10.01.2011

SOU DEPRESSIVA, TARADA, ANORMAL...

SOU DEPRESSIVA, TARADA, ANORMAL... . Desde criança, sempre fui meio esquisita... meio depressiva. Aprontava demais... Uma vez, na creche, eu devia ter uns 5 anos, entrei no almoxarifado e cortei as alças das mochilas (umas 40). Não me lembro claramente desse episódio. Só sei que entre essa e outras, minha mãe até chegou a me levar ao psicólogo. Cresci com meus tios paternos, e eles, solteiros, sempre tinham jogadas pela casa revistas de mulher pelada, e eu sempre as via... Quando eles assistiam algum filme erótico, eu sempre dava um jeito de espiar... Fui crescendo meio sem vergonha, quase sempre brincava com minhas amigas de fazer" bobagem"(era esse o nome que minha avó dava quando me pegava aprontando algo no gênero). Isso porque já me pegaram com um cachorro, uma boneca, uma prima... Enfim... isso tudo aconteceu quando eu tinha entre 5 e 12 anos.
Depois que fiquei adolescente, com 14 anos, me apaixonei pela primeira vez; e olha que curioso: não conseguia misturar desejo com o que eu sentia. Perdi minha virgindade com essa pessoa e ficamos juntos por mais algum tempo; e nunca senti "nada"no sexo com ele. Depois de um tempo ele me chutou... e eu quase morri (mesmo)... queria me matar. Fiquei neurótica por ele; e um dia, pra passar a minha dor de rejeitada (ele já estava com outra), fiquei com um dos amigos dele...; e começamos a sair... Na primeira noite que transamos, eu engravidei... Você pode imaginar? Eu tinha 15 anos, estava sofrendo porque levei um fora, e vivia sendo humilhada pela agora nova namorada dele..., e engravidei de uma pessoa que eu não gostava... e ainda amava o outro... Resultado: mãe solteira, que logo depois de ter o bebê, entra em uma depressão profunda.... Caio, aos 18 anos, conheci Jesus. Consegui me libertar de várias feridas.... Mas muita coisa tá me assombrando... Ultimamente meu coração anda abatido. Sente muita raiva. Amo minha filha, mas não gosto de outras crianças. Estou com 25 anos, vou me casar o mês que vem, (estou completa com ele, em todos os sentidos), com um homem abençoado.... Mas não me dou bem com as pessoas da igreja, quando entro, fujo p não ter que cumprimentar... Eu me acho uma pessoa esquisita... Vivo de mau humor. Se alguém esbarra em mim no ônibus ou na rua, morro de vontade de xingar... e pra piorar... ultimamente tenho visitado sites de pornografia entre mulheres... Isso me excita... Mesmo sabendo que é pecado e muitas vezes sentindo culpa, acabo querendo ver essas fotos... Quero deixar bem claro que é só no virtual, nunca me apaixonei por outra mulher; pelo contrário, quando o desejo passa, sinto nojo de mim... Não me excito com mulheres perto de mim. Não gosto do cheiro, da voz...; enfim, gosto de homem, mais precisamente meu noivo. Mas.... como eu fico perante Deus? E a raiva que sinto das pessoas, muita vezes por nada...? Como posso continuar em meu ministério agindo dessa forma? Estou cada vez pior... Às vezes estou tão mal, sentindo tanta tristeza, que tomo algum medicamento (remédio pra emagrecer) que dá uma sensação de euforia..; ou algum calmante para me desligar... Caio se Jesus vier hoje e me encontrar dessa forma, sei que vou ficar... E o pior é que eu odeio esse mundo, odeio viver aqui, não vejo a hora de sair desse mundo. Mas... meu coração está tão duro. Não consigo ter misericórdia das almas. Se as pessoas não se aproximam de mim, eu também não me aproximo delas... Já orei pedindo a Deus que me mudasse... Muitas vezes senti uma melhora. Mas logo depois já estava do mesmo jeito... Por que sou assim? Má criação? Opção? Predestinação?!? Meus pais brigavam muito quando era pequena, de se baterem na minha frente e na das minhas irmãs. E eu me lembro que eu tremia tanto, que chegava a perder a coordenação motora... E hoje em dia quando