > 10% das pacientes em dois estudos clínicos principais foram as seguintes:
Todo o corpo: dor abdominal, astenia, dor no tórax, calafrios, febre, cefaléia, dor
Digestivo: diarréia, náusea, vômito
Músculo-esquelético: artralgia, mialgia
Pele e anexos: exantema
As reações adversas atribuídas ao
Herceptin
(Trastuzumab) em >1% e < 10% das pacientes em dois estudos
clínicos principais foram as seguintes:
Todo o corpo: dor nas costas, síndrome gripal, infecção, dor no tórax,
calafrios, febre, cefaléia, dor
Cardiovascular: vasodilatação, taquicardia, hipotensão, falência
cardíaca, cardiomiopatia, palpitação;
Digestivo: anorexia, constipação, dispepsia
Hemo e leucopenia
linfático:
Metabólico: edema periférico, edema
Músculo-esquelético: dor óssea
Nervoso: ansiedade, depressão, vertigem, insônia, parestesia,
sonolência, hipertonia, neuropatia
Respiratório: asma, exacerbação da tosse, dispnéia, epistaxe, distúrbios
pulmonares, derrame pleural, faringite, rinite, sinusite
Urogenital: infecção do trato urinário
Pele e anexos: prurido, suor, alterações ungueais, pele seca, alopécia,
acne, exantema maculopapular
Sintomas infusionais
Durante a primeira infusão c/
Herceptin (Trastuzumab),
calafrios e/ou febre são observados comumente nos pacientes. Outros
sinais e/ou sintomas podem incluir náusea, vômito, dor, tremores,
cefaléia, tosse, vertigem, exantema e astenia. Estes sintomas são
usualmente de gravidade leve a moderada, e ocorrem infreqüentemente em
infusões subseqüentes de
Herceptin (Trastuzumab). Estes
sintomas podem ser tratados c/ analgésico/antipirético como meperidina
ou paracetamol, ou um anti-histamínico como a difenidramina (Vide
Posologia ). Algumas reações infusionais adversas do
Herceptin
(Trastuzumab) que incluem dispnéia, hipotensão, vertigem,
broncoespasmo, taquicardia, redução na saturação de oxigênio e falência
respiratória podem ser graves e potencialmente fatais.(Vide Precauções e
Advertências).
Reação de hipersensibilidade
Reações anafilactóides foram observadas em casos isolados.
Toxicidade cardíaca
Sinais e sintomas de disfunção cardíaca, tais como dispnéia, ortopnéia,
exacerbação da tosse, edema pulmonar, galope S3, ou redução na fração de
ejeção, foram observados em pacientes tratados c/
Herceptin (Trastuzumab) (vide Precauções e Advertências).
A incidência de sintomas de falência cardíaca em pacientes tratados c/
Herceptin
(Trastuzumab) e paclitaxel foi 8,8% comparado c/ uma incidência de 4,2%
em pacientes tratados c/ paclitaxel isolado e 8,5% em pacientes
tratados c/
Herceptin (Trastuzumab) isolado.
Toxicidade hematológica
A toxicidade hematológica é infreqüente após a administração de
Herceptin
(Trastuzumab) como monoterapia, ocorrendo leucopenia Grau III segundo
os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), trombocitopenia e
anemia em < 1% dos pacientes. Não foram observadas toxicidades Grau
IV segundo os critérios da OMS.
Houve um aumento na toxicidade hematológica grau III e IV , segundo os
critérios da OMS, em pacientes tratados em combinação de
Herceptin
(Trastuzumab) e paclitaxel comparados c/ pacientes recebendo paclitaxel
isolado (34% vs 21%). Isto deve-se mais provavelmente à maior exposição
do paclitaxel no braço do estudo
Herceptin
(Trastuzumab) mais paclitaxel, assim como o aumento no de progressão da
doença comparado c/ o grupo tratado c/ paclitaxel isolado (vide
Precauções e Advertências).
Toxicidade hepática e renal
Toxicidade hepática Grau III ou IV, segundo os critérios da OMS, foi
observada em 12% das pacientes após a administração de
Herceptin
(Trastuzumab) como agente único. Essa toxicidade foi associada c/ a
progressão da doença no fígado em 60% das pacientes. Não foi observada
toxicidade renal Grau III ou IV, segundo os critérios da OMS.
Toxicidade hepática grau III e IV, segundo os critérios da OMS foi menos
freqüentemente observada entre pacientes recebendo
Herceptin
(Trastuzumab) e paclitaxel do que entre as pacientes que receberam
paclitaxel isolado (7% comparado c/ 15%). Nenhuma toxicidade renal grau
III ou IV, segundo os critérios da OMS, foi observada.
