AGENTES ANTIOXIDANTES:
A oxidação é o processo que leva à decomposição de uma matéria prima, com perda de sua função. A luz, ar, calor, contaminantes do meio (catalisadores e metais pesados) e o pH do meio são os iniciantes desse tipo de reação. O mecanismo de oxidação inicia-se com a formação de radicais livres de peróxido e superóxidos. Os antioxidantes preservam a formulação dos processos oxidativos atuando de várias maneiras:
· Antioxidantes que atuam interrompendo as cadeias de radicais livres
BHA
BHT
Vitamina E (tocoferóis)
Galato de propila
· Antioxidantes que atuam sofrendo oxidação (agentes redutores)
Metabissulfito de sódio
Bissulfito de sódio
Ácido ascórbico
Palmitato de ascorbila
Tiossulfato de sódio
· Antioxidantes que atuam por mecanismos preventivos
Ácido cítrico
Ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) e seus sais
Cloridrato de cisteína
Glutation
Metionina
USOS ADEQUADOS DOS ANTIOXIDANTES
· Antioxidantes para sistemas aquosos
Ácido ascórbico: pó cristalino branco ou ligeiramente amarelado e inodoro. Escurece gradualmente quando exposto à luz. Razoavelmente estável em estado seco, mas oxida rapidamente em soluções. Sua solubilidade é de 1g/3ml de água e 1g/30ml de álcool. Tem ação efetiva como antioxidante entre 0,05 e 3% nas formulações.
Bissulfito de sódio (NaHSO3): pó ou cristais brancos ou levemente amarelados, com sabor desagradável e odor característico de dióxido sulfúrico. Dissolve-se 1g de bissulfito de sódio em 4ml de água ou 70ml de álcool. É efetivo como antioxidante a 0,1%.
Metabissulfito de sódio (Na2S2O5): pó branco ou cristais incolores com odor sulfuroso e sabor ácido e salino. Oxida-se lentamente a sulfato quando exposto ao ar e umidade. É usado nas formulações em concentrações entre 0,02 e 1,0%.
Tiossulfato de sódio (Na2S2O3.5H2O): pó cristalino ou cristais incolores. É eflorescente no ar seco em temperaturas acima de 33ºC e levemente deliqüescente ao ar úmido. 1 grama de tiossulfato de sódio dissolve-se em 0,5ml de água e forma soluções neutras ou levemente alcalinas. É usado em concentrações de 0,05%.
· Antioxidantes para sistemas oleosos
Ascorbil palmitato: pó branco ou branco-amarelado com odor característico. Levemente solúvel em água e óleos vegetais. Solúvel em álcool. É efetivo nas concentrações de 0,01 - 0,2%.
Butilhidroxianisol (BHA): cera sólida branca a branco-amarelada com fraco odor. Insolúvel em água e facilmente solúvel em álcool e propilenoglicol. É usado em concentrações entre 0,005 e 0,01%.
Butilhidroxitolueno (BHT): sólido cristalino branco com fraco odor. Insolúvel em água e propilenoglicol e facilmente solúvel em álcool. É usado em concentrações entre 0,03 – 0,1%.
Propil galato: pó cristalino branco com odor muito leve. Levemente solúvel em água e álcool. Suas concentrações usuais são de 0,005 a 0,15%
Vitamina E: óleo viscoso, claro, amarelo ou amarelo-esverdeado. Praticamente inodoro. Instável à luz e ao ar. Insolúvel água, solúvel em álcool, miscível com acetona e óleos vegetais.
AGENTES QUELANTES:
São usados para retirar traços de metais que podem contribuir com a degradação das formulações. Os principais quelantes são o ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) e seus sais, principalmente o EDTA dissódico. Pode ser adicionado às formulações em concentrações entre 0,05 e 0,3%.
Ação de íons contaminantes dissolvidos em solventes usados em manipulação
· Ca, Mn, Fe, Al: co-precipitação em sistemas hidroalcóolicos por formação de complexos insolúveis;
· Cl: alterações de cor e degradação de princípios ativos;
· Mg, Zn: instabilidade de emulsões;
· Íons metálicos em geral: decomposição de compostos fenólicos (antioxidantes, estabilizantes UV), má fixação de essências, descoloração ou formação de complexos coloridos com os componentes da formulação, efeitos catalíticos de decomposição dos componentes e redução da vida do produto;
· HCO3-, CO3--: alterações de pH e interferências nas análises.
