Falta perdoar. O que falta é perdoar. Mas perdoar não é pouco, perdoar é o essencial, é o incomodo, o difícil, o invencível. Para perdoar há que entender. Para perdoar há que compreender todos os lados. E há que perdoar todos os lados. Ninguém perdoa o outro se não se perdoar a si próprio. E ninguém se perdoa a si próprio se não sentir que foi perdoado por mim.
Que só uma pessoa que tem acesso a esse sentimento tão poderoso, tão libertador, como o de ser perdoado, só uma pessoa que, através do céu, se liberta da sua culpa, só essa pessoa poderá perdoar-se e consequentemente perdoar alguém. Tudo o resto são fantasias.
Podes achar que perdoaste. Podes agir como quem tenha perdoado. Podes até dizer, verbalizar que perdoaste, mas se não te tiveres libertado da tua própria culpa através do perdão do céu, se não te tiveres perdoado por tudo, tudo, tudo, se não tiveres entendido que tudo o que te fizeram ou que tu fizeste faz parte do plano inteligente e sagrado de que a tua vida é composta… Se todos estes factores não se encaixarem, como podes perdoar alguém? Como podes aliviá-lo da sua própria culpa?
Um ser que perdoa, que sabe vir cá acima receber o perdão do céu… Que não está sempre a auto-restringir-se por achar que não merece ou que não pode receber. Que consegue sentir no mais fundo do seu coração esta energia do amor incondicional, do «Amo-te por tudo o que tu és, amo tudo o que fizeste e o que te fizeram. Amo a tua alma».
Esse ser que consegue chegar a esse estágio de evolução, saberá amar a alma do outro, saberá perdoá-lo e amá-lo incondicionalmente pelo que ele é. Principalmente pelo que ele escolheu ser. Porque só podes perdoar alguém quando escolhes amar o que a pessoa escolheu para si. Sem julgamento. Como vês, perdoar não é o início do processo. Perdoar é o fim.
Jesus (Projeto Alexandra Solnado)
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