Nomes estão em relatório entregue ao Cade em abril.
SÃO PAULO - Em um relatório encaminhado à Polícia Federal, um
ex-executivo da Siemens diz que tem como provar o pagamento de propina a
políticos do alto escalão do governo de São Paulo durante as gestões de
Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, do PSDB. A informação foi
divulgada nesta quinta-feira pelo jornal “O Estado de S.Paulo”.
Segundo a reportagem, o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer entregou um relatório em abril ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em que cita nomes de supostos recebedores de propina da multinacional. São eles: o atual secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o secretário de Energia, José Aníbal, o titula da pasta de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia (DEM) e o deputado Arnaldo Jardim (PPS).
A Siemens é investigada por suspeita de participar do cartel dos trens em São Paulo entre os anos de 1998 e 2008. Rheinheimer diz que o dinheiro que teria sido repassado a tucanos era para abastecer um caixa 2 do PSDB e do DEM em campanhas eleitorais.
Trata-se do primeiro documento oficial que vem a público com referência a supostas propinas pagas a políticos ligados a governos do PSDB. Até agora, o Ministério Público e a Polícia Federal apontavam suspeitas de corrupção que envolviam apenas ex-diretores de estatais como a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O relatório foi encaminhado à Polícia Federal.
Segundo o “Estadão”, no texto o ex-executivo escreve que o cartel “é um esquema de corrupção de grandes proporções, porque envolve as maiores empresas multinacionais do ramo ferroviário como Alstom, Bombardier, Siemens e Caterpillar e os governos do Estado de São Paulo e do Distrito Federal”. Ele também diz estar disposto a contar o que sabe, mas sugere receber em contrapartida sua nomeação para um alto cargo na mineradora Vale.
Rheinheimer diz ser o autor da carta anônima que deflagrou a investigação do cartel dos trens, enviada em 2008 ao ombudsman da Siemens. Ele é um dos seis lenientes que assinaram um acordo com o Cade, no qual a empresa alemã revela as ações do cartel de trens.
Secretário da Casa Civil nega ter recebido propina
Edson Aparecido disse ao “Estadão” que conhece o lobista Arthur Teixeira, mas negou categoricamente ter recebido propina dele, como acusa o ex-diretor da Siemens.
— Tive contato com Arthur Teixeira numa inauguração da CPTM em meados de 2000, não lembro exatamente. Mas nunca tive relação estreita com ele. Isso é um negócio de maluco — disse o secretário ao jornal.
O senador Aloysio Nunes e o deputado Arnaldo Jardim (PPS) negaram qualquer laço com Teixeira e afirmaram desconhecer o ex-diretor da Siemens.
Zaniboni ingressou na diretoria da CPTM em 1993, junto com o presidente da companhia Olivier Hossepian Salles de Lima, que se tornou seu sócio e também é investigado. Os dois foram empossados pelo então secretário estadual de Negócios Metropolitanos e presidente do conselho de administração da CPTM, Aloysio Nunes. Na época, o agora senador tucano era vice-governador, eleito na chapa de Luiz Antônio Fleury Filho, e acumulava a função com a de secretário.
Rodrigo Garcia negou vínculos com Teixeira e as supostas propinas.
— Refuto com veemência o que foi dito no relatório. Não tenho relacionamento nenhum com Arthur Teixeira. Isso não existe — afirmou.
José Aníbal também negou relações com o lobista.
— Eu já ouvi falar de Arthur. Mas não tenho relação nem com ele, nem com a Procint. E também desconheço esse sujeito aí (Everton Rheinheimer) — disse.
Segundo a reportagem, o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer entregou um relatório em abril ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em que cita nomes de supostos recebedores de propina da multinacional. São eles: o atual secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o secretário de Energia, José Aníbal, o titula da pasta de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia (DEM) e o deputado Arnaldo Jardim (PPS).
A Siemens é investigada por suspeita de participar do cartel dos trens em São Paulo entre os anos de 1998 e 2008. Rheinheimer diz que o dinheiro que teria sido repassado a tucanos era para abastecer um caixa 2 do PSDB e do DEM em campanhas eleitorais.
Trata-se do primeiro documento oficial que vem a público com referência a supostas propinas pagas a políticos ligados a governos do PSDB. Até agora, o Ministério Público e a Polícia Federal apontavam suspeitas de corrupção que envolviam apenas ex-diretores de estatais como a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O relatório foi encaminhado à Polícia Federal.
Segundo o “Estadão”, no texto o ex-executivo escreve que o cartel “é um esquema de corrupção de grandes proporções, porque envolve as maiores empresas multinacionais do ramo ferroviário como Alstom, Bombardier, Siemens e Caterpillar e os governos do Estado de São Paulo e do Distrito Federal”. Ele também diz estar disposto a contar o que sabe, mas sugere receber em contrapartida sua nomeação para um alto cargo na mineradora Vale.
Rheinheimer diz ser o autor da carta anônima que deflagrou a investigação do cartel dos trens, enviada em 2008 ao ombudsman da Siemens. Ele é um dos seis lenientes que assinaram um acordo com o Cade, no qual a empresa alemã revela as ações do cartel de trens.
Secretário da Casa Civil nega ter recebido propina
Edson Aparecido disse ao “Estadão” que conhece o lobista Arthur Teixeira, mas negou categoricamente ter recebido propina dele, como acusa o ex-diretor da Siemens.
— Tive contato com Arthur Teixeira numa inauguração da CPTM em meados de 2000, não lembro exatamente. Mas nunca tive relação estreita com ele. Isso é um negócio de maluco — disse o secretário ao jornal.
O senador Aloysio Nunes e o deputado Arnaldo Jardim (PPS) negaram qualquer laço com Teixeira e afirmaram desconhecer o ex-diretor da Siemens.
Zaniboni ingressou na diretoria da CPTM em 1993, junto com o presidente da companhia Olivier Hossepian Salles de Lima, que se tornou seu sócio e também é investigado. Os dois foram empossados pelo então secretário estadual de Negócios Metropolitanos e presidente do conselho de administração da CPTM, Aloysio Nunes. Na época, o agora senador tucano era vice-governador, eleito na chapa de Luiz Antônio Fleury Filho, e acumulava a função com a de secretário.
Rodrigo Garcia negou vínculos com Teixeira e as supostas propinas.
— Refuto com veemência o que foi dito no relatório. Não tenho relacionamento nenhum com Arthur Teixeira. Isso não existe — afirmou.
José Aníbal também negou relações com o lobista.
— Eu já ouvi falar de Arthur. Mas não tenho relação nem com ele, nem com a Procint. E também desconheço esse sujeito aí (Everton Rheinheimer) — disse.
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