AGENTES ACIDIFICANTES E ALCALINIZANTES:
É necessário na prática diária, acertar o pH de formulações de acordo com suas necessidades. Para esta operação pode se usar os ácidos bórico, cítrico, clorídrico e lático para abaixar o pH e hidróxidos de sódio e amônio, borato de sódio, bicarbonato de sódio, fosfato de sódio e trietanolamina para elevar o pH.
pH em diversas regiões do organismo
Tornozelos
|
5,9
|
Axilas
|
6,5
|
Pés
|
7,2
|
Tronco
|
4,7
|
Coxas
|
6,1
|
Pregas mamas
|
6,0
|
Seios
|
6,2
|
Pernas
|
4,5
|
Cabelos
|
4,1
|
Pregas interdigitais
|
7,0
|
Rosto
|
7,0
|
Intravaginal
|
6,2
|
Vaginal
|
4,5
|
Mãos
|
4,5
|
Costas
|
4,8
|
Nádegas
|
6,4
|
CONSERVANTES:
Conservantes |
Espectro de ação
|
pH de estabilidade
|
Incompatibilidades
|
Concentração usual
|
Ácido sórbico
|
Fungos, levedos, pouca atividade microbiana
|
2,5 – 6,0
|
Tween 80
|
0,05 – 0,2%
|
Bronopol (2-bromo-nitropropano-1,3 diol)
|
Gram +, gram – (mais ativo), fungos (menos ativo)
|
5,0 – 7,0
|
Cisteína, tioglicolato, tiossulfato e metabissulfito
|
0,01 – 0,1%
|
Clorhexidina
|
Gram +, gram – (mais ativo), fungos,pseudomonas (menos ativo)
|
5,0 – 8,0
|
Tensoativos aniônicos, alginatos, CMC, lecitinas e tween 80
|
0,01%
|
Imidazolil uréia (Germall 115)
|
Gram +, gram-
|
3,0 – 9,0
|
Avobenzona
|
0,03 – 0,5%
|
Metilparabeno (nipagim)
|
Fungos e leveduras
|
3,0 – 9,5
|
Gelatina, proteínas, metilcelulose e tween 80
|
0,02 – 0,3%
|
Propilparabeno (nipazol)
|
Fungos e leveduras
|
3,0 – 9,5
|
Gelatina, proteínas, metilcelulose e tween 80
|
0,01 – 0,6%
|
CORANTES E PIGMENTOS:
Corantes são substâncias que desenvolvem seu poder tintorial dissolvidos no meio em que são aplicadas. Pigmentos são substâncias insolúveis que desenvolvem seu poder tintorial dispersas no meio em que são aplicadas.
Alguns corantes permitidos para produtos de uso externo:
Color index |
Cor
|
Campo de aplicação
|
10006
|
Verde
|
Uso em produtos de leve contato (shampoos, rinses)
|
11920
|
Laranja
|
Todos os produtos tópicos
|
75470
|
Vermelho
|
Todos os produtos tópicos
|
13015
|
Amarelo
|
Todos os produtos tópicos
|
15510
|
Laranja
|
Todos os produtos tópicos menos para área dos olhos
|
15800
|
Vermelho
|
Todos os produtos tópicos menos para mucosas
|
42051
|
Azul
|
Todos os produtos tópicos
|
42080
|
Azul
|
Uso em produtos de leve contato (shampoos, rinses)
|
42520
|
Violeta
|
Uso em produtos de leve contato (shampoos, rinses)
|
61565
|
Verde
|
Todos os produtos tópicos
|
72260
|
Verde
|
Todos os produtos tópicos menos para mucosas
|
Os corantes devem ser utilizados na forma diluída. Essas soluções de corantes devem ser protegidas da luz e renovadas constantemente.
· Solução Base Para Corantes
Corante 0,10 – 10,0%
Nipagim 0,15%
Nipazol 0,05%
Propilenoglicol 3,00%
Etanol 10,0%
Água destilada qsp 100%
EMULSIONANTES:
Quanto menor for a tensão interfacial entre dois líquidos imiscíveis, maior é a facilidade de emulsioná-los. Como a tensão interfacial entre dois líquidos é sempre maior que zero, a dispersão de um líquido em outro aumenta e área interfacial, resultando no correspondente aumento na energia interfacial livre no sistema.
Para se calcular a quantidade de tensoativos necessária para a formação de uma emulsão, deve-se conhecer o valor do ELH (equilíbrio lipófilo-hidrófilo) dos emolientes e dos emulsionantes usados no produto.