Diarréia
Das pacientes tratadas c/
Herceptin (Trastuzumab) como
monoterapia, 27% apresentaram diarréia. Um aumento na incidência de
diarréia, primariamente de gravidade leve a moderada, tem sido também
observada nas pacientes que receberam
Herceptin
(Trastuzumab) em combinação c/ paclitaxel comparadas c/ pacientes que
receberam paclitaxel isolado.
Infecção
Um aumento na incidência de infecções, primariamente infecções leves do
trato respiratório superior de pouca significância clínica, ou infecção
de catéter, foi observado primariamente em pacientes tratadas c/
Herceptin (Trastuzumab) mais paclitaxel comparadas c/ pacientes recebendo paclitaxel isolado.
Reações adversas graves
Ao menos um caso das seguintes reações adversas graves tem ocorrido em pelo menos um paciente tratado c/
Herceptin
(trastuzumab) isolado ou em combinação c/ paclitaxel em estudos
clínicos.
Todo o corpo: reação alérgica, anafilaxia e choque anafilactóide,
ataxia, sepse, calafrios e febre, tremores, cefaléia, parestesia, dor no
tórax, fadiga
Cardiovascular: cardiomiopatia, insuficiência cardíaca congestiva, piora
da insuficiência cardíaca congestiva, diminuição na fração de ejeção,
hipotensão, derrame pericárdico, bradicardia, distúrbio cerebrovascular
Digestivo: hepatite, diarréia, náusea e vômito
Hemo e leucemia, neutropenia febril, neutropenia, trombocitopenia
linfático:
Respiratório: broncoespasmo, angustia respiratória, edema pulmonar
agudo, insuficiência respiratória
Pele e anexos: exantema
Experiência pós-marketing
As seguintes reações adversas adicionais graves têm sido relatadas em
pelo menos um paciente durante a experiência pós-marketing:
Todo o corpo: sintomas infusionais, edema periférico, dor óssea, coma,
meningite, edema cerebral, pensamento anormal
Cardiovascular: falência cardíaca, choque cardiogênico, pericardite
Digestivo: pancreatite, falência hepática, icterícia
Hemo e anemia, redução da protrombina
linfático:
Músculo-esquelético: mialgia
Respiratório: dispnéia, hipoxemia, edema de laringe, angústia
respiratória aguda, síndrome da angústia respiratória tipo adulto,
derrame pleural, infiltrado pulmonar
Pele e anexos: dermatite, urticária
Sentido especial: surdez
Herceptin - Posologia
Testar o HER2 é mandatório antes de iniciar a terapia c/
Herceptin (Trastuzumab).
Dosagem padrão
Dose de ataque: A dose de ataque inicial recomendada é de 4 mg/kg de peso corpóreo. O
Herceptin
(Trastuzumab) deve ser administrado como infusão intravenosa durante 90
minutos. Os pacientes devem ser observados quanto à febre e calafrios
ou outros sintomas associados à infusão (vide Reações adversas e
alterações de exames laboratoriais). A interrupção da infusão pode
ajudar a controlar tais sintomas. A infusão pode ser retomada quando os
sintomas diminuírem.
Doses subseqüentes: A dose semanal recomendada de
Herceptin
(Trastuzumab) é de 2 mg/kg de peso corpóreo. Caso a dose anterior tenha
sido bem tolerada, a dose pode ser administrada em uma infusão de 30
minutos. Os pacientes devem ser observados quanto à febre e calafrios ou
outros sintomas associados à infusão (vide Reações adversas e
alterações de exames laboratoriais).
Não administrar como injeção intravenosa rápida ou em bolus.
Em estudos clínicos as pacientes foram tratadas c/
Herceptin (Trastuzumab) até a progressão da doença.
Redução da dose
Não foram realizadas reduções na dose do
Herceptin (Trastuzumab) durante os estudos clínicos. Os pacientes podem continuar a terapia c/
Herceptin
(Trastuzumab) durante os períodos de mielossupressão reversível
induzida pela quimioterapia. As instruções específicas para reduzir ou
manter a dose da quimioterapia devem ser seguidas.
Instruções especiais de dosagem
Idosos: Os dados sugerem que a disponibilidade de
Herceptin
(Trastuzumab) não foi alterada baseada na idade (veja Farmacocinética
em populações especiais). Nos estudos clínicos, as pacientes idosas não
receberam doses reduzidas de
Herceptin (Trastuzumab).
