9.15.2011

Pré-candidata republicana à Presidência dos EUA diz que vacina contra o vírus HPV causa 'retardo mental'


A pré-candidata republicana Michele Bachmann durante debate - AFP
WASHINGTON - Em baixa nas pesquisas e tentando combater a percepção de que a disputa republicana se resume aos rivais Rick Perry e Mitt Romney, a pré-candidata americana Michele Bachmann conseguiu ganhar as manchetes após afirmar que a vacina contra o vírus HPV causa 'retardo mental'. Como governador do Texas, Perry baixou um decreto determinando que meninas fossem vacinadas com Gardasil contra o vírus sexualmente transmissível que causa câncer de colo do útero.
- Uma mãe aos prantos veio até mim aqui em Tampa, Flórida, após o debate. Ela me disse que sua filha mais nova tomou a vacina, e que ela sofreu de retardo mental em seguida - afirmou Michelle em entrevista à Fox News após o debate republicano da última terça-feira.
Durante o debate, a deputada pelo Estado de Minnesota e um dos ícones do Tea Party chegou a acusar Perry de ter lucrado com a medida, lembrando que um de seus assessores era lobista de um laboratório que, estima-se, ganhou milhões de dólares com a venda das vacinas.
- Sou mãe de três crianças - disse Michele na ocasião. - Meninas de 12 anos serem forçadas pelo governo a tomarem uma injeção é algo totalmente errado. Isso nunca deveria ser feito.
Perry admitiu que a medida, já revogada, foi equivocada, mas criticou a adversária por sugerir que a vacina possa provocar.
- A vacinação deveria ter sido opcional em vez de compulsória - afirmou o republicano após o debate. - Mas a declaração (de Michelle) não é verdadeira, não tem base em fatos reais.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA afirmou que das 35 milhões de doses de Gardasil distribuídas no país, apenas 0,05% provocaram efeitos colaterais. E nenhum caso de retardo mental foi relatado.
- Não há qualquer evidência científica crível de que as vacinas causam retardo mental ou autismo. Ela deveria parar de tentar fomentar o medo a fim de avançar em sua agenda política - afirmou ao site Politico Evan Siegfried, porta-voz da Parceria Global e Regional da Síndrome de Asperger.

Agencias Internacionais.

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