Obesidade RIO - As pessoas magras seriam mais capazes mentalmente de resistir a alimentos tentadores con muitas calorias, segundo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Yale. As análises cerebrais de pessoas no peso ideal que viram fotos de alimentos de alto teor energético mostraram uma maior atividade numa região do órgão usada para controlar o impulso; enquanto os obesos apresentaram pouca atividade na mesma zona, afirmam os investigadores.
- Creio que há razões biológicas que explicam o motivo pelo qual as pessoas não conseguem controlar seu desejo por comida - diz Robert Sherwin, da Escola de Medicina da Universidade Yale, em Connecticut, que participou do estudo publicado no Journal of Clinical Investigation.
A pesquisa é parte de uma investigação para compreender os processos biológicos subjacentes que contribuem para a obesidade, uma condição que afeta mais de um terço dos adultos, quase 17% das crianças nos Estados Unidos e que se está se transformando numa epidemia global. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 49,6% da população estão acima do peso e 13,9% obesos. E a situação tende a piorar, em todas as faixas. Entre os cinco pratos preferidos dos brasileiros, estão lasanha, pizza e macarrão, como mostrou pesquisa do Comitê de Oxford de Combate à Fome. Ainda segundo o IBGE, 82% dos brasileiros abusam de gordura saturada e 61% de açúcar. E 90% não comem a quantia diária (400g) de frutas, legumes e verduras.
Os pesquisadores da Universidade Yale e colegas da Universidade do Sul da Califórnia usaram imagens por ressonância magnética funcional para examinar quais zonas do cérebro são ativadas quando uma pessoa vê imagens de alimentos altamente energéticos, comidas saudáveis como frutas e vegetais, e outras coisas que não são alimentos.
Na pesquisa foram incluídos 14 voluntários saudáveis -nove magros e cinco obesos - que se submeteram a análises cerebrais duas horas depois de comer. Os autores também avaliaram quando os níveis de glicose no sangue estavam altos ou não. Quando os níveis eram baixos, as regiões do cérebro chamadas ínsula e núcleo estriado - vinculadas com as recompensas - estavam ativas, indicando um desejo de comer. E o córtex prefrontal, que normalmente controla o desejo comer, era menos capaz de frear os sinais gerados desde a área estriada para se alimentar.
Isso aconteceu especialmente com os participantes obesos, que viram fotos de alimentos altamente calóricos. Quando os níveis de açúcar no sangue eram normais, os participantes magros mostraram uma maior atividade do córtex prefrontal e isso reduziu a atividade nas regiões cerebrais vinculadas com as recompensas.
- Trata-se de uma função superior que controla os centros de recompensa. Esse controlador é deficiente nas pessoas com obesidade. Nelas, esse sistema não se ativa - comenta Sherwin.
Ele acrescena que são necessários estudos mais amplos para confirmar os resultados, mas os dados atuais sugerem que os obesos seriam menos capazes de desativar as zonas do cérebro que os leva a cair em tentação por comida. Isso provavelmente contribui para o ganho de peso.
- Creio que há razões biológicas que explicam o motivo pelo qual as pessoas não conseguem controlar seu desejo por comida - diz Robert Sherwin, da Escola de Medicina da Universidade Yale, em Connecticut, que participou do estudo publicado no Journal of Clinical Investigation.
A pesquisa é parte de uma investigação para compreender os processos biológicos subjacentes que contribuem para a obesidade, uma condição que afeta mais de um terço dos adultos, quase 17% das crianças nos Estados Unidos e que se está se transformando numa epidemia global. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 49,6% da população estão acima do peso e 13,9% obesos. E a situação tende a piorar, em todas as faixas. Entre os cinco pratos preferidos dos brasileiros, estão lasanha, pizza e macarrão, como mostrou pesquisa do Comitê de Oxford de Combate à Fome. Ainda segundo o IBGE, 82% dos brasileiros abusam de gordura saturada e 61% de açúcar. E 90% não comem a quantia diária (400g) de frutas, legumes e verduras.
Os pesquisadores da Universidade Yale e colegas da Universidade do Sul da Califórnia usaram imagens por ressonância magnética funcional para examinar quais zonas do cérebro são ativadas quando uma pessoa vê imagens de alimentos altamente energéticos, comidas saudáveis como frutas e vegetais, e outras coisas que não são alimentos.
Na pesquisa foram incluídos 14 voluntários saudáveis -nove magros e cinco obesos - que se submeteram a análises cerebrais duas horas depois de comer. Os autores também avaliaram quando os níveis de glicose no sangue estavam altos ou não. Quando os níveis eram baixos, as regiões do cérebro chamadas ínsula e núcleo estriado - vinculadas com as recompensas - estavam ativas, indicando um desejo de comer. E o córtex prefrontal, que normalmente controla o desejo comer, era menos capaz de frear os sinais gerados desde a área estriada para se alimentar.
Isso aconteceu especialmente com os participantes obesos, que viram fotos de alimentos altamente calóricos. Quando os níveis de açúcar no sangue eram normais, os participantes magros mostraram uma maior atividade do córtex prefrontal e isso reduziu a atividade nas regiões cerebrais vinculadas com as recompensas.
- Trata-se de uma função superior que controla os centros de recompensa. Esse controlador é deficiente nas pessoas com obesidade. Nelas, esse sistema não se ativa - comenta Sherwin.
Ele acrescena que são necessários estudos mais amplos para confirmar os resultados, mas os dados atuais sugerem que os obesos seriam menos capazes de desativar as zonas do cérebro que os leva a cair em tentação por comida. Isso provavelmente contribui para o ganho de peso.
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