11.18.2013

Identificados os genes responsáveis por ataques de asma em crianças

Estudo dinamarquês feito com base na análise de genes de 1.200 crianças entre 2 e 6 anos que tinham sido hospitalizadas diversas vezes

Doença atinge cerca de 300 milhões de pessoas no mundo e 20 milhões de pessoas no Brasil

AFE

Asma atinge 20 milhões de brasileiros
Foto: Reprodução
Asma atinge 20 milhões de brasileiros Reprodução
COPENHAGUE - Pesquisadores da Universidade de Copenhaque, na Dinamarca, identificaram os principais genes responsáveis por ataques de asma em crianças, incluindo um gene previamente não implicado no desenvolvimento da doença. O estudo foi feito com base na análise de genes de 1.200 crianças entre 2 e 6 anos que tinham sido hospitalizadas diversas vezes devido a crises de asma e comparados com 2.500 pessoas saudáveis. Os resultados foram publicados na revista científica “Nature Genetics”.
A asma é uma das doenças inflamatórias crônicas mais frequentes em crianças, atinge cerca de 300 milhões de pessoas no mundo e, no Brasil, 20 milhões, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
- Ao fazer o rastreamento do DNA das crianças descobrimos um gene chamado CDHR3, que não tinha sido associado à doença, particularmente nos primeiros anos de vida. Nosso estudo apoia a teoria que asma não é uma doença isolada, mas um complexo de diversos subtipos que deveriam ser geneticamente mapeamos e entendidos individualmente se quisermos evitar a doença de forma correta no futuro - diz o pesquisador Klaus Bønnelykke, que trabalha para o Estudo de Asma na Infância de Copenhague (COPSAC, na sigla em inglês), o Centro Pediátrico de Asma Dinamarquês e o Hospital Universitário de Copenhague.
Atualmente os médicos usam o mesmo remédio para tratar diferentes níveis de asma, mas que não evitam hospitalizações em muitos casos.
- Sabemos que crianças expostas ao cigarro têm riscos maiores de ataques de asma, mas além disso não faremos progresso enquanto não entendermos como funcionam os mecanismos dos subtipos da doença e, neste caso, os genes de risco são um passo importante nessa direção - acredita o pesquisador.

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