Homens estavam na pista de skate do Parque do Flamengo. De acordo com moradores, eles agridem e torturam pessoas que julgam suspeitas
Rio - Acusados de integrar um bando intitulado
"Justiceiros do Flamengo" foram presos na madrugada desta terça-feira e
encaminhados à 9ª DP (Catete). O grupo foi apontado por moradores de rua
como responsável pela tortura a um rapaz, na última sexta-feira, que
foi preso pelo pescoço por uma trava de bicicleta em um poste no Aterro
do Flamengo. Os suspeitos estavam na pista de skate do Parque do
Flamengo quando foram surpreendidos pelos policiais.
Ele teria dito que um grupo de três motoqueiros mascarados, intitulados de “Os justiceiros”, foi o responsável pela agressão. Um amigo que estaria com ele também teria sido espancado, mas não foi localizado. O adolescente, que precisou da ajuda de bombeiros para se libertar do local, foi levado para o Hospital Souza Aguiar. Em uma das fotos divulgadas, o menino aparentava chorar.
O fato dividiu opiniões na página na rede social da artista plástica. Enquanto muitos apoiaram a atitude de Yvonne de resgatar o jovem, outros criticaram a iniciativa. Em um dos comentários, um internauta postou que o fato foi “simbólico” porque, se a polícia não faz seu papel de prender, a população faz. Já outro afirmou que também poderia ter sido a vítima, porque é negro, morador da região e frequentemente não usa camisa.
“Muitas pessoas me mandaram mensagem com aqueles argumentos do tipo ‘está com pena, leva para casa’. Mas, se ele assaltava, a polícia tinha que ter prendido. O que não posso aceitar é que, em um bairro residencial, tenha acontecido isso”, disse Yvonne.
Caso ganha repercussão internacional
O site do tabloide britânico 'Daily Mail' destacou nesta terça-feira a imagem do rapaz com o título: "Vigilantes brasileiros pegam 'ladrão' e usam trava de bicicleta para prendê-lo pelo pescoço em um poste (após deixá-lo nu)". Na reportagem, o jornal destaca a atitude de algumas pessoas nas redes sociais, que apoiaram a violência contra o jovem.
Os presos maiores de idade foram
autuados por formação de quadrilha e corrupção de menores. Já os menores
de idade foram enquadrados por formação de quadrilha. Eles pagaram
fiança e foram liberados. Segundo moradores, o grupo vem atuando no
bairro desde o ano passado. Eles agridem e torturam pessoas que julgam
suspeitas.
A imagem chocou organizações sociais, usuários
do Facebook e moradores da área, que reconheceram o menor como um
assaltante da região. Segundo a autora da foto, a coordenadora do
Projeto Uerê, Yvonne Bezerra de Mello, que é moradora do bairro, o
garoto foi encontrado por volta das 23h, na sexta-feira, próximo à
esquina das avenidas Oswaldo Cruz e Rui Barbosa, com um corte na orelha e
marcas de tortura nas costas.Ele teria dito que um grupo de três motoqueiros mascarados, intitulados de “Os justiceiros”, foi o responsável pela agressão. Um amigo que estaria com ele também teria sido espancado, mas não foi localizado. O adolescente, que precisou da ajuda de bombeiros para se libertar do local, foi levado para o Hospital Souza Aguiar. Em uma das fotos divulgadas, o menino aparentava chorar.
O fato dividiu opiniões na página na rede social da artista plástica. Enquanto muitos apoiaram a atitude de Yvonne de resgatar o jovem, outros criticaram a iniciativa. Em um dos comentários, um internauta postou que o fato foi “simbólico” porque, se a polícia não faz seu papel de prender, a população faz. Já outro afirmou que também poderia ter sido a vítima, porque é negro, morador da região e frequentemente não usa camisa.
“Muitas pessoas me mandaram mensagem com aqueles argumentos do tipo ‘está com pena, leva para casa’. Mas, se ele assaltava, a polícia tinha que ter prendido. O que não posso aceitar é que, em um bairro residencial, tenha acontecido isso”, disse Yvonne.
Caso ganha repercussão internacional
O site do tabloide britânico 'Daily Mail' destacou nesta terça-feira a imagem do rapaz com o título: "Vigilantes brasileiros pegam 'ladrão' e usam trava de bicicleta para prendê-lo pelo pescoço em um poste (após deixá-lo nu)". Na reportagem, o jornal destaca a atitude de algumas pessoas nas redes sociais, que apoiaram a violência contra o jovem.
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