POR GARDÊNIA CAVALCANTI
Rio - Shawn Nielsen, uma estudante da Universidade da Califórnia, em Irvine, graduada em Neurobiologia e Comportamento, conduziu um estudo com 66 estudantes do sexo feminino, cuja metade tomava contraceptivos orais e a outra não fazia uso das pílulas. Os participantes receberam um teste de memória e algumas mulheres foram distribuidas, de maneira aleatória, para ver um vídeo de forte carga emocional, enquanto outras assistiram a uma narrativa mais leve.
Nielsen é uma conhecida pesquisadora de hormônios e se interessou em investigar como as diferenças nos níveis de estrogênio e progesterona podem afetar a memória. Pesquisas anteriores já haviam sugerido que o estrogênio pode melhorar a memória verbal. Um outro estudo concluiu que mulheres que tomaram contraceptivos orais apresentaram melhor desempenho ao lembrar palavras nos dias que tomaram pílulas de hormônio ativo do que nos dias em que elas não tomaram pílulas ou tomaram substitutos não hormonais.
No estudo atual, quando as mulheres que viram o vídeo mais forte foram questionadas, uma semana mais tarde, sobre o que viram, aquelas que estavam tomando a pílula foram capazes de recordar a linha geral da história melhor do que seus detalhes específicos. Isto é semelhante a como os homens se lembram de eventos emocionais, diz Nielsen.
"Se reduzir os níveis de hormônio sexual das mulheres, o tipo de informação que elas se recordam é mais parecido com o que um participante do sexo masculino pode se lembrar", diz ela.
A pílula funciona através da redução dos picos naturais de estrogênio e progesterona - que é o que desencadeia a ovulação - e os sinais do corpo para não produzir hormônios adicionais, mantendo níveis baixos durante todo o ciclo.
O resultado foi o oposto para as mulheres que não estavam tomando a pílula: elas se saíram melhor nos detalhes das lembranças, tais como cor da roupa dos personagens e outras pequenezas. As mulheres que mantiveram seu ciclo natural não conseguiam lembrar a narrativa geral da história, mas lembravam dos detalhes.
Isso não significa que a pílula comprometa a memória ou diminua a habilidade das mulheres de recordar as coisas mais importantes. É apenas uma questão de que tipo de informação elas se lembram. Uma vez que a pílula mantém os níveis hormonais constantes durante todo o ciclo, as mulheres que a tomam tendem a reagir de maneira diferente a experiências de maior carga emocional, em comparação com mulheres submetidas ao fluxo mensal natural de hormônios.
Isso é importante, uma vez que muitas das doenças mentais que afetam as mulheres - tais como depressão, ansiedade e estresse pós-traumático - são extremamente de natureza emocional. "O importante sobre estes resultados é que os hormônios sexuais afetam o tipo de informação que é lembrada em um evento emocional", diz Nielsen. "O que isso nos diz é que essas mudanças são uma poderosa ferramenta para futuros estudos, investigando a neurobiologia desses transtornos".
Uma melhor compreensão desta conexão pode levar a terapias mais eficazes, que possam ter como alvo tais controladores hormonais. Nielsen já está tentando descobrir exatamente como os níveis de hormônios estão associados a mudanças nas memórias.
Ela está prestes a lançar estudos adicionais para correlacionar os níveis de estrogênio e progesterona de mulheres que possuem ciclos naturais, com mudanças no tipo de informação que se lembram em eventos emocionais.
Nielsen é uma conhecida pesquisadora de hormônios e se interessou em investigar como as diferenças nos níveis de estrogênio e progesterona podem afetar a memória. Pesquisas anteriores já haviam sugerido que o estrogênio pode melhorar a memória verbal. Um outro estudo concluiu que mulheres que tomaram contraceptivos orais apresentaram melhor desempenho ao lembrar palavras nos dias que tomaram pílulas de hormônio ativo do que nos dias em que elas não tomaram pílulas ou tomaram substitutos não hormonais.
No estudo atual, quando as mulheres que viram o vídeo mais forte foram questionadas, uma semana mais tarde, sobre o que viram, aquelas que estavam tomando a pílula foram capazes de recordar a linha geral da história melhor do que seus detalhes específicos. Isto é semelhante a como os homens se lembram de eventos emocionais, diz Nielsen.
"Se reduzir os níveis de hormônio sexual das mulheres, o tipo de informação que elas se recordam é mais parecido com o que um participante do sexo masculino pode se lembrar", diz ela.
A pílula funciona através da redução dos picos naturais de estrogênio e progesterona - que é o que desencadeia a ovulação - e os sinais do corpo para não produzir hormônios adicionais, mantendo níveis baixos durante todo o ciclo.
O resultado foi o oposto para as mulheres que não estavam tomando a pílula: elas se saíram melhor nos detalhes das lembranças, tais como cor da roupa dos personagens e outras pequenezas. As mulheres que mantiveram seu ciclo natural não conseguiam lembrar a narrativa geral da história, mas lembravam dos detalhes.
Isso não significa que a pílula comprometa a memória ou diminua a habilidade das mulheres de recordar as coisas mais importantes. É apenas uma questão de que tipo de informação elas se lembram. Uma vez que a pílula mantém os níveis hormonais constantes durante todo o ciclo, as mulheres que a tomam tendem a reagir de maneira diferente a experiências de maior carga emocional, em comparação com mulheres submetidas ao fluxo mensal natural de hormônios.
Isso é importante, uma vez que muitas das doenças mentais que afetam as mulheres - tais como depressão, ansiedade e estresse pós-traumático - são extremamente de natureza emocional. "O importante sobre estes resultados é que os hormônios sexuais afetam o tipo de informação que é lembrada em um evento emocional", diz Nielsen. "O que isso nos diz é que essas mudanças são uma poderosa ferramenta para futuros estudos, investigando a neurobiologia desses transtornos".
Uma melhor compreensão desta conexão pode levar a terapias mais eficazes, que possam ter como alvo tais controladores hormonais. Nielsen já está tentando descobrir exatamente como os níveis de hormônios estão associados a mudanças nas memórias.
Ela está prestes a lançar estudos adicionais para correlacionar os níveis de estrogênio e progesterona de mulheres que possuem ciclos naturais, com mudanças no tipo de informação que se lembram em eventos emocionais.
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