12.24.2013

Árvore flutuante atrai visitantes que ignoram a chuva fina


Sérgio Ramalho
Turistas acompanham o acendimento das luzes na Árvore da Lagoa - Foto: Freelancer / Agência O Globo
Turistas acompanham o acendimento das luzes na Árvore da Lagoa - Freelancer / Agência O Globo
RIO - Quando anunciou à família que só haveria ceia este ano se fosse levada para conhecer de perto a Árvore de Natal da Lagoa, a diarista Maria dos Santos Pereira, de 45 anos, não estava de brincadeira. Há anos, se contentara apenas em ver as luzes de dentro do ônibus no caminho do trabalho para casa, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Na noite desta terça-feira, véspera de Natal, os olhos de Maria se iluminaram diante das 3,1 milhões de microlâmpadas espalhadas pela megaestrutura flutuante de 85 metros de altura.
— Sempre que passo no ônibus, mesmo cansada, seguro o sono para ver as luzes formando desenhos na árvore. Todo ano, eu repetia ao marido e aos meus filhos o desejo de ver tudo de perto. Ficava sempre na promessa. Dessa vez, falei que deixaria todo mundo sem ceia de Natal. Deu certo. Ela é a coisa mais linda que já vi — disse, Maria, com os olhos marejados.
Horas antes da ceia de Natal, centenas de pessoas passaram pela Lagoa para admirar a árvore, cujo tamanho equivale a um edifício de 28 andares e o peso chega a 542 toneladas. De olhos vidrados no espetáculo de luzes, que em sua 18ª edição tem como tema “Uma celebração à vida”, havia gente simples como dona Maria, que trouxe a vizinha Soraia.
— Veio todo mundo no carro do filho, um Uno. Foi um aperto, mas valeu a pena — resumiu seu Antônio Pereira, de 52 anos, quase metade deles casado com Maria.
O empresário Ricardo Lorenzo, de 56 anos, que mora num edifício à frente do espelho d´água já esta acostumado com a visão da árvore todos os anos. Este Natal, no entanto, levou o neto de seis anos para conhecer a árvore. O menino vive com os pais nos Estados Unidos e, pela primeira vez, visitou o avô no Natal.
— É emocionante ver o efeito dessas luzes no rostinho dele — disse o vô, babão confesso.
Nem a chuva fina, que por vezes caiu na região, afugentou os visitantes, muitos deles vindos de outros estados e países. Caso na Alagoana, Carmem Vilella, que há dez anos passa com a família as festas de fim de ano no Rio.

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