É incessante a ofensiva contra as doações para pagar as multas impostas injustamente pelo Supremo Tribunal Federal aos réus petistas da AP 470. Após o inconformismo declarado de articulistas, colunistas e oposição, agora tentam colocar em dúvida a legitimidade das colaborações.
Ontem, por exemplo, o ministro do STF Gilmar Mendes
perguntou se “esse dinheiro que está voltando é de fato de militantes”. “Ou estão distribuindo dinheiro para fazer esse tipo de doação? Será que não há um processo de lavagem de dinheiro aqui? São coisas que nós precisamos examinar”, afirmou.
Hoje, a Folha de S.Paulo noticia que o Ministério Público está investigando as doações. Não foi apresentado, por ninguém, qualquer indício que justifique a acusação de lavagem de dinheiro.
De qualquer modo, o MP vai ter a oportunidade de verificar a verdade. Certamente o resultado de uma investigação independente vai frustrar aqueles que mostram inconformismo com as doações.
Foram emblemáticas as declarações do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sobre as acusações: “Eu fui uma das pessoas que contribuíram. É mais do que legítimo que os cidadãos possam contribuir para algo que consideram adequado. Eu desafio o ministro Gilmar Mendes a mostrar onde é que existe lei que proíba isso. Acho que ele não conhece a lei brasileira”.
O advogado de Genoino, Luiz Fernando Pacheco, disse à Folha que as contas da campanha estão à disposição das autoridades: “A única lavagem que aconteceu foi da alma dos brasileiros indignados com o julgamento”.
Arnaldo Malheiros Filho, advogado de Delúbio Soares, afirmou também à Folha que todas as doações foram pequenas e estão à disposição da Justiça: “Tudo aconteceu à luz do dia, não há nenhum tipo de irregularidade”.
E Miruna Genoino soltou comunicado afirmando que, em meio à estratégia de tentar colocar em dúvida a transparência das daoções, “nada melhor do que relembrar e reforçar nosso trabalho incansável para que tudo aconteça de forma limpa e clara”.
Ela disponibilizou um link no qual estão os comprovantes de transferência do excedente, bem como do pagamento do imposto da doação.
“Nossa campanha foi feita por muita gente, gente com nome, rg e cpf (no caso do meu pai, temos 2.620 pessoas que nos mandaram essas informações, por exemplo) e por isso não temos medo de provar nada caso seja necessário”, disse Miruna.
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