passo algum nervoso, acontece a mesma coisa... Várias vezes, quando discuto com alguém, não consigo segurar um objeto na mão de tanto que tremo... Isso quando não choro pelos cantos... Prefiro mais ficar calada do que conversar. Estou pensando em pedir a conta do meu trabalho porque não suporto os clientes e nem o pessoal com quem trabalho... A minha vida espiritual está um caos. E eu não tenho forças para inverter essa situação... Estou quase me conformando em ir pro inferno... Meu Deus, onde eu cheguei...? No fundo do fundo do poço...! Caio, meu amado, não consigo enxergar a luz!!!!!!! As trevas me rodearam e eu me perdi nelas... Preciso muito que você me ajude. Eu sei que você não é Deus, mas sei que é guiado por Ele... Por favor... Sei que és homem ocupado, mas me alegraria muito ter a tua atenção. Será que ainda tenho jeito? Será que consigo prosseguir? Por favor me ajude... As vezes tenho pensado em acabar com minha vida. Mas ainda temo o inferno... Por favor, me ajude. ___________________________________________________________
  Sexualidade precoce e perversa, no sentido psicológico do termo; raiva e desejo de violência; pulsões homossexuais, uso de drogas para conseguir levantar ou se acalmar; desejo de morrer; morta viva... Porém, casando com um homem que a completa em tudo...?! Algo está errado! Sim, algo está muito errado. E antes de tentar descobrir o que é, digo a você: está errado casar assim, em tal estado. Pois, ou você disfarça muito bem; ou seu noivo é um ser doente, sofrendo de complexo de enfermeiro e psicólogo conjugal; ou é gay e está buscando apenas quem ele sabe que não o buscará... e, assim estará tudo bem (mas duvido que seja este o caso); ou vocês dois estão mentindo um para o outro... Isto porque, minha amiga, nenhuma mulher completada por um homem, na véspera de casar, fica como você está. Talvez seja mais honesto parar tudo...; e se enxergar, buscar ajuda, tratamento, acompanhamento...; do que casar e se infelicitar mais ainda, aumentando imensamente os riscos de depressão, aprofundamento de sua angustia existencial, de culpas diversas, e, por conseguinte, infelicitando outra pessoa, ou, até mesmo, criando com ele um “sistema familiar” altamente adoecido... o qual poderá se tornar um viveiro de depressão, agressão, raiva, e loucura... variando também para os estados de zumbificação e apatia. Assim, bem de longe, os sintomas relativos ao que você narrou são os de uma mulher que se sente profundamente atraída por mulheres, apesar de se auto-defender — por abominar a idéia —, afirmando que odeia até mesmo o cheiro de uma mulher; e completa: “portanto, gosto de homens; mais precisamente de meu noivo”. Creio que no mínimo você experimenta profunda ambivalência sexual, por isto, está dividida tão perversamente em você mesma, e contra você mesma. De fato, sexo, violência, agressão, pornografia, perversão, e ambivalência sexual, são traços instalados em você desde a infância, e, com certeza, profundamente explicados pelas descrições que você fez de sua criação e ambiente familiar. Entre os 5 e os 12 anos, normalmente, você deveria ter vivido um período de amortecimento de pulsões sexuais (mudando o padrão de agressividade sexual que acontece entre os 2 e 5 anos). Todavia, foi justamente nesse período que você foi estimulada sexualmente pelos vídeos dos tios; assim, a boneca, a prima, e, perversamente, o animal ... se tornaram seus brinquedos-fetiches-eróticos. No entanto, você não quer e nunca quis isto. Nunca se entregou. Nunca se rendeu. Todavia, também nunca se enxergou, nunca teve a coragem de encarar, de ver de frente. Assim, você desenvolveu uma profunda negação do conflito, o que gerou um estado de luta permanente em você, o qual só tenderá a crescer. Na realidade, você desejará cada vez mais o que odeia e odiará cada