Atividade esperada |
Faixa de ELH
|
Emulsionantes A/O
|
4,0 – 6,0
|
Agentes umectantes
|
7,0 – 9,0
|
Emulsionantes O/A
|
8,0 – 18,0
|
Detergentes
|
13,0 – 15,0
|
Solubilizantes
|
15,0 – 18,0
|
· ELH dos emulsionantes
Para tensoativos não iônicos etoxilados usa-se a seguinte equação:
ELH = E/5, onde E = % em peso da cadeia etoxilada da molécula.
Exemplo: álcool laurílico com 20 moles de óxido de eteno
Peso molecular = 1066
Peso molecular do óxido de eteno = 44
Peso molecular da cadeia etoxilada = 44 x 20 = 880
% em peso da cadeia etoxilada da molécula = 880/1066 = 83%
ELB = 83/5 = 16,6
Para tensoativos derivados de ésteres graxos
ELH = 20 (1 – S/A), onde S = índice de saponificação e A = índice de acidez
· ELH dos emolientes
Emolientes |
ELH requerido em emulsão O/A
|
ELH requerido em emulsão A/O
|
Manteiga de cacau
|
6
| |
Ácido isoesteárico
|
6 – 7
| |
PPG-15-estearil éter
|
7
| |
Petrolato
|
7 – 8
| |
Silicone volátil (Ciclometicone)
|
7 – 8
| |
Octildecanol
|
8
| |
Cera de abelha
|
9
|
4
|
Óleo de jojoba
|
9
| |
Óleo de silicone (Dimeticone)
|
9
| |
Adipato de diisopropila
|
9
| |
Parafina
|
10
|
4
|
Óleo mineral parafínico
|
9 – 11
|
4 – 5
|
Óleo mineral naftênico (aromático)
|
11 – 12
|
6
|
Vaselina líquida
|
11
| |
Estearato de butila
|
11
| |
Miristato de isopropila
|
11 – 12
| |
Palmitato de isopropila
|
11- 12
| |
Parafina branqueada
|
12 – 14
| |
Lanolina anidra
|
12
|
8
|
Monoestearato de glicerila
|
13
|
3,8
|
Lanolato de isopropila
|
14
| |
Álcool cetílico
|
15 – 16
|
1,3
|
Álcool estearílico
|
15 – 16
| |
Ácido esteárico
|
15
| |
Ácido láurico
|
16
|
· Cálculos de uso de emulsionantes
O valor de ELH para se obter a melhor emulsão é o valor de ELH da fase oleosa. Na prática é comum utilizar uma mistura de emolientes, onde o emoliente é a média ponderada dos ELH dos emolientes usados. O ELH necessário para emulsionar à fase oleosa é igual à fração do emoliente na fase oleosa multiplicado pelo seu ELH.
Como exemplo, na emulsão de parafina de ELH requerido igual a 10, será necessária uma mistura de emulsionantes cujo ELH seja de aproximadamente 10. além disso, devem ser observadas as regras de compatibilidade química e a quantidade de emulsionante (geralmente de 20 a 25% da fase oleosa).
ESSÊNCIAS:
As essências devem ser adicionadas às formulações sempre abaixo de 40ºC e é conveniente que sejam pré-dissolvidas em ativos com ação sobreengordurante como a glicerina, propilenoglicol, polietilenoglicóis, dietanolamidas, polissorbatos e óleos fixos para que tenham uma perfeita fixação no produto e no usuário após a aplicação do mesmo.
Concentrações tradicionais de uso de essências
Antiperspirantes 0,5 – 1,0%
Sabonetes comuns 1,0 – 1,5%
Sabonetes transparentes 1,5 – 3,0%
Sabonetes líquidos 1,0 – 1,5%
Talcos 0,5 – 1,0%
Espumas de banho 1,0 – 3,0%
Sais de banho 3,0 – 5,0%
Óleos de banho 3,0 – 5,0%
Perfumes 3,0 – 10%
Creme de barbear 1,0 – 1,5%
Batom 0,5 – 1,0%
Shampoo 0,2 – 1,0%
Cremes 0,2 – 0,5%
Loções 0,2 – 0,5%
Condicionadores 0,2 – 0,5%
Bronzeadores 0,2 – 0,5%
SOLUÇÕES TÓPICAS
São preparações farmacêuticas líquidas aplicadas topicamente onde os princípios ativos estão geralmente solubilizados. O conhecimento dos principais solventes utilizados é fundamental, pois a solubilização e homogeneização dos fármacos é fundamental para o efeito do medicamento e para a qualidade do produto final. Os principais solventes são:
- ÁGUA
A água é o solvente mais utilizado em farmacotécnica. A água deve satisfazer as exigências legais em relação às características físicas, químicas e microbiológicas. A água potável (filtrada) é usada como matéria-prima para a obtenção de água destilada, deionizada, esterilizada ou para injeção, as quais são e,pregadas rotineiramente em farmácia magistral.
Água Deionizada: Para pequenos volumes, o processo consagrado é o da deionização por troca iônica. Um deionizador de bancada possui uma grande superfície de resina em contato com a água, onde há acumulo de impurezas, facilitando a proliferação de microorganismos. Para recuperar as resinas, é necessário regenerar o sistema cada vez que o condutímetro indicar saturação.
A sanitização de resinas é feita com a aplicação de hipoclorito de sódio a 5% e deve ser realizada semanalmente. Devendo após isso, esvaziar todo o conteúdo do deionizador até que a água não apresente traços de cloro.
A regeneração de resinas deve ser feita apenas quando o sistema indicar saturação. Em resinas de troca catiônicas deve aplicar solução de ácido clorídrico 4% e em resinas de troca aniônicas deve-se aplicar solução de hidróxido de sódio 4%.
Água Destilada: Do ponto de vista microbiológico é o melhor processo de purificação de água, pois envolve mudança de estado físico, fornecendo teoricamente água estéril. O destilador e o barrilete devem ser limpos e sanitizados periodicamente e o armazenamento da água é contra-indicado.
Água Esterilizada:Água destilada que foi esterilizada, despirogenada e acondicionada em recipientes limpos e hermeticamente fechados, utilizada no preparo de colírios e injetáveis, podendo conter ou não bacteriostáticos.
- ÁLCOOL ETÍLICO
Segundo solvente mais utilizado, diminui a possibilidade de hidrólise, tem conservação indefinida e pode ser misturado com água. É usado em soluções hidroalcóolicas extrativas de princípios ativos (de 45 – 90%), em soluções anti-sépticas e desinfetantes (70%).
Constitui um bom solvente para essências, alcalóides, glicosídeos, sendo, porém fraco para gomas e proteínas. Loções tópicas de etanol são usadas para facilitar a penetração de ativos na pele.
Usos do álcool etílico |
Concentrações
|
Preservativo antimicrobiano
|
Acima de 10%
|
Desinfetante
|
60 – 90%
|
Solvente extrativo em produtos galênicos
|
Até 85%
|
Solvente em preparações líquidas de uso oral
|
Variável
|
Solvente em soluções injetáveis
|
Variável
|
Solvente em produtos tópicos
|
60 – 90%
|
Solvente em film coating
|
Variável
|
Incompatibilidades:
- Em condições ácidas, soluções etanólicas podem reagir violentamente com agentes oxidantes;
- Misturas com álcalis podem escurecer devido a reações com quantidades residuais de aldeídos;
- Substâncias biológicas e gomas podem precipitar;
- Loções hidroalcóolicas acima de 20ºGL podem inativar os lipossomas.
- GLICERINA
A glicerina é utilizada em uma grande variedade de preparações farmacêuticas incluindo preparações de uso oral, auricular, oftálmico, tópico, parenteral e cosméticos.
Em formulações tópicas e cosméticas é usada por suas propriedades umectantes e emolientes. Em formulações parenterais é usada como solvente e em preparações orais é usada como antimicrobiana, edulcorante e doador de viscosidade.
Usos da glicerina |
Concentrações
|
Preservativo antimicrobiano
|
Acima de 20%
|
Emoliente e umectante
|
Até 30%
|
Formulações oftálmicas
|
0,5 – 3,0%
|
Solvente para preparações parenterais
|
Até 50%
|
Agente edulcorante em preparações orais
|
Até 20%
|
Incompatibilidades:
- A glicerina pode explodir se misturada com agentes oxidantes fortes como o trióxido de cromo, clorato de potássio e permanganato de potássio;
- Pode ocorrer escurecimento na presença de luz, com óxido de zinco ou subnitrato de bismuto;
- Se contaminada por ferro, pode escurecer em misturas com fenóis, salicilatos e taninos;
- PROPILENOGLICOL
O propilenoglicol tem sido amplamente utilizado como um solvente, extrator e conservante em uma variedade de preparações farmacêuticas de uso parenteral e não parenteral. Ele é melhor solvente que a glicerina e dissolve uma variedade de substâncias tais como, corticóides, fenóis, sulfas, barbituratos, vitaminas A e D, a maioria dos alcalóides e vários anestésicos locais. Apresenta ação anti-séptica similar ao etanol, porém pouco menos efetivo. O propilenoglicol é também utilizado em cosméticos como umectante, como veículo de emulsificantes e flavorizantes, como doador de viscosidade e para aumentar o tempo de permanência da droga na superfície cutânea.
Usos do propilenoglicol |
Forma farmacêutica
|
Concentrações
|
Preservativo
|
Soluções, semi-sólidos
|
15 – 30%
|
Emoliente e umectante
|
Tópica
|
Até 30%
|
Solvente ou co-solvente
|
Aerossol
Soluções orais
Soluções parenterais
Tópicos
|
10 – 30%
10 – 25%
10 – 60%
5 – 80%
|
Incompatibilidades:
- O propilenoglicol é incompatível com agentes oxidantes fortes como o trióxido de cromo, clorato de potássio e permanganato de potássio;
- POLIETILENOGLICOL 400
Os polietilenoglicóis são amplamente utilizados em uma variedade de preparações farmacêuticas, incluindo parenteral, tópica, oftálmica, oral e retal. São estáveis, de característica hidrofílica e não irritantes à pele. Embora eles não penetrem rapidamente na pele, os PEGs são solúveis em água e como tal são facilmente removidos da pele com lavagem.
Em soluções aquosas pode ser usado como agente suspensor e doador de viscosidade e consistência. Quando em conjunto com outros emulsificantes, podem atuar como estabilizantes de emulsões. Também pode ser usado para aumentar a solubilidade de substâncias pouco solúveis em água.
Incompatibilidades:
· Pode ser incompatível com alguns corantes;
· A atividade antibacteriana de certos antibióticos, particularmente penicilina e bacitracina, é reduzida em bases de polietilenoglicóis;
· A eficácia conservante dos parabenos podem ser reduzidas;
· Descolorações de antralina e sulfonamidas podem ocorrer e o sorbitol pode precipitar de soluções.
- ÉTER SULFÚRICO
O éter sulfúrico é um líquido límpido, incolor, de odor característico, inflamável, muito volátil, produzindo considerável resfriamento na pele. É solúvel com o etanol, óleos, essências e dissolve as gorduras, resinas, enxofre e etc.
Incompatibilidades:
· Ácido sulfúrico: formação lenta de ácido sulfovínico ou sulfato de óxido de etila, com novas propriedades.
· Ácido crômico, permanganatos solúveis: forte oxidação podendo resultar em mistura explosiva;
· Sais e álcalis em geral: geralmente são insolúveis em éter;
· Água: são miscíveis com o éter somente em mínima proporção;
· Oxidantes em geral: convertem lentamente o éter em peróxido de etila e hidrogênio;
· Proteínas: são insolúveis em éter e podem precipitar de soluções.
- ÓLEOS VEGETAIS
Têm grande aplicação em preparações tópicas farmacêuticas e cosméticas, injetáveis oleosos, colírios oleosos e como solvente.
Os principais óleos vegetais usados são os de soja, milho, girassol, amêndoas, semente de uva, macadâmia, etc.
- ÓLEO MINERAL
O óleo mineral é utilizado principalmente como excipiente em formulações tópicas onde exerce ação emoliente e solvente.
Usos do óleo mineral |
Concentrações
|
Pomadas oftálmicas
|
3 – 60%
|
Preparações auriculares
|
0,5 – 3%
|
Emulsões tópicas
|
1 – 32%
|
Pomadas tópicas
|
0,1 – 95%
|
Incompatibilidades:
- Incompatível com agentes oxidantes fortes.
- DIMETILSULFÓXIDO
O DMSO passa rapidamente pelo estrato córneo da pele e devido esta propriedade tem sido utilizado em preparações farmacêuticas como otimizador da absorção cutânea.
Tem sido empregado com esta finalidade em formulações contendo barbituratos, antifúngicos (griseofulvina, fluconazol, miconazol, etc), fenilbutazona, minoxidil, ácido salicílico, ácido retinóico, anestésicos locais, antiinflamatórios de aplicação tópica, antibióticos tópicos, quaternários de amônio, etc.
TENSOATIVOS
Classificação dos tensoativos:
· Aniônicos – Carga residual negativa ( lauril sulfato de sódio, estearato de trietanolamina ).
· Catiônicos – Carga residual positiva (cloreto cetiltrimetil amônio ).