Manuseio e desfazimento
Devem ser usadas técnicas assépticas apropriadas. Cada frasco de
Herceptin
(Trastuzumab) é reconstituído c/ 20 ml de água bacteriostática para
injeção, fornecida. Isto resulta em uma solução para uso múltiplo,
contendo 21 mg/ml de trastuzumab, c/ pH de aproximadamente 6,0.
O uso de outros solventes para a reconstituição deve ser evitado.
Herceptin (Trastuzumab) deve ser cuidadosamente
manuseado durante a reconstituição. A formação de espuma excessiva
durante a reconstituição ou agitação do
Herceptin (Trastuzumab) reconstituído pode resultar em problemas c/ a quantidade de
Herceptin (Trastuzumab) durante a retirada do frasco.
Superdosagem
Não existe experiência com superdosagem nos estudos clínicos em humanos. Não foram testadas doses únicas maiores que 10 mg/kg.
Herceptin - Informações
Trastuzumab
é um anticorpo monoclonal humanizado derivado da tecnologia do
DNA-recombinante, que atinge seletivamente o domínio extracelular da
proteína do receptor-2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2).
O anticorpo é uma IgG1 que contém regiões de estrutura humana e regiões
que determinam a complementaridade, provenientes de um anticorpo murino
anti-p185 HER2, que se liga ao HER2.
O proto-oncogene HER2 ou c-erbB2 codifica uma proteína transmembrana de
185 kDa, semelhante ao receptor, que está estruturalmente relacionada ao
receptor do fator de crescimento epidérmico. A superexpressão do HER2 é
observada em 25% - 30% dos cânceres de mama primários. Uma conseqüência
da amplificação do gene HER2 é um aumento da expressão da proteína HER2
na superfície destas células tumorais resultando em um receptor HER2
constitutivamente ativado.
Os estudos indicam que os pacientes que apresentam tumores c/
amplificação ou superexpressão do HER2 demonstram uma menor sobrevida
livre de doença comparados àqueles pacientes que não apresentam
amplificação ou superexpressão do HER2.
Trastuzumab demonstrou, tanto nos estudos in vitro quanto nos animais,
inibir a proliferação das células tumorais humanas c/ superexpressão
HER2. In vitro, a citotoxicidade mediada pela célula anticorpo
dependente (ADCC) mediada pelo trastuzumab demonstrou ser
preferencialmente exercida nas células cancerígenas c/ superexpressão do
HER2 comparada às células cancerígenas sem superexpressão do HER2.
Eficácia
Herceptin (Trastuzumab) como monoterapia foi usado em
estudos clínicos para pacientes c/ câncer de mama metastático que
apresentavam tumores c/ superexpressão do HER2 e que fracassaram em um
ou mais tratamentos de quimioterapia para essas doenças metastáticas.
O
Herceptin (Trastuzumab) também foi usado em estudos
clínicos em combinação c/ paclitaxel ou c/ uma antraciclina
(doxorrubicina ou epirrubicina) mais ciclofosfamida (AC) como terapia de
primeira escolha para pacientes c/ câncer de mama metastático que
apresentavam tumores c/ superexpressão HER2.
As pacientes que receberam previamente quimioterapia adjuvante baseada
em antraciclina foram tratadas c/ paclitaxel (175 mg/m2, c/ infusão
durante 3 horas) c/ ou sem
Herceptin (Trastuzumab).
As pacientes podem ser tratadas c/
Herceptin (Trastuzumab) até a progressão da doença.
Herceptin (Trastuzumab) como monoterapia, quando
utilizado no tratamento de segunda ou terceira linha em mulheres c/
câncer de mama metastático c/ superexpressão do HER2, resultou em uma
taxa de resposta tumoral global de 15% e uma sobrevida mediana de 13
meses.
A utilização do
Herceptin (Trastuzumab) em combinação
c/ paclitaxel, como tratamento de primeira linha de mulheres c/ câncer
de mama metastático c/ superexpressão do HER2, prolonga
significativamente o tempo mediano para a progressão da doença em
comparação c/ as pacientes tratadas somente c/ paclitaxel. O aumento no
tempo médio de progressão da doença para as pacientes tratadas c/
paclitaxel é 3,9 meses (6,9 meses vs 3,0 meses). A resposta tumoral e a
taxa de sobrevida após um ano também aumentaram c/
Herceptin (Trastuzumab) em combinação c/ paclitaxel versus paclitaxel isolado.
Imunogenicidade
Foram detectados anticorpos anti-trastuzumab em uma paciente, que não apresentou manifestações alérgicas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário