Especialistas alertam que peso excessivo pode causar sequelas na coluna
Projeto de Lei que estipula o peso máximo do acessório a 15% do peso do estudante será votado na Câmara dos Deputados e pode começar a valer ainda este ano.
O ortopedista e especialista em
coluna do Hospital das Clínicas de São Paulo Rogério Vidal esclarece que
os prejuízos das mochilas pesadas surgem em diversas áreas do corpo,
como joelhos, ombros e quadris, além da coluna. “Em muitos casos, a
consequência pode ser uma vida inteira com dores debilitantes”, alerta.
Para evitar as dores, Vidal recomenda
que os alunos adaptem o conteúdo das bolsas às matérias do dia. “Isso
significa descartar os volumes desnecessários”.
Ele alerta que os carrinhos não são solução. “A
mochila de rodinha pode sobrecarregar um dos ombros e levar a
alterações posturais”.Fiscalização: pais e colégio
O Projeto de Lei está na Câmara dos Deputados para votação final. Caso seja aprovado, segue para a sanção presidencial. Segundo o autor da medida, o deputado Sandes Júnior (PP-GO), se a lei for aprovada, os pais e o diretor de cada colégio deverão verificar se o peso da mochila não está excedendo o limite adequado para cada aluno.“Eu carregava mochila pesada na infância e hoje tenho dores na coluna”, diz.
O pai do estudante João Maurício, 12 anos, o agente administrativo, José Maurício Costa, 47, ficou preocupado quando o motorista que levava o filho ao colégio teve dificuldade de tirar a mochila do carro, por causa do peso. “Acho que ele devia carregar 20 quilos para o colégio todos os dias”, disse.
João conta que carregava quatro livros e quatro cadernos, além do dicionário. “Eu sentia dores nas pernas quando subia as escadas da escola. Nessa hora, percebia o peso real da mochila”.
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