· Não iônicos – Não têm carga residual ( álcool ceto-estearílico etoxilado, ésteres de sorbitan ).
· Anfóteros – Carga residual positiva ou negativa dependendo do pH do meio ou a associação de outros tensoativos para definição ( betaína de coco ).
Base De Sabonete Líquido Perolado
Lauril éter sulfato de sódio 30,0%
Agente perolizante 2,0%
Dietanolamida ácido graxo de coco 5,0%
Anfótero betaínico 5,0%
EDTA solução 5% 1,0%
Ácido Cítrico solução 10% 1,0%
Metilparabeno solução 10% 1,0%
Glicerina 5,0%
Água destilada qsp 100%
Misturar o lauril éter sulfato de sódio, ácido cítrico, EDTA e metilparabeno com um pouco de água. A parte misturar a dietanolamida, o agente perolizante e a glicerina e adicionar água aos poucos até formar uma solução fluida. Dissolver o anfótero na água restante e verter no restante da fórmula. pH final entre 5,0 e 6,5.
- Base de Espuma de Banho
Lauril éter sulfato de sódio 50,0%
Dietanolamida ácido graxo de coco 5,0%
Anfótero betaínico 5,0%
EDTA solução 5% 1,0%
Ácido Cítrico solução 10% 1,0%
Metilparabeno solução 10% 1,0%
Água destilada qsp 100%
Misturar o lauril éter sulfato de sódio, ácido cítrico, EDTA e metilparabeno com um pouco de água. A parte misturar a dietanolamida com água aos poucos até formar uma solução fluida. Dissolver o anfótero na água restante e verter no restante da fórmula. pH final entre 5,0 e 6,5.
- Base de Creme Condicionador
Fase A: álcool ceto-estearílico 2,5%
Propilparabeno solução 10% 1,0%
Vaselina líquida 8,0%
Fase B: EDTA solução 5% 1,0%
Ácido Cítrico solução 10% 1,0%
Metilparabeno solução 10% 1,0%
Cloreto de cetil trimetil amônio 25% 4,0%
Água destilada qsp 100%
Aquecer as fases A e B à 70ºC e verter a fase B sobre a A. Mexer até resfriar. pH final entre 4,0 e 5,5.
- Base de Shampoo
Lauril éter sulfato de sódio 25,0%
Dietanolamida ácido graxo de coco 4,0%
Anfótero betaínico 4,0%
EDTA solução 5% 1,0%
Ácido Cítrico solução 10% 1,0%
Metilparabeno solução 10% 1,0%
Água destilada qsp 100%
Misturar o lauril éter sulfato de sódio, ácido cítrico, EDTA e metilparabeno com um pouco de água. A parte misturar a dietanolamida com água aos poucos até formar uma solução fluida. Dissolver o anfótero na água restante e verter no restante da fórmula. pH final entre 6,0 e 6,5.
· Creme Base
Fase A: Polawax 10%
Vaselina líquida 2,0%
álcool ceto-estearílico 2,5%
Propilparabeno solução 10% 1,0%
BHT solução 5% 1,0%
Fase B: Propilenoglicol 5,0%
EDTA solução 5% 1,0%
Metilparabeno solução 10% 1,0%
Água destilada qsp 100%
Aquecer as fases A e B a 75 graus e verter a fase B sobre a fase A. Mexer até atingir 40 graus e juntar a fase C. Verificar pH final = a 6,5.
· Loção Base
Fase A: Polawax 6%
Vaselina líquida 2,0%
álcool ceto-estearílico 1,5%
Propilparabeno solução 10% 1,0%
BHT solução 5% 1,0%
Fase B: Propilenoglicol 5,0%
EDTA solução 5% 1,0%
Metilparabeno solução 10% 1,0%
Água destilada qsp 100%
Aquecer as fases A e B a 75 graus e verter a fase B sobre a fase A. Mexer até atingir 40 graus e juntar a fase C. verificar pH final = a 6,5.
· Base de Gel Cosmético
Solução de Carbopol 2% 30%
Glicerina 5,0%
EDTA solução 5% 1,0%
Metilparabeno solução 10% 1,0%
Água destilada qsp 100%
AMP 0,7%
Misturar os componentes e por último adicionar o AMP. Para preparar a solução de carbopol, deixar os componentes da fórmula abaixo em contato por 24h e depois processar em um mix.
Solução de carbopol:
Carbopol 940 2%
Metilparabeno solução 10% 1%
Glicerina 5%
Água destilada qsp 100%
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