Artigo Original de Kate Bartolotta em The Good Men Project
Tradução Livre por Anne Rammi
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Nunca é tarde demais para prestar atenção
nas emoções não expressadas que arquivamos no corpo, que se manifestam
através de dores, desconforto e tensões.
Quando olhamos para a linguagem que usamos
para falar das nossas reações emocionais, normalmente existe uma
sensação física associada a elas: um caroço na garganta, borboletas no
estômago, falta de ar, o peso do mundo nos ombros. Isso não é mera
coincidência. Essas reações viscerais são mensagens do nosso corpo.
Chamamos de "conexão entre mente e corpo".
Essas reações são associadas com o uso da mente - através de
pensamentos positivos - para ajudar a melhorar o estado geral do corpo,
sua imunidade e provocar sensação de bem estar. Embora usar a mente para
atingir o corpo seja extremamente útil e preciso, não podemos ignorar
que nosso corpo pode também ser uma forma de acessar e tratar nossas
emoções mais escondidas.
A maioria de nós pode se lembrar de um
tempo quando expressar uma emoção era desencorajado pelos adultos que
nos cercavam. Pais ainda dizem para as crianças que "sejam valentes", ou
"engulam o choro". Ou ainda diminuem suas sensações de dor com o
clássico "não foi nada". Nossos corpos simplesmente gravam aquilo que
acontece com nossas emoções - mesmo que tenhamos sido convencidos
intelectualmente a lidar com elas, ou a ignorá-las. O impacto físico e
emocional de dores e sentimentos não expressados é algo que perdura.
Fica marcado.
Abaixo há uma ilustração de padrões
típicos de emoções guardadas no corpo, reconhecidas pelas entidades de
trabalhos corporais. Cada pessoa desenvolve também seus padrões
individuais, mas esses são alguns dos padrões mias comuns:
Nossos corpos sabem das coisas que nossas
mentes gostariam de se livrar. Das coisas que estão esquecidas em algum
nível de consciência, estão sempre presentes concretamente no corpo. A
boa notícia é que nunca é tarde para acessar esses assuntos, e que os
resultados de um olhar para o corpo, podem afetar tanto o plano físico
como o mental e emocional.
Alguns passos que você pode dar para liberar emoções mal resolvidas:
1) Encontre uma atividade física diária
que você goste. Perceba, não se trata de "faça exercício". Cuidar do
corpo é importante, mas a intenção aqui é ser feliz, através do olhar
para o corpo. Portanto tem que ser alguma atividade que amamos fazer. É
interessante também que seja algo que acalme um pouco a mente. Muitas
pessoas encontram na ioga, nas corridas e outras atividades do gênero
esse componente meditativo. Pode ser simplesmente uma caminhada
silenciosa de dez minutos, onde você pode prestar atenção na sua
respiração e outras sensações corporais.
2) Receber algum trabalho corporal com
frequencia. Massagens terapeuticas são uma das formas mais efetivas de
se liberar emoções guardadas. Quando alguém trabalha nos nódulos do
pescoço, onde guardamos estresse e raiva por tanto tempo, as emoções
começam a vir à tona. É comum ver clientes chorando nas mesas dos
massagistas. É importante somente lembrar que os profissionais de
terapias corporais não são psicoterapeutas, portanto são tidos como
agentes auxiliares para liberar as emoções e iniciar o processo de cura,
individual de cada um, que pode necessitar em outro momento de ajuda de
outros profissionais.
3) Fazer do toque parte integrante de
nossos relacionamentos primários. Isso soa simples, óbvio até. Mas
infelizmente podemos nos deixar levar pela cultura do "não-me-toque".
Menos e menos das nossas interações diárias envolvem o toque. Na medida
que apoiamos nossas estratégias de comunicação nas mídias sociais e
demais tecnologias, nossos relacionamentos tem menos contato corpo a
corpo do que precisamos. Encoste nas pessoas, nos braços ou ombros,
quando fala com elas. Cumprimente os amigos com um abraço. Vá jogar
basquete com os amigos, ao invés de assistir na TV. Quando começarmos a
compreender que não somos mentes presas dentro de um corpo, e sim mente e
corpo atuando em perfeita harmonia, podemos começar a curar velhas
feridas de uma forma mais profunda e duradoura.
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