9.13.2011

Exercício aeróbico diminui risco de demência

Atividade física também diminui o progresso da doença

Exercícios físicos diminuem o risco do desenvolvimento da demência Exercícios físicos diminuem o risco do desenvolvimento da demência
O exercício aeróbico está relacionado a um menor risco do desenvolvimento de demência e diminui o progresso da doença quando ela começa. É o que sugere uma revisão publicada na edição deste mês da revista Mayo Clinic Proceedings. O estudo avaliou o papel do exercício aeróbico na prevenção das habilidades cognitivas.

Confira outras conclusões


  1. • Exercícios feitos por pessoas na meia-idade reduzem dos riscos de comprometimento cognitivo leve.
  2. • Pacientes com demência tiveram pontuação melhor depois de 6 a 12 meses de exercício em comparação com pacientes sedentários.
  3. • Idosos acompanhados durante um ano de práticas de atividade física tiveram mudanças na memória espacial quando comparados com aqueles que não faziam nada.
  4. • Além de melhorar a cognição, o exercício pode também diminuir risco de doenças cerebrovasculares.
Segundo os pesquisadores, o exercício aeróbico não é apenas um exercício de ginástica, mas inclui andar a pé e fazer tarefas em casa. Para chegar aos resultados, eles consideraram todos os estudos científicos que tinham como tema exercício e cognição, incluindo pesquisas realizadas com animais e estudos observacionais. Foram revisados mais de 1.600 estudos, sendo que 130 lidavam diretamente com o tema.
"Concluímos que podemos ter um argumento muito convincente para a realização de exercício como uma estratégia para prevenir a demência e comprometimento cognitivo leve, além de modificar favoravelmente estes processos, uma vez que ele já foi desenvolvido", disse Eric Ahlskog, líder do estudo.
Ele salienta que os estudos envolvendo imagens do cérebro mostram evidências consistentes e objetivas sobre os benefícios do exercício na preservação da integridade do cérebro humano. Além disso, eles também observam que estudos feitos com animais mostram que a atividade física melhora o funcionamento do cérebro e também aumenta as conexões entre as células do cérebro, fato conhecido como neuroplasticidade. "O exercício não deve ser menosprezada como uma importante estratégia terapêutica", diz Ahlskog.
O pesquisador afirmou que mais pesquisas devem ser feitas para olhar mais de perto a relação entre o exercício e a função cognitiva. Os estudos até agora, porém, suportam a idéia de que eles trazem benefícios. "Os médicos devem continuar a incentivar o exercício não só para a saúde geral, mas também para a saúde cognitiva."
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