11.24.2012

Dilma demite chefe de gabinete em SP e outros 5 servidores

Operação Porto Seguro

A presidência da República afastou neste sábado 24 os seis servidores presos nesta sexta-feira 23 na operação Porto Seguro da Polícia Federal. O anúncio foi feito em nota oficial distribuída pela secretaria de imprensa do governo federal.
Os servidores são acusadas de participar de organização criminosa que funcionava infiltrada em órgãos federais para favorecer interesses privados na tramitação de processos. As prisões desta sexta foram efetuadas em São Paulo, Santos e Brasília. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos ainda em Cruzeiro e Dracena, dois municípios do Estado de São Paulo.
Entre os afastados estão o chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Novoa de Noronha, e o advogado geral da União adjunto, José Weber Holanda Alves, número dois do chefe da AGU, Luís Inácio Adams.
De acordo com o superintendente regional da PF de São Paulo, Roberto Troncon Filho, há comprovação da participação de servidores corrompidos da Agência Nacional de Águas (ANA), Agência Nacional de Avião Civil (Anac), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antac), Advocacia-Geral da União, Secretaria do Patrimônio da União (SPU), do Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério da Educação e Cultura (MEC). Segundo a presidência, os diretores das agências foram afastados e tiveram processos disciplinares abertos contra eles.
Segundo a PF, a investigação começou após um servidor do TCU ter procurado a polícia para confessar que havia sido cooptado por criminosos interessados em comprar um parecer técnico. A recompensa seria o pagamento de R$ 300 mil. Ele chegou a elaborar o documento e receber a primeira parcela, de R$ 100 mil, mas se arrependeu posteriormente.
Abaixo, a íntegra da nota da secretaria de Comunicação Social da presidência da República:
Por determinação da Presidência da República, todos os servidores indiciados na Operação Porto Seguro da Polícia Federal serão afastados ou exonerados de suas funções. Todos os órgãos citados no inquérito deverão abrir processo de sindicância.
No que se refere aos diretores das Agências foi determinado o afastamento, com abertura do processo disciplinar respectivo.

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