Dia Mundial do Coração. Alimentação saudável, exercícios físicos e não ao tabagismo são fundamentais para cuidar do seu órgão vital.
Dia de cuidar da saúde do coração é todo dia, mas, o dia 29 de setembro, data em que se comemora o Dia Mundial do Coração, é uma ótima ocasião para nos lembrarmos da importância de ficar atento aos riscos de doenças cardíacas. Segundo especialistas, para prevenir problemas do coração é preciso prestar atenção à alimentação inadequada e à inatividade física, fatores ligados ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, principalmente as cardiovasculares, a obesidade, o diabetes mellitus e o câncer.
“Além disso, utilizar o leite desnatado no lugar do integral, consumir peixes, principalmente os ricos em ômega três como a sardinha, o atum e o salmão, de duas a três vezes por semana, queijos magros e derivados do leite com teor reduzido de gordura são recomendações para uma alimentação saudável”, finaliza a nutricionista.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou em 192 países, incluindo o Brasil, a iniciativa denominada “Estratégia Global de Alimentação, Atividade Física e Saúde” com o intuito de contribuir para a promoção da saúde e recomenda ações que incrementem o conhecimento sobre escolhas alimentares saudáveis.
A nutricionista cita algumas opções fundamentais quando falamos em cuidar do coração. São elas:
- Busque equilibrar as calorias ingeridas e gastas pelo organismo e com isso manter o peso saudável;
- Limite o consumo de gorduras totais. Substitua o consumo de gorduras saturadas por insaturadas e busque eliminar o consumo de gorduras trans;
- Aumente o consumo de frutas, legumes, verduras, cereais integrais e castanhas;
- Limite o consumo de açúcares livres;
- Limite o consumo de sal (sódio) de todas as fontes e assegure-se que o sal seja iodado;
- Brinque com as cores dos alimentos: quanto mais colorida, mais saudável é a sua alimentação;
- Recomenda-se que as pessoas realizem de quatro a seis refeições por dia: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia; • Incremente suas refeições com frutas, legumes ou verduras. As frutas podem ser usadas para enriquecer e dar um toque diferente nas saladas. Algumas verduras ou legumes podem ser cozidos juntos com o arroz (ex: brócolis, agrião, tomate, jiló), com algum tipo de carne (agrião ou cenoura) ou acrescentados à farofa (couve ou cenoura);
- As frutas frescas ou secas podem ser utilizadas nos lanches e durante reuniões de trabalho. Ficam saborosas quando combinadas com iogurte, a sementes torradas, como as de abóbora e girassol e a cereais, como granola e aveia.
Atividade física
O médico Ricardo Vivácqua, especialista em cardiologia e medicina esportiva e diretor Técnico do Serviço de Medicina do Exercício do Hospital Pró-Cardíaco, fortalece o coro a favor dos exercícios físicos. Para ele, a maneira mais fácil de se movimentar é a caminhada. “Caminhar 30 minutos por dia, cinco vezes por semana, é uma atividade simples que colabora na redução de 50% dos riscos de sofrer uma doença coronariana aguda”, disse.
Outro alerta importante do médico é em relação ao fumo. Uma atitude fundamental para cuidar bem do coração é não fumar, afinal, o tabagismo pode conduzir ao câncer e à doença coronariana, e atinge também o "fumante passivo", que sofre as mesmas consequências da pessoa que fuma.
Sua Dieta
Nesta quinta-feira, Dia Mundial do Coração, há pouco para celebrar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares, incluindo infarto e acidente vascular encefálico (ou derrame), são responsáveis por 17,3 milhões de óbitos ao ano em todo o mundo, sendo quatro em cada cinco mortes em países pobres ou em desenvolvimento. Todos os anos, 300 mil brasileiros são vítimas. Por outro lado, 80% dos infartos e derrames poderiam ser evitados com dieta saudável, prática de exercícios físicos pelo menos 30 minutos por dia, redução do estresse e fim do tabagismo, ensinam cardiologistas. Para incentivar esses hábitos, a Federação Mundial do Coração, em colaboração com a OMS, promove nesta quinta, em mais de cem países, atividades que destacam a importância da prevenção de doenças cardiovasculares e de seu diagnóstico precoce.
