Acusação de vandalismo foi retirada pela Justiça na semana passada e o processo foi arquivado nesta quarta-feira
Apenas o marinheiro italiano Cristian
D'Alessandro não conseguiu concluir, nesta quarta, por falta de
tradutor, o processo que dá por encerrada a saga dos ecologistas na
Rússia em virtude da anistia geral aprovava a semana passada por ocasião
do 20º aniversário da Constituição russa. D'Alessandro precisará
esperar apenas um dia a mais que seus companheiros, já que no seu caso
"o procedimento de notificação foi adiado para quinta-feira" por falta
de tradutor, explicou aos veículos de imprensa russos o advogado do
Greenpeace, Andrei Suchkov.
Ana Paula e os argentinos Camila Speziale e
Hernán Pérez Orsi podem voltar hoje mesmo para casa depois que o
processo pelo qual estavam detidos foi arquivado. Ao contrário da
maioria dos tripulantes do navio quebra-gelo que passaram os últimos
três meses na Rússia após serem detidos por tentar subir em uma
plataforma petrolífera nas águas do Ártico, os três ativistas não
precisam visto de passagem para atravessar a fronteira russa. Tanto o Brasil quanto a Argentina têm acordos bilaterais de isenção de vistos com a Rússia, assim como a Ucrânia e a Turquia, que também contam com um ativista, cada, entre a tripulação. Os 30 tripulantes do Arctic Sunrise passaram dois meses em delegacias das cidades russas de Murmansk e São Petersburgo após serem acusados de vandalismo. Por enquanto, permanecem todos na antiga capital imperial russa, onde, segundo adiantou ontem um porta-voz do Greenpeace, têm intenção para se reunir hoje à noite para celebrar o Natal.
"Alguns ativistas receberam a visita de suas mulheres, maridos, filhos e irmãos", contou a fonte. Os tripulantes do Arctic Sunrise foram detidos em 19 de setembro em uma operação feita pela guarda fronteiriça russa quando tentavam subir à plataforma petrolífera Prirazlómnaya do gigante do gás Gazprom, ao que Greenpeace acusa de descumprir as medidas de segurança e pôr em risco o ecossistema da região onde opera.
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