STF paga diárias de Joaquim Barbosa na Europa durante as férias
Ministro receberá 11 diárias, no valor total de R$ 14.142,60, para proferir duas palestras, em Paris e Londres
Rio - O presidente do Supremo Tribunal Federal,
Joaquim Barbosa, receberá 11 diárias, no valor total de R$ 14.142,60,
durante suas férias, para dar duas palestras, em Paris (França) e
Londres (Inglaterra). Dados do tribunal mostram que Barbosa receberá
diárias para viajar no período de 20 a 30 de janeiro, segundo a matéria
da Agência Estado, publicada no site do iG.
A primeira palestra que Barbosa fará está marcada para o dia 24 em Paris, segundo a assessoria do Supremo. A segunda ocorre cinco dias depois, em Londres. Até esta terça-feira, os eventos não constavam da agenda oficial do presidente do Supremo. Não há, também, informações sobre onde ele está hoje.
O cronograma do evento francês, publicado no site da Agence Nationale de la Recherche - uma agência do governo francês dedicada à pesquisa científica -, indica que Barbosa fará uma palestra de 30 minutos sobre a influência da publicidade das sessões do Supremo, transmitidas ao vivo pela TV Justiça, na racionalidade das decisões do tribunal.
O tribunal informou que os eventos estavam previstos na agenda de Barbosa e que seriam divulgados em "momento oportuno". Ainda conforme o tribunal, as passagens aéreas serão pagas pelas instituições e um assessor da Corte deve acompanhar o presidente. A assessoria disse que a íntegra das palestras será divulgada.
Interinos
Com a saída do ministro para as férias, assumiu interinamente o comando do STF a ministra Cármen Lúcia. No início da próxima semana, ela deixa o posto e em seu lugar assume temporariamente o ministro Ricardo Lewandowski.
Tanto Carmen como Lewandowski deverão deixar a tarefa de assinar o mandado do deputado do PT para Barbosa.
A defesa de João Paulo entende que nenhum dos dois ministros teria poder para determinar a prisão imediata do parlamentar. Tal decisão caberia somente a Barbosa, que é o relator do processo. De fora do País, conforme integrantes do tribunal, Barbosa não poderia assinar a ordem de prisão.
Além dessa pendência, o presidente da Corte tem de decidir também se ordena a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), igualmente condenado por envolvimento no esquema do mensalão, mas que permanece em sua casa em Levi Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro, aguardando a decisão do relator sobre seu caso.
Barbosa programou sua volta ao tribunal para a abertura do ano judiciário, no dia 3 de fevereiro. No rol de processos pendentes estão, entre outros, os recursos de parte dos condenados no processo do mensalão, o julgamento dos planos econômicos e o pagamento de expurgos decorrentes da correção das cadernetas de poupança - além da questão da constitucionalidade do financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas.
A primeira palestra que Barbosa fará está marcada para o dia 24 em Paris, segundo a assessoria do Supremo. A segunda ocorre cinco dias depois, em Londres. Até esta terça-feira, os eventos não constavam da agenda oficial do presidente do Supremo. Não há, também, informações sobre onde ele está hoje.
O cronograma do evento francês, publicado no site da Agence Nationale de la Recherche - uma agência do governo francês dedicada à pesquisa científica -, indica que Barbosa fará uma palestra de 30 minutos sobre a influência da publicidade das sessões do Supremo, transmitidas ao vivo pela TV Justiça, na racionalidade das decisões do tribunal.
Na segunda palestra, marcada para o
dia 29 na Inglaterra, o presidente do Supremo falará sobre o
funcionamento da Corte, em colóquio organizado pelo King’s College de
Londres.
Descanso até fevereiro
Oficialmente, Barbosa está em férias.
Voltará ao Supremo apenas no início de fevereiro, para a abertura do
ano do Judiciário. No final do ano passado, após a última sessão
plenária do tribunal, o ministro disse em entrevista que tiraria 20 dias
neste mês - do dia 10 ao dia 30.
Na ocasião, em entrevista gravada,
ele disse que descansaria até o fim de janeiro. Perguntado sobre seu
destino durante as férias, respondeu: "Você está querendo saber demais".
Entretanto, ele antecipou a saída e deixou pendente o mandado de prisão
do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado por envolvimento no
esquema do mensalão. De acordo com informações do tribunal, não houve
tempo hábil para que ele assinasse o mandado antes de viajar.
João Paulo permanece em liberdade, à
espera de uma decisão da Corte. Internamente, a decisão de seu
presidente de viajar antes de anunciar uma decisão para o caso do
petista provocou críticas entre colegas de tribunal.
Férias interrompidas
O STF informou que Barbosa
interromperá as férias para proferir as duas palestras. A assessoria da
Corte disse que o ministro se encontrará com autoridades dos dois países
nos outros dias e retribuirá visitas que teria recebido no Brasil. A
agenda desses encontros será divulgada "em breve".
De acordo com o STF, o pagamento de
diárias em dias que antecedem o compromisso se justifica: "O presidente
também visitará e retribuirá visitas a autoridades dos dois países. Em
todos os encontros o presidente abordará temas ligados ao funcionamento
das instituições brasileiras, especialmente o Supremo Tribunal Federal",
disse a Corte.
Barbosa foi convidado para o colóquio na França
pelo professor Dominique Rousseau, da Sorbonne, segundo o STF. O
convite do King's College de Londres foi feito quando a universidade
"tomou conhecimento da ida do presidente à França"O tribunal informou que os eventos estavam previstos na agenda de Barbosa e que seriam divulgados em "momento oportuno". Ainda conforme o tribunal, as passagens aéreas serão pagas pelas instituições e um assessor da Corte deve acompanhar o presidente. A assessoria disse que a íntegra das palestras será divulgada.
Interinos
Com a saída do ministro para as férias, assumiu interinamente o comando do STF a ministra Cármen Lúcia. No início da próxima semana, ela deixa o posto e em seu lugar assume temporariamente o ministro Ricardo Lewandowski.
Tanto Carmen como Lewandowski deverão deixar a tarefa de assinar o mandado do deputado do PT para Barbosa.
A defesa de João Paulo entende que nenhum dos dois ministros teria poder para determinar a prisão imediata do parlamentar. Tal decisão caberia somente a Barbosa, que é o relator do processo. De fora do País, conforme integrantes do tribunal, Barbosa não poderia assinar a ordem de prisão.
Além dessa pendência, o presidente da Corte tem de decidir também se ordena a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), igualmente condenado por envolvimento no esquema do mensalão, mas que permanece em sua casa em Levi Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro, aguardando a decisão do relator sobre seu caso.
Barbosa programou sua volta ao tribunal para a abertura do ano judiciário, no dia 3 de fevereiro. No rol de processos pendentes estão, entre outros, os recursos de parte dos condenados no processo do mensalão, o julgamento dos planos econômicos e o pagamento de expurgos decorrentes da correção das cadernetas de poupança - além da questão da constitucionalidade do financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas.
Um comentário:
Geralmente passo as minhas férias nos EUA. Agora vou arranjar uma conferência neste período, para quem sabe viajar por conta do governo e ainda por cima ganhar umas diárias.
Boa ideia ministro Joaquim....
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