- Celular aumenta risco de acidente com motorista jovem
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Celular aumenta oito vezes risco de acidente quando o motorista é jovem
The New York Times
- O ato de comer ao volante triplicou o risco de acidentes e o uso de SMS quadruplicou-o
Com o uso de acelerômetros, câmeras e dispositivos GPS, bem como outros sensores, os pesquisadores estudaram os hábitos ao volante de 42 jovens de 16 e 17 anos recém-habilitados e 167 pessoas com mais experiência na direção. Os dispositivos registraram incidentes relacionados ao uso de celular, à tentativa de pegar objetos, ao envio de mensagens via SMS e ao ajuste do rádio e de controles do carro, além do ato de comer e beber dirigindo.
Entre os adolescentes, o ato de comer ao volante triplicou o risco de acidentes e o uso de SMS quadruplicou-o. Digitar um número de telefone foi o ato mais perigoso, que resultou em um risco oito vezes maior de acidentes e incidentes que quase causaram um acidente.
Entre os motoristas experientes, apenas digitar um número de telefone aumentou de forma significativa o risco de acidentes.
Publicado no periódico The New England Journal of Medicine, o estudo descobriu que, de um modo geral, os motoristas passam aproximadamente 10% do tempo com o olhar voltado para outro local que não a estrada a sua frente.
"Quando realizam atividades que desviam sua atenção da estrada, os jovens aumentam o risco de forma considerável. Os jovens precisam manter os olhos na estrada. Qualquer distração em relação a isso está de fato aumentando o risco", afirmou Charlie Klauer, principal autor do estudo e pesquisador da Universidade de Virginia Tech.
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Apesar de não haver evidências da relação entre celular e câncer, as investigações continuam. VERDADE: um grande estudo prospectivo de uso do telefone celular, e seus possíveis efeitos em longo prazo sobre a saúde, foi lançado na Europa em março de 2010. Conhecido como Cosmos, vai matricular cerca de 250 mil usuários com idade entre 18 anos ou mais, e segui-los por 20 a 30 anos. Os participantes irão preencher um questionário sobre saúde, estilo de vida e uso do celular atual e passado. "Também está em andamento o Mobi-kids, pesquisa internacional que investiga a relação entre tecnologias da comunicação, fatores ambientais e câncer no cérebro de jovens. Fundado pela União Europeia, envolve grupos de pesquisas em 13 países e avaliará, durante cinco anos, cerca de 2 mil participantes entre 10 e 24 anos", informa o neurocirurgião Maurício Mandel Leia mais Getty/Thinkstock
Uso descuidado da tecnologia pode trazer problemas de saúde
Rosana Faria de Freitas
Do UOL, em São Paulo
- Arte/UOL
- Os celulares emitem energia de radiofrequência (ondas de rádio), uma forma de radiação eletromagnética
Mas e a saúde, como fica nesse contexto? São várias as teorias a respeito, desde suspeitas de que usar celular demais dá câncer até a constatação de que existe uma geração de viciados em internet – o que, obviamente, desencadearia no mínimo problemas sociais aos hiperconectados.
Em relação ao uso do celular, é importante considerar que seu emprego não para de crescer: o Brasil terminou o ano de 2010 com um total de 202,94 milhões de aparelhos, o que representa um avanço de 16,66% em relação a 2009, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
"Ao longo do tempo, o número de chamadas por dia e a duração de cada chamada também vem aumentando", salienta Maurício Mandel, neurocirurgião formado pela Universidade de São Paulo, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN).
Os celulares emitem energia de radiofrequência (ondas de rádio), uma forma de radiação eletromagnética. Tal radiação pode ser de dois tipos, ionizante (raios-X e raios cósmicos) e não ionizante (radiofrequência). "O celular emite este segundo tipo e, até agora, não há evidência de que a radiação não-ionizante leve à doença. O primeiro tipo, ao contrário, é conhecido como indutor do câncer. Tanto que pessoas que trabalham com raio-X – técnicos, médicos, enfermeiras – fazem testes regularmente para ver se a exposição provocou a formação de tumores", diz o especialista
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Mesmo sem estudos conclusivos sobre a relação entre celular e câncer, as pessoas deveriam usar menos o aparelho. VERDADE: até porque várias pesquisas ainda estão em andamento. "Exposição sem necessidade e excessivamente prolongada não é aconselhável. Medidas que afastem o celular do contato direto com a pele são aconselhados para quem o emprega muito. E, como é uma tecnologia relativamente nova, sugere-se que crianças não o usem à toa", adverte o neurocientista Antônio De Salles. O neurocirurgião Maurício Mendel recomenda reservar a utilização para conversas mais curtas ou momentos em que o telefone fixo não está disponível; e lançar mão de um dispositivo "mãos-livres" (hands-free), que distancia o aparelho da cabeça do usuário SXC - O ato de comer ao volante triplicou o risco de acidentes e o uso de SMS quadruplicou-o
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