6.15.2010

O EXCESSO DE PESO E OS RISCOS NA GESTAÇÃO

Veja os problemas que a obesidade pode trazer à mãe e ao bebê. Se o excesso de peso pode trazer diversos danos à saúde de uma pessoa, imagine quando esta pessoa é uma mulher grávida? Um estudo publicado no jornal americano Nursing for Women's Health, mostrou que tanto os bebes quanto as mães podem sofrer as conseqüências de uma gestação sem uma preparação física.

De acordo com a pesquisa, os bebês de mulheres que engravidaram obesas correm sérios riscos de sofrer malformações. Já as mães podem apresentar algumas complicações como diabete gestacional, hipertensão, pré-eclâmpsia e hemorragia no pós-parto.

“O excesso de peso ainda potencializa alguns desconfortos comuns na gravidez, como dificuldades para respirar e andar. Isso porque há um maior esforço cardiovascular para suportar os quilos a mais. O peso do abdômen também causa dores nas costas e nas pernas, aumentando a sensação de cansaço”, afirma o ginecologista e obstetra, Aléssio Calil Mathias.

Um outro estudo feito no Reino Unido mostrou que metade das mulheres que faleceram por causa de doenças na gravidez ou no parto eram obesas. Segundo o relatório, o risco é de quatro e cinco vezes maior, tanto para a gestante, quanto para o bebê.

A saúde da criança nos seus primeiros anos de vida também é um fator alarmante. De acordo com uma pesquisa da universidade de Harvard, elas correm mais risco de se tornar obesas na primeira infância. Outras complicações ainda mais graves merecem ser destacadas. É o que revelou um outro estudo do Instituto Nacional de Saúde dos EUA: A obesidade da mãe eleva em média 15% o risco de ter um bebê portador de problema no coração.

“Se a mulher está acima do peso e pretende engravidar, pode tomar uma medida preventiva neste sentido. Controlar o ganho de peso na gravidez é um ato de responsabilidade. Algumas vezes, isso não significa apenas manter uma dieta equilibrada. É preciso lembrar que a obesidade é multifatorial, ou seja, não tem apenas uma causa”, diz a endocrinologista Silvia Mizue.

Questões como herança genética, idade da mãe, condições socioeconômicas (que interferem na qualidade da alimentação), alterações clínicas já existentes (diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas) e questões comportamentais (beber, fumar), além de condições climáticas, que alteram o funcionamento do metabolismo, também devem ser consideradas no tratamento do sobrepeso e obesidade.

Por isso, se você quer ser mãe, o melhor é procurar um médico e seguir todas as suas orientações. Este alerta não vale apenas para aquelas mulheres que estão acima do peso. Gozar de boa saúde é essencial para quem quer gerar uma criança.

Sua Dieta

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