vez mais o que deseja. Esse é o ciclo perverso. Isto já é inferno. É fato que se você não tivesse conhecido “Jesus” ou Jesus mesmo, aos 18 anos, certamente seus conflitos, hoje, seriam muito menores. E por quê? Porque você conheceu bem ou mal, na “igreja”, a idéia do infinito, do eterno e do sagrado, talvez até do divino. Assim, seu espírito se tornou mais consciente de seu “eu”, e, por essa razão, seu desespero aumentou, posto que você passou a carecer de eternidade para seu espírito; enquanto a necessidade de sua finitude se satisfaz, ou pensa se satisfazer, apenas daquilo que é possível; portanto, tangível e palpável; ou seja: um objeto. Entretanto, essa luta entre o finito e o infinito, entre a carne e o espírito, instalam o grande desespero na alma humana...; até que a pessoa desista de lutar, e se entregue ao “impossível”, ao impensável, ao absurdo, à loucura, ao escândalo do amor e da Graça de Deus. Somente quando a pessoa realiza que sua salvação é tão impossível quanto um camelo passar pelo buraco de uma agulha — e, assim, sabendo-se impossivelmente salvável —, é que ela pode (e não tem outra alternativa) morrer nas mãos de Deus, aceitar a Cruz, se entregar a Jesus, conformar-se com Ele na Sua morte...; a fim de poder, como ser doente e perdido, provar aquilo que para os homens é impossível — mas que para Deus é possível, pois para Ele tudo é possível —, que é experimentar a certeza de que já se está perdoada no Cordeiro de Deus: Cristo, imolado com efeito antes da fundação do mundo, pelos pecados do mundo e de todos. Desse modo, somente crendo em Jesus mesmo, para você, e sabendo que não importando suas doenças e taras — Ele veio para doentes —, o que Ele fez na Cruz é a autenticação histórica do perdão proposto antes de haver mundo, é que você pode ter paz Hoje para abrir sua alma e olhar os porões de seu coração com a Luz da Graça: sem medo; pois, está pago e consumado! Portanto, recomendo a você o seguinte:
1. Adie o casamento. Você não deve casar assim. Casamento já trás seus problemas e complexidades naturais. Não ponha esse peso sobre os fundamentos frágeis de seu ser.
2. Procure ajuda psico-terapêutica o quanto antes. De preferência alguém bem distante de você. Ou seja: quanto mais distante de você, tanto melhor poderá ser o tratamento.
3. Como você mencionou as crises de descontrole nervoso, e, além disso, falou do uso de drogas para excitar ou acalmar você, devo pedir que você vá urgentemente a um psiquiatra, e narre todo esse quadro, inclusive acerca de sua auto-medicação; pois isto pode estar exacerbando terrivelmente o seu estado de descontrole, de um lado; e de depressão, de outro lado.
4. Também gostaria de propor a você que enfrentasse o convívio humano e não se entregasse à vida altista que você busca viver. Mesmo sem vontade, saia, ponha a cara para fora, busque outras pessoas...; pois, não é bom que ninguém esteja só quando pode desenvolver convívio humano. Gente é complicada, mas sem elas ninguém encontra saúde humana.
5. Senti que você lê o site, mas muito mais como quem garimpa coisas parecidas com as suas. No entanto, gostaria de pedir que você esquecesse um pouco os seus problemas, e, concentrasse suas energias na busca de discernir o que é viver na Graça, conforme o Evangelho. E mais que isto: que buscasse aprender a andar em fé, perdoada, sem medo, justificada, confiante...— coisas essas que estão amplamente afirmadas e ensinadas nos conteúdos deste site. Portanto, vá fundo e leia tudo. Deixar o que é ruim para a alma, é uma coisa. Aprender o que é bom para a vida, é outra. Espero ter sido de alguma ajuda. Estarei pedindo ao Pai que lhe dê Luz! Nele, em Quem só encontra paz na vida quem crê que Jesus já pagou o preço de sua divida, seja ela qual for, Caio

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