9.13.2011

Pessoas atraentes tendem a ser mais egoístas


Natalie Portman e seu rosto  simétrico/ Reuters
RIO - Um novo estudo diz que as pessoas abençoadas com características faciais simétricas e, portanto, mais atraentes, como a atriz Natalie Portman e o ator George Clooney, são menos propensas a cooperar e são mais egoístas, mantendo o foco em seus próprios interesses. Segundo os autores da pesquisa, a explicação pode ser encontrada na seleção natural durante milhares de anos. Eles afirmam que, em num nível subconsciente, as pessoas tendem a ver os atributos físicos simétricos como um sinal de boa saúde, o que leva à atração física.
A pesquisa será apresentada no encontro anual dos agraciados com o Prêmio Nobel em Lindau, na Alemanha, de 23 a 27 de agosto. Estudos anteriores sugeriram que os indivíduos com rostos simétricos tendem a sofrer menos doenças congênitas e, portanto, seriam melhores parceiros para o acasalamento. Então, dizem os autores, essas pessoas se acham mais autossuficientes e têm menos necessidade de procurar a ajuda de outras.
Os autores, Santiago Sanchez-Pages, que trabalha nas universidades de Barcelona e Edimburgo, e Enrique Turiegano, da Universidade Autônoma de Madri, também investigaram a relação entre os níveis de cooperação e exposição à testosterona durante o desenvolvimento. A testosterona é geralmente associada a comportamentos agressivos, sugerindo que os "machos alfa" não são bons para trabalho em equipe. Mas os próprios investigadores dizem que esta é apenas uma verdade parcial e que a testosterona pode promover um comportamento de cooperação. E concluem que "os indivíduos expostos a altos níveis de testosterona durante o desenvolvimento fetal não cooperaram menos do que o resto dos participantes, e cooperaram até mais que indivíduos com níveis médios do hormônio".
Na opinião dos autores, não se pode ter uma "conclusão simplista" e achar que a assimetria facial e o nível de testosterona podem ser usados para prever o comportamento de uma pessoa. Mas a pesquisa poderá ajudar a entender melhor algumas condutas

O Globo.

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