11.19.2013

Dirceu, Genoino e Delúbio enviam carta e agradecem "solidariedade"

Petistas falaram a militantes que permanecem em frente ao Complexo Penitenciário da Papuda

Terra

Os petistas José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino escreveram uma carta nesta terça-feira na qual agradecem o apoio  de militantes do partido que permanece em frente ao Complexo Penitenciário da Papuda, onde os três condenados estão presos desde sábado. No texto, os condenados por corrupção ativa pedem o respeito à lei e dizem não aceitar a humilhação.
“A ação de vocês nos sustenta muito, nosso alimento é a solidariedade política - valor essencial da esquerda. Nosso agradecimento é a luta. Queremos o respeito à lei. Não aceitamos a humilhação, preferimos o risco e a dignidade da luta”, diz a carta, escrita a mão e assinada pelos três petistas. O bilhete foi entregue por um advogado aos militantes.

Por ordem do juiz Ademar de Vasconcelos, titular da Vara de Execução Penal do Distrito Federal, Dirceu, Delúbio e Genoino serão encaminhados para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP), local destinado para o cumprimento do regime semiaberto. Para a transferência, eles precisam comprovar um trabalho durante o dia para possibilitar que apenas retornem ao presídio durante a noite. Até lá, os três ficarão no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), dentro da própria Papuda.

Dirceu e Delúbio foram condenados inicialmente ao regime fechado, mas, como aguardam um recurso do crime de quadrilha, cumprirão inicialmente a pena do crime de corrupção ativa. No caso do ex-ministro, a pena de um só crime ficou em sete anos e 11 meses, abaixo dos oito anos estipulados para o cumprimento em regime fechado. Já Delúbio foi condenado a seis anos e oito meses apenas por corrupção.

O deputado federal licenciado José Genoino já havia sido condenado inicialmente ao semiaberto, a seis anos e 11 meses de prisão. Sem a pena de quadrilha, cumpre inicialmente quatro anos e oito meses em semiaberto. O condenado pediu, no entanto, a transferência para prisão domiciliar, por ter passado recentemente por uma cirurgia para corrigir um problema na artéria aorta.

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