9.30.2011

Apenas 2% dos infartados reconhecem sintomas do problema

Aperto no peito espalhando para o braço esquerdo, suor em excesso e perda da consciência são os sintomas clássicos

Quando se fala em sintomas de infarto, a maioria das pessoas cita a forte dor no peito e no braço esquerdo. Apesar de parecer uma informação bem difundida, pesquisa do Datafolha com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostra que não é simples a pessoa perceber que está enfartando. Dos mais de 600 entrevistados que já sofreram um infarto, apenas 2% souberam reconhecer os indícios do problema.
Aperto no peito espalhando para o braço esquerdo, suor em excesso e perda da consciência são os sintomas clássicos de um infarto. Porém, de acordo com o coordenador-geral de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde, Paulo Abrahão, nem sempre é fácil reconhecer a situação. Para ele, a melhor opção é ligar para o Samu 192.
"Os profissionais do Samu chegam ao local, com a ambulância, e conseguem fazer o atendimento e o tratamento precoce também", afirma Abrahão. As unidades do serviço também estão sendo equipadas com o tele-eletrocardiograma que transmite por celular as informações cardíacas do paciente. Uma parceira com o Hospital do Coração (HCor) permite a leitura e o envio de diagnóstico em instantes.

A enquete da SBC foi realizada entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011 em seis capitais (de SP, RJ, PR, BA, PA e GO).

Quem possui problemas cardíacos, é diabético, obeso ou leva uma vida sedentária têm sempre mais chances de sofrer um infarto. Segundo a Organização Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Uma pessoa é considerada hipertensa quando a pressão é igual ou superior a 14 por 9.

Como prevenir infartos
Um quarto da população brasileira tem pressão alta, segundo o Ministério da Saúde. A proporção de hipertensos é maior entre as mulheres. Mas o problema pode ser evitado com a mudança de hábitos alimentares.
De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Hipertensão do Ministério da Saúde, Rosa Sampaio, diminuir o consumo de sal é a principal medida a ser tomada. “A quantidade de sal recomendada é seis gramas por dia, o equivalente a quatro colheres rasas de café”.
Outra mudança importante é escolher melhor o que comer. Essa atitude é essencial para evitar problemas de saúde e não pesa no bolso. Basta preferir saladas e legumes e usar outros tipos de tempero como azeite e vinagre para dar sabor aos alimentos. Também evitar guloseimas doces, que também são ricas em sal. Além do infarto, a hipertensão sem tratamento pode levar a pessoa a um acidente vascular cerebral.
Época

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