6 de setembro de 2011
O Victoza é um produto biológico, ou seja uma molécula de alta complexidade, de uso injetável, contendo a substância liraglutida, aprovado pela Anvisa para comercialização no Brasil em março de 2010. Para o registro do produto na Anvisa, foram apresentados estudos clínicos que comprovaram eficácia e segurança do produto para uso específico como tratamento de diabetes tipo 2.
Portanto, a indicação de uso do medicamento aprovada pela Anvisa é como “adjuvante da dieta e atividade física para atingir o controle glicêmico em pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2, para administração uma vez ao dia como monoterapia ou como tratamento combinado com um ou mais antidiabéticos orais (metformina, sulfoniluréias ou uma tiazollidinediona), quando o tratamento anterior não proporciona um controle glicêmico adequado”.
Nos estudos clínicos do registro e nos relatórios de segurança periódicos apresentados a Anvisa, foram relatados eventos adversos associados ao Victoza, sendo os mais frequentes: hipoglicemia, dores de cabeça, náusea e diarréia. Além destes eventos destacam-se outros riscos, tais como: pancreatite, desidratação e alteração da função renal e da tireóide.
A única indicação aprovada atualmente para o medicamento é como agente antidiabético. Não há, até o momento, solicitação na Anvisa por parte da empresa detentora do registro de extensão da indicação do produto para qualquer outra finalidade. Não foram apresentados a Anvisa estudos que comprovem qualquer grau de eficácia ou segurança do uso do produto Victoza para redução de peso e tratamento da obesidade.
A Anvisa não reconhece a indicação do Victoza para qualquer utilização terapêutica diferente da aprovada e afirma que o uso do produto para qualquer outra finalidade que não seja como anti-diabético caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população.
Fonte Anvisa
Veja a reportagem abaixo:
Veja a reportagem abaixo:
Aliado contra a obesidade
Remédio para diabetes 2 também ajuda a perder os quilos a mais, sem riscos à saúde
POR CLARISSA MELLO
Rio - Medicamento usado para diabetes tipo 2, injetável, está fazendo sucesso entre quem tem alguns quilos a mais. Há três meses no Brasil, a Liraglutida (vendida sob o nome de Victoza) tem capacidade de promover a saciedade oito vezes mais rápido que o normal. Resultado: a pessoa tem menos vontade de comer e, então, emagrece. Já há relatos de perda de até 12 quilos em cinco meses.
Diferentemente dos anorexígenos e da Sibutramina — que podem ser proibidos em breve pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária —, a droga não teria riscos e seus efeitos colaterais seriam brandos. Isso porque imita substância já existente no organismo: o hormônio GLP-1.
Obesidade é doença
Como emagrecedor, a droga ainda não tem registro — por isso, a Anvisa desaconselha o uso. Mas alguns médicos já a estão receitando para pacientes que não têm diabetes, mas precisam emagrecer.
“A obesidade é uma doença crônica, mas não há um medicamento efetivo para controlá-la”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Airton Golbert. “O laboratório Novo Nordisk (que fabrica o Victoza) está testando a droga para que seja usada também no emagrecimento. Pode ser uma alternativa”, completa. Para auxiliar a perder peso, a dose deve ser o dobro da usada para controlar o diabetes — o que engorda o preço de R$ 300 para R$ 500 por mês.
Diferentemente dos anorexígenos e da Sibutramina — que podem ser proibidos em breve pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária —, a droga não teria riscos e seus efeitos colaterais seriam brandos. Isso porque imita substância já existente no organismo: o hormônio GLP-1.
Arte: O Dia
Ele reduz os movimentos de contração intestinal toda vez que o alimento chega ao intestino, aumentando o tempo de digestão — o que favorece a sensação de saciedade. O GLP-1 também estimula partes do cérebro ligadas à satisfação. A Liraglutida faz o mesmo, mas não depende do alimento para agir. Além disso, seu efeito dura 24 horas (a saciedade permanece por mais tempo), enquanto o GLP-1 age por três minutos.Obesidade é doença
Como emagrecedor, a droga ainda não tem registro — por isso, a Anvisa desaconselha o uso. Mas alguns médicos já a estão receitando para pacientes que não têm diabetes, mas precisam emagrecer.
“A obesidade é uma doença crônica, mas não há um medicamento efetivo para controlá-la”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Airton Golbert. “O laboratório Novo Nordisk (que fabrica o Victoza) está testando a droga para que seja usada também no emagrecimento. Pode ser uma alternativa”, completa. Para auxiliar a perder peso, a dose deve ser o dobro da usada para controlar o diabetes — o que engorda o preço de R$ 300 para R$ 500 por mês.
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