Dicas para mantê-lo limpo e funcionando a todo vapor. Afinal, o verão brasileiro não está de brincadeira!
Segundo o Dr. Ricardo Milinavicius, diretor da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), o ar-condicionado faz com que importantes regiões do pulmão fiquem ressecadas:
“A mucosa nasal é revestida por cílios vibrantes, responsáveis por expulsar bactérias, fungos e vírus que adentram em nosso organismo pelo ar que respiramos. Como há o ressecamento da região, a chance de se contrair infecções aumenta”, explica.
O filtro dos ares-condicionados não consegue reter todas as impurezas existentes, que se acumulam nos dutos e fazem com que a circulação de ar prejudique a saúde de quem está exposto ao aparelho.
Assim, é extremamente necessário que o ar-condicionado seja higienizado e seu filtro trocado periodicamente. “Este é o principal desencadeador de doenças respiratórias: a falta de limpeza. Para pessoas que já apresentam quadros de bronquite, asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica, a DPOC, os riscos são ainda maiores, podendo levar a casos de sinusite, amidalite e até mesmo pneumonia”.
O ideal é evitar ao máximo a longa permanência em locais com grandes conglomerados de pessoas, onde existe uma enorme troca de infecções virais. Quando não há jeito, a melhor forma de se prevenir é através de hidratação. É essencial beber muita água e umidificar bem as vias aéreas nasais com soro fisiológico, que lava e higieniza completamente.
Dependendo do caso, uma medida mais extrema ainda pode ser tomada. “Para alguns pacientes, como portadores de asma ou DPOC que estão sujeitos a passar por uma crise a qualquer momento, é indicada a aplicação de vacina contra pneumonia para aumentar a imunidade, principalmente em pessoas com mais de 50 anos”, comenta o médico.
Limpeza é fundamental
Conforme o especialista, não só o filtro do ar-condicionado deve ser higienizado, mas também os dutos internos, pois é lá que bactérias e resquícios de água ficam alojados.
A limpeza é normalmente realizada a cada três meses e, a cada seis, deve-se trocá-lo. O mesmo serve para o ar-condicionado de carros, porém, o parâmetro para troca é de 5 mil a 10 mil quilômetros rodados, o que dá aproximadamente um ano.
“É preciso ressaltar a real necessidade de uma manutenção frequente desses aparelhos, pois normalmente as pessoas se esquecem de fazê-lo ou deixam para depois, o que resulta em um desconforto geral e constante” conclui o especialista.
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