Cena foi registrada próximo ao valão da comunidade durante o temporal que atingiu o Rio nesta quinta-feira
Rio - Uma cena registrada durante o
temporal que atingiu o Rio na noite de quinta-feira e madrugada desta
sexta está sensibilizando internautas. Nela, dois cachorros se protegem
em cima de uma moto do rio que se formou em uma viela da Favela da
Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul.
A foto foi registrada próxima ao
valão da comunidade. Na publicação, feita na página do Facebook 'Viva
Rocinha', muitos mostraram preocupação com a situação dos animais e
criticaram quem achava graça da cena.
Um dos seguidores reclamou da falta
de agilidade nos serviços públicos na comunidade, que conta com uma
Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde 2012. Não há informações
sobre os cães.
Chuva causa transtornos na região
A volta para casa foi complicada para quem
tentou seguir da Zona Sul para a Zona Oeste após a chuva que atingiu o
Rio na noite desta quinta-feira. Um acidente com um ônibus, bolsões de
água e o alagamento de um trecho da Avenida Niemeyer, na altura da
Favela da Rocinha, em São Conrado, congestionaram o bairro e a
Autoestrada Lagoa-Barra, a principal ligação entre as duas regiões da
cidade. Pontos de ônibus ficaram lotados e motoristas levaram até cinco
horas dentro de seus veículos.
A chuva forte em toda a cidade
registrou grande índice pluviométrico também na região de São Conrado,
de acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio. Um acidente
com um ônibus, que subiu um canteiro no sentido Gávea da Autoestrada
Lagoa-Barra, foi apontado como um dos motivos no nó do trânsito do
bairro. Segundo um agente da CET-Rio, outra causa teria sido o
alagamento do trecho da Avenida Niemeyer que passa sob a via e desemboca
na Estrada da Gávea, no acesso a Favela da Rocinha. Motoristas que
tentaram retornar ou seguir por dentro do bairro acabaram tumultuando o
trânsito e provocando o congestionamento.
O trânsito confuso em São Conrado
acabou provocando reflexos na Gávea, no Leblon, no Jardim Botânico e na
Lagoa. A arquiteta Andreia Melo, de 43 anos, disse que levou uma hora e
meia para perceorrer dois quilômetros, entre o Clube Piraquê, na Lagoa, e
o Jóquei Clube, na Rua Mário Ribeiro. Ela tinha iniciado o percurso da
Zona Sul até a Barra, onde mora, às 21h. Às 2h, ela ainda seguia pela
Lagoa-Barra.
"É uma falta de respeito com o
morador da Barra da Tijuca", protestou prevendo o fechamento da Ponte da
Joatinga, já na chegada à Barra, como outro complicador do trânsito.
O churrasqueiro Jakson Silva
Magalhães, de 27 anos, aguardava com colegas de trabalho no ponto de
ônibus lotado, na Avenida Padre Leonel Franca, na Gávea, por um coletivo
de uma das quatro linhas que ligam o bairro ao Terminal Alvoada, na
Barra da Tijuca. Ante a demora, o grupo acabou optando por pegar um
táxi.
"Saí do trabalho à meia-noite. Ainda vou pegar
um BRT, uma van e outro táxi para chegar em casa, em Campo Grande. Até
8h30 tenho que sair para voltar para o trabalho e chegar no horário, ao
meio-dia", disse o churrasqueiro do restaurante do Jockey Club. Ainda de
acordo com ele, o engarrafamento em direção a Barra da Tijuca chegou
até a Praça Sibélius, por volta de 1h
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