Pela 1ª vez no Brasil, coração de paciente volta a bater após meses com órgão artificial
POR PÂMELA OLIVEIRA
Rio - Aos 48 anos, o comerciante carioca Sérgio Alexandre Leite Genaro pode dizer que nasceu de novo e, ao mesmo tempo, entrou para a história da Medicina no Brasil. Vítima de infarto, ele precisou de cirurgia para receber ponte de safena, mas, durante o procedimento, seu coração parou. A única opção foi a colocação de um órgão artificial — equipamento que fica fora do corpo e bombeia o sangue, substituindo a função cardíaca. Para surpresa de todos, o coração que havia parado voltou a funcionar três meses depois.
Foi a primeira vez no País que um paciente com o coração artificial teve seu órgão original recuperado e dispensou o aparelho sem necessidade de transplante. O tratamento foi feito no Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em Laranjeiras. “Eu não achei que meu coração voltaria a bater. Creio em Deus, mas cheguei a pensar que eu morreria”, contou Sérgio, emocionado.
Nascido no Rio e atualmente morando em São Gonçalo, ele teve um infarto em maio, quando dormia. O problema, no entanto, não foi diagnosticado. Meses depois, quando se preparava para cirurgia renal, um médico descobriu que o coração estava muito debilitado e o encaminhou para o INC, onde foi operado dia 2 de junho.
CASO É RARO NO MUNDO
“Ele ficou quase três meses com o coração artificial. E, se não fosse essa possibilidade, teria morrido”, afirma o cirurgião cardíaco Alexandre Siciliano. “A cirurgia de revascularização, o uso de medicamentos e o tempo em que o coração dele ficou de repouso, já que o artificial fazia seu trabalho, possibilitaram essa reabilitação do órgão. Ele foi um guerreiro. Menos de 5% dos que usam o coração artificial no mundo conseguem ter seu órgão recuperado”.
“Foi um milagre. Os médicos diziam que quem tem fé pede a Deus. Eu não deixei de acreditar”, diz a mulher de Sérgio, Eliete da Silva Farias, 44, que já sabe como agradar o marido quando ele tiver alta. “Ela vai fazer uma macarronada com azeitona”, entrega ele.
Comerciante terá alta em uma semana
Sérgio deve ter alta na próxima semana. Apesar de não estar ainda com a função cardíaca 100% reabilitada, terá uma vida normal, segundo o médico Alexandre Siciliano. “Ele vai precisar fazer acompanhamento, reabilitação cardíaca, mas terá uma vida normal, inclusive no trabalho”, afirma.
Irmã de Sérgio Ana Lúcia Genaro, 43 anos, lamenta que o tratamento dado ao irmão seja exceção na rede pública. “Ele estava no lugar certo. Se fosse atendido em São Gonçalo ou em outro hospital, ele não teria o que teve aqui. Eu peguei no coração artificial e senti que a vida do meu irmão estava ali, dependia do aparelho que só tem aqui”.
O Dia
Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
Nascido no Rio e atualmente morando em São Gonçalo, ele teve um infarto em maio, quando dormia. O problema, no entanto, não foi diagnosticado. Meses depois, quando se preparava para cirurgia renal, um médico descobriu que o coração estava muito debilitado e o encaminhou para o INC, onde foi operado dia 2 de junho.
CASO É RARO NO MUNDO
“Ele ficou quase três meses com o coração artificial. E, se não fosse essa possibilidade, teria morrido”, afirma o cirurgião cardíaco Alexandre Siciliano. “A cirurgia de revascularização, o uso de medicamentos e o tempo em que o coração dele ficou de repouso, já que o artificial fazia seu trabalho, possibilitaram essa reabilitação do órgão. Ele foi um guerreiro. Menos de 5% dos que usam o coração artificial no mundo conseguem ter seu órgão recuperado”.
“Foi um milagre. Os médicos diziam que quem tem fé pede a Deus. Eu não deixei de acreditar”, diz a mulher de Sérgio, Eliete da Silva Farias, 44, que já sabe como agradar o marido quando ele tiver alta. “Ela vai fazer uma macarronada com azeitona”, entrega ele.
Comerciante terá alta em uma semana
Sérgio deve ter alta na próxima semana. Apesar de não estar ainda com a função cardíaca 100% reabilitada, terá uma vida normal, segundo o médico Alexandre Siciliano. “Ele vai precisar fazer acompanhamento, reabilitação cardíaca, mas terá uma vida normal, inclusive no trabalho”, afirma.
Irmã de Sérgio Ana Lúcia Genaro, 43 anos, lamenta que o tratamento dado ao irmão seja exceção na rede pública. “Ele estava no lugar certo. Se fosse atendido em São Gonçalo ou em outro hospital, ele não teria o que teve aqui. Eu peguei no coração artificial e senti que a vida do meu irmão estava ali, dependia do aparelho que só tem aqui”.
O Dia
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