DA FRANCE PRESSE, EM PARIS
A acareação entre o ex-diretor do FMI (Fundo Monetário Internacional) Dominique Strauss-Kahn e a jornalista francesa Tristane Banon, que acusa o político de tentativa de estupro em 2003, chegou ao fim nesta quinta-feira na sede da polícia judicial de Paris. Com um leve sorriso e sem fazer declarações, Strauss-Kahn deixou a Brigada de Repressão da Delinquência da Pessoa (BRDP) pouco depois das 11h30 (6h30 de Brasília). Ele passou duas horas e meia no local.
Banon, de 32 anos, solicitou a acareação como parte das investigações preliminares ordenadas pela promotoria após a denúncia apresentada em julho pela jornalista.
A acareação aconteceu sem a presença dos advogados e na mesma sala, o que não é comum em casos de crimes sexuais.
Miguel Medina/France Presse | ||
Dominique Strauss-Kahn, 62, deixa a sede da polícia Judicial, em Paris, após acareação com Tristane Banon |
Durante um primeiro interrogatório em 12 de setembro, Strauss-Kahn admitiu que fez "avanços" sobre a jovem. Mas em uma entrevista, DSK afirmou que a versão dos fatos apresentada por Banon é "imaginária e caluniosa".
Banon afirma que, em fevereiro de 2003, em um apartamento de Paris no qual Strauss-Kahn complementava uma entrevista concedida dias antes na Assembleia Nacional, o político tentou estuprá-la.
Após a acareação, a promotoria tem três opções: declarar a prescrição dos fatos, arquivar a denúncia ou abrir um processo a cargo de um juiz de instrução.
Banon afirmou que se a denúncia for arquivada, pretende apresentar uma ação na justiça civil.
Folha
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