A hipertensão - que mesmo sem dar sinal ataca as artérias -, o excesso de açúcar - que leva ao diabetes - e o aumento de gorduras no sangue além de 200 mg/dL são os maiores vilões do coração. No Brasil, o número de hipertensos tem aumentado nas últimas décadas. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, pelo menos 50% das pessoas acima de 65 anos têm pressão alta, mal que já atinge 5% das crianças e dos adolescentes. A doença é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal grave.
E ter acesso à informação ajuda a prevenir. Quanto menos anos de estudo, maior o risco de adoecer, de acordo com a pesquisa "Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico" (Vigitel), realizada em parceria com a USP e publicada este ano. A pressão alta atinge 30% dos indivíduos com zero a 8 anos de escolaridade, contra 15,3% daqueles que dizem ter estudado entre 9 e 11 anos. Ainda afeta 16,2% com 12 ou mais anos de ensino regular. Essa diferença aumenta quando a comparação leva em conta o sexo. Pelo menos 34% das entrevistadas com menor escolaridade tinham hipertensão em 2010, contra 13% entre as mulheres com 12 ou mais anos de estudo.
No Rio, 29,2% são hipertensos. No caso das mulheres, este índice alcança 33,9%, e nos homens, 23,6%. Para piorar a situação, segundo o Ministério da Saúde, 52% dos moradores do Rio acima de 18 anos estão acima do peso, e 16% obesos, um dos principais fatores para hipertensão, doença que pode se tornar resistente, mesmo tomando mais de um medicamento.
- Há 30 anos, a pressão alta resistente afetava entre 1% e 3% dos hipertensos; hoje, entre 15% e 17% deles têm hipertensão de difícil controle - diz João Mansur Filho, chefe do serviço de Hipertensão do Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. - Nos últimos 20 anos esse índice piorou.
Além de medir a pressão arterial periodicamente com o médico e seguir à risca suas recomendações, praticar exercícios e controlar o estresse, é preciso reduzir ao máximo o consumo de sal. Vale a pena investir em frutas, legumes, hortaliças, cereais integrais e castanhas para cuidar do coração, ensina a nutricionista Jacqueline Farret, do hospital Pró-Cardíaco.
- Quanto mais colorida mais saudável será sua alimentação - ensina Jacqueline.
Algumas verduras ou legumes podem ser cozidos com o arroz, como, por exemplo, brócolis, agrião, tomate; com alguma carne (agrião ou cenoura) ou acrescentados à farofa (couve ou cenoura), diz Jacqueline. Já as frutas frescas ou secas são boas opções em lanches e reuniões de trabalho. E ficam saborosas com iogurte, sementes torradas (como de abóbora e girassol) e cereais, como granola e aveia.
- Prefira o leite desnatado ao integral, use queijos magros e derivados do leite com teor reduzido de gordura. Tente comer peixes, principalmente os ricos em ômega 3, como sardinha, atum e salmão, duas a três vezes por semana - sugere Jacqueline.
E procure se mexer. Caminhar 30 minutos por dia, cinco vezes por semana, é uma atividade simples que colabora na redução de 50% dos riscos de sofrer um infarto, diz Ricardo Vivácqua, diretor técnico do Serviço de Medicina do Exercício do Hospital Pró-Cardíaco.
- Uma forma de avaliar a caminhada é manter a marcha numa intensidade que lhe permita permanecer falando. Desta forma, você reduzirá os níveis de glicose e triglicerídeos no sangue, assim como a pressão arterial - explica o médico. - Antes de qualquer atividade física, é preciso passar por avaliação clínica/cardiológica, incluindo teste ergométrico e ecocardiograma.
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