Cientistas comportamentais, economistas, neurocientistas, psicólogos, todo mundo encontrou uma receita para a felicidade. Prosperidade financeira, amizades em profusão, sexo agradável; trabalho gratificante, vida curtida, satisfações. Os segredos foram revelados! Bem, não é exatamente o que vemos na prática. Essa gente toda acredita em fórmulas simples, mas, infelizmente, não conseguem (como vem acontecendo nos últimos três mil anos) responder à famosa perguntinha: o que é a felicidade?
Os espiritualistas, menos interessados em medir a felicidade das pessoas (desdenhando mesmo dessa possibilidade, não concebendo que a natureza humana em sua complexidade caiba num felicímetro), mais ligados ao significado do que à experiência, buscam nas sabedorias do Oriente e do Ocidente a iluminação necessária para aproximar felicidade de significância e propósito de vida.
Nesse conjunto vasto de referências, manancial de suporte para nossas aventuras, uma tônica dominante se repete. As linhas espirituais entendem a felicidade como uma alquimia. Da mesma maneira como o alquimista transforma metais comuns em preciosos ¿ chumbo em ouro -, podemos transformar nossa vida na melhor versão possível dela mesmo, na forma mais preciosa de nossa matéria bruta.
Para os saberes espiritualizados a felicidade é mais uma dança do que uma luta. Eles entendem que você não chega simplesmente a um destino feliz e então fica ali pelo resto da vida. A felicidade não acontece simplesmente; ela precisa ser preparada, sustentada, cultivada. Por isso, o conselho é um só: determinação tranquila e coragem serena para bailar.
Por fim, como o caminho espiritual responde àquela famosa perguntinha. O que é a felicidade? Ah, ela é o grande desafio de se viver de forma sábia.
E quem venceria esse desafio? Não os compradores e gastadores, mas os que cultivam a arte de alcançar a perfeição mais plena.
A felicidade não tem realmente nada a ver com sentir-se bem ¿ trata-se de ser bom. O problema é que tendemos a confundir uma coisa com a outra.
Marina Gold
» A busca obcecada por um grande amor não vale a pena